sexta-feira, 20 de junho de 2025

VISITA DA PRINCESA JAPONESA KAKO AO BRASIL

 A visita da princesa Kako vivifica os fortes laços culturais entre o Brasil e o Japão

A princesa Kako de Akishino da família imperial do Japão visitou o Brasil por 11 dias entre os dias 05 e 15.06.2025 como parte das comemorações dos 130 anos do início das relações diplomáticas oficiais entre o Brasil e o Japão estabelecido pela assinatura do Tratado de Amizade Comércio e Navegação em 05.11.1895 em Paris, França.

A princesa Kako tem 30 anos de idade é segunda filha do príncipe herdeiro Fumihito de Akishino e da princesa Kiko, sendo portanto sobrinha do atual imperador Naruhito.

A passagem por terras brasileiras contemplou as cidades de São Paulo-SP, de 05 a 07.06, Maringá-PR, Rolândia-PR e Londrina-PR, em 08 e 09.06, Campo Grande-MS, em 10.06, Brasília-DF, em 11 e 12.06, Rio de Janeiro, em 13.06 e Foz do Iguaçu-PR em 14 e 15.06.

Durante a visita, seguindo o protocolo de segurança, a princesa Kako manteve encontro com diversas autoridades brasileiras federais, estaduais e municipais, e com representantes e membros da grande comunidade nipo-brasileira, que é a maior população nikkei fora do Japão, com cerca de 2 milhão de descendentes e desempenha papel fundamental no fortalecimento das relações culturais e econômicas entre os 2 países.

 

Ref.: 09-06-25 Princesa Kako é recebida com homenagens e celebrações culturais em Londrina – LONDRINA Tarobá | Afiliada Band 09.06.2025

Identificação da princesa com os valores culturais nipo-brasileiros

A princesa Kako demonstrou especial satisfação com a oportunidade de interagir com jovens, crianças e adultos descendentes dos pioneiros imigrantes japoneses ao Brasil, bem como ao assistir as apresentações culturais e performances dos grupos de jovens de músicas, danças e tambores tradicionais, que estão se empenhando fortemente na preservação e divulgação desses valores culturais nipo-brasileiros.

Para os integrantes da comunidade nipo-brasileira foi motivo de muita honra e orgulho em receber a princesa e manter contato tão próximo com um membro da família imperial, pois mesmo no Japão não há tanta oportunidade do cidadão comum estar tão perto de alguém da família imperial.

 A família imperial mais longeva do mundo

A Casa Imperial do Japão, também conhecida como o Trono do Crisântemo, é a mais antiga monarquia contínua do mundo e de acordo com a mitologia japonesa, foi fundada em 660 A.C. pelo lendário imperador Jimmu, que é considerado o primeiro imperador do Japão. Sob a atual Constituição do Japão, o Imperador é "o símbolo do Estado e da unidade do povo". O Imperador como outros membros da família imperial exercem deveres cerimoniais e sociais, mas não têm qualquer papel decisório nos assuntos do governo.  Pelo exercício como símbolo da unidade do povo e pela simplicidade de seus hábitos cotidianos, a família imperial desfruta de enorme prestígio e é muito querida pela população japonesa. A Casa Imperial reconhece 126 monarcas, começando com o imperador Jimmu em 660 A.C, e continua até hoje com o Imperador Naruhito.

 Futuro imperador ou imperatriz do Japão?

Pela atual Lei da Casa Imperial, somente homem pode ser imperador. Assim, caso a lei não seja alterada, nem a filha do atual imperador Naruhito, Aiko, muito menos a sua sobrinha Kako, podem sucedê-lo, podendo essa função ser exercida pelo Hisahito, sobrinho de Naruhito e irmão mais novo da princesa Kako. 

Shoji


sábado, 14 de junho de 2025

PEPE MUJICA O PRESIDENTE MAIS POBRE DO MUNDO

 Desenvolvimento não é consumir mais e sim ser mais feliz com menos

Em 13.05.2025, em decorrência de câncer no esôfago, faleceu aos 89 anos José Alberto Mujica Cordano, mais conhecido como Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai entre 2010 e 2015, sendo amplamente reconhecido por seu estilo de vida austero, sua retórica humanista e sua atuação firme em defesa da democracia, dos direitos sociais e da soberania popular.

 

Ref.: Quem foi Pepe Mujica, um dos maiores políticosda história contemporânea g1 19.05.2025

Militância socialista e guerrilheiro do Montoneros

Pepe Mujica cresceu em uma família de pequenos agricultores de origem basca e italiana e desde jovem envolveu-se em atividades políticas, militando no Partido Nacional e na Juventude Nacionalista. Na década de 1960, integrou o Movimento de Libertação Nacional – Montoneros, grupo guerrilheiro que combatia a ditadura nos anos 1970 e 1980, tendo sido preso por 14 anos entre 1972 e 1985.

 Abandono da luta armada e carreira política até a presidência do Uruguai

Com a redemocratização uruguaia e consequente anistia aos delitos políticos cometidos a partir de 1962, foi libertado em 1985 e abandonou de vez a luta armada. Em 1994, iniciou sua carreira política oficial elegendo-se deputado e em 1999 como senador. Entre 2005 e 2009, no governo Tabaré Vasquez, ocupou o cargo de Ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca e em 2009 foi eleito presidente do Uruguai assumindo esse posto em 01.03.2010. Após o mandato presidencial foi eleito senador entre 2015 e 2019.

 Adoção de políticas progressistas como a legalização da maconha

Como presidente, implementou políticas progressistas que colocava o Uruguai na vanguarda social da América Latina, como a legalização do aborto e da maconha e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao regulamentar a produção, distribuição e a venda da maconha em dez/2013 tornou o Uruguai o 1º país do mundo a legalizar o mercado da maconha para uso recreativo. Enquanto presidente, Mujica recebia 230 mil pesos mensais (cerca de R$ 22.120) dos quais doava 90% para o seu partido a Frente Ampla e também para um fundo para construção de moradias.

 Vida modesta sem mordomias do cargo público junto com o seu fusca azul

Recusava os luxos do cargo e não se mudou para a residência presidencial continuando a morar na sua modesta chácara, com a esposa e atual senadora Lucia Topolansky, nos arredores de Montevidéu, sem empregados domésticos e com pouca segurança. Seu estilo informal de se vestir, a decisão de viver com muito pouco e o hábito de se deslocar em um velho Fusca azul celeste de 1987 rendeu lhe o título na imprensa de “o presidente mais pobre do mundo”.

 Ser mais feliz com menos e exemplo ao mundo pela simplicidade

Pepe Mujica, apesar do passado violento de guerrilheiro, deixa um legado de integridade, coerência e compromisso com os valores humanos. Sua trajetória inspira ou deveria inspirar líderes e cidadãos do mundo a repensar as prioridades da vida e da política, valorizando a simplicidade, a empatia e a justiça social. Para ele, o desenvolvimento não era consumir mais mas ser mais feliz com menos.

Isso é um contraste total com a postura de muitos que ocupam elevados cargos no serviço público refestelando-se de privilégios às custas da população, que em grande parte vive ainda em condições humildes e precárias, como ocorre com os supersalários na elite do serviço público brasileiro.  

Shoji

 

sábado, 7 de junho de 2025

O LEGADO DO FOTÓGRAFO SEBASTIÃO SALGADO

 O seu notável trabalho de retratar o drama da humanidade foi reconhecido mundialmente 

Sebastião Salgado foi um fotógrafo documental e fotojornalista brasileiro que deixou este mundo em 23.05.2025 aos 81 anos com notável legado em fotografias dramáticas e em projetos sociais, culturais e ambientais. Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que estava acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerrapobreza e outras injustiças sociais.

 

Ref.: Confira o legado do fotógrafo Sebastião Salgado | Jornal da Noite Band Jornalismo 24.05.2025

Seu notável trabalho foi reconhecido mundialmente

Salgado viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos. A maioria deles apareceu em inúmeras publicações de imprensa e livros e exposições itinerantes de seu trabalho foram apresentadas em todo o mundo. Sebastião Salgado teve reconhecimento mundial e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, As Imagens da Amazônia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado foi Embaixador da Boa Vontade da UNICEF. Ele recebeu o W. Eugene Smith Memorial Fund em 1982, foi membro honorário estrangeiro da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos desde 1992 e recebeu a Medalha do Centenário e Bolsa Honorária da Royal Photographic Society (HonFRPS) em 1993. Foi também membro da Academia de Belas-Artes da França  sendo o primeiro brasileiro a integrar o rol de imortais dessa instituição.

Seu filho, o cineasta Juliano dirigiu, juntamente com o também fotógrafo Wim Wenders, o documentário O Sal da Terra, sobre o trabalho de seu pai. que foi indicado ao Oscar 2015 de melhor documentário.

 Instituto Terra para restauração florestal

Com sua esposa, a pianista Lélia Wanick Salgado, fundou em abril de 1998 o Instituto Terra, uma organização civil sem fins lucrativos. Esse projeto foi motivado como resposta ao cenário de degradação ambiental em que se encontrava a antiga fazenda de gado da família de Sebastião Salgado, localizada no município mineiro de Aimorés, na bacia hidrográfica do Rio Doce, com o fim de devolver à natureza o que foi destruído pela ação predatória humana.

O primeiro passo foi transformar a área da então fazenda de pecuária em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Bulcão, tendo o título sido obtido de maneira inédita no Brasil em outubro/1998, por uma propriedade degradada, diante do compromisso de vir a ser reflorestada.

No âmbito da ação do Instituto Terra, são desenvolvidos projetos que vão desde a restauração florestal, produção de mudas nativas, proteção de nascentes, educação ambiental e até a pesquisa científica aplicada, com o apoio financeiro de diferentes parceiros, tanto das esferas pública e privada, bem como de fundações e doadores de vários países e de outras instituições do Terceiro Setor.

Para dar suporte à restauração florestal, o Instituto Terra desenvolve mudas nativas desde 2001, com capacidade para produzir 1 milhão de mudas por ano, não somente para o plantio interno na RPPN Fazenda Bulcão como também para atender a outros projetos na região. Para tanto, faz-se a coleta de sementes de mais de 290 espécies da Mata Atlântica no raio de 200 quilômetros ao redor da RPPN.

Assim, além da recomposição do solo e o restabelecimento da cobertura vegetal da RPPN Fazenda Bulcão como em outras propriedades, também está sendo promovido o resgate dos recursos hídricos, ou seja, a recuperação das nascentes de água, bem como do retorno da vida animal, de modo que muitas espécies que estavam desaparecendo estão encontrando refúgio seguro no Instituto Terra.

Shoji

 

 

sábado, 24 de maio de 2025

A INTERMINÁVEL INVASÃO RUSSA DA UCRÂNIA

 O maior conflito na Europa desde a II Guerra Mundial está longe de solução definitiva

Na manhã de 24.02.2022, 5ª feira, o Mundo assistiu estupefato e aterrorizado o início da agressão da Rússia, liderada pelo governo de Vladimir Putin, contra a Ucrânia, configurando o maior conflito militar na Europa desde a deflagração da 2ª Guerra Mundial há 86 anos. Desde então esse conflito causa angústia ao mundo pois o ataque russo contra a Ucrânia era considerado possível, mas improvável, considerando-se o porte da Ucrânia, que detém o maior território da Europa, exclusive a Rússia, com 604 mil km2 e substancial população de 44 milhões de habitantes.

A invasão russa, por si só deplorável, caracteriza-se como ato inaceitável pela franca imoralidade de uma nação mais poderosa avançar sobre outra mais fraca militarmente, sem justificativa plausível ou razoável, a não ser pelo inconfessável propósito de dominar ou impor um governo submisso em um território vizinho importante visando seus interesses geopolíticos e econômicos.

 

Ref.: Cúpula pan-europeia cria bases para processar líderes russos pela invasão da Ucrânia | AFP AFP Português maio 2023

Perdas humanas e materiais insanas causadas pela invasão

Desde 2022 o conflito causou danos em vidas humanas e perdas materiais e econômicos difíceis de serem mensurados com exatidão, com dezenas de milhares de mortes e feridos militares e também entre a população civil, sendo esta a maior vítima dessa guerra, com milhões de pessoas obrigadas a deixar suas casas e o convívio com seus entes queridos para se refugiar em outras localidades, inclusive no exterior, incluindo 7 milhões de pessoas refugiadas em países europeus.

 Conflito longe de uma solução definitiva

O pior para a população ucraniana é que a solução definitiva para o conflito está longe de ser alcançada pois mesmo para o cessar fogo as condições impostas pelo governo russo são considerados excessivamente duras para o governo ucraniano, entre as quais se incluem a retirada das forças ucranianas das 4 regiões que a Rússia pretende anexar, que representam quase 20% do território ucraniano, e o compromisso da Ucrania de não aderir à OTAN, o que manteria a Ucrania em situação de fragilidade de forma permanente frente à ameaça russa.

 Desejo da Ucrânia à autonomia e independência

Essas condições em princípio podem ser consideradas inaceitáveis por atentar frontalmente ao anseio do povo ucraniano pela manutenção da independência plena da Ucrânia em todos os sentidos, o qual está presente há longa data na história ucraniana. Como se sabe, em perspectiva história, o colapso do Império Russo e do Império Austro-Húngaro após a I Guerra Mundial bem como a Revolução Russa de 1917 permitiram o ressurgimento do movimento nacional ucraniano em prol da autodeterminação e da criação efetiva de um país independente, mas esse anseio foi frustrado com a incorporação da Ucrânia à URSS em 1922. O surgimento da Ucrânia soberana e independente somente viria a se concretizar com o colapso da URSS em 1991. Desde então, o povo ucraniano tem manifestado seu desejo de aderir ao modelo político baseada na plena democracia, com eleições livres, e adesão futura à União Européia e a aliança militar ocidental, a OTAN, no sentido de preservar a sua segurança frente à qualquer ameaça externa de natureza militar. Entretanto, esse movimento tem contrariado cada vez mais o governo autocrático russo liderado por Vladimir Putin, o que, em uma última análise, levou à anexação pela Rússia da Criméia em 2014 e à invasão russa em 2022.  

Shoji

 

sábado, 17 de maio de 2025

IRSHAD MANJI UMA MUÇULMANA PELA REFORMA DO ISLÃ

 Muçulmana lésbica pela liberação dos direitos da mulher

Irshad Manji é muçulmana, naturalizada canadense, ativista LBGT, escritora, jornalista e apresentadora de televisão, defensora de uma interpretação reformista do islamismo e uma crítica das interpretações literalistas do Alcorão. Irshad nasceu em 1968 perto de Kampala na Uganda, com descendências indiana por parte do pai e egípcia da mãe. Por ordem de expulsão decretada por Idi Amin Dada de asiáticos e outros não africanos de Uganda, sua família refugiou-se em 1972 no Canadá em Richmond, perto de Vancouver. Irshad frequentou escolas públicas seculares e aos sábados uma madrassa (escola religiosa muçulmana) de onde foi expulsa aos 14 anos de idade por fazer muitos questionamentos. Em 1990, graduou-se com honras em história das idéias pela Universidade da Columbia Britânica recebendo a medalha acadêmica do Governador Geral como a melhor graduada em humanidades.

 

Ref.: Irshad Manji Md Monirul Islam maio 2018

Signatária do Manifesto Juntos contra o Totalitarismo

Irshad destaca-se como uma dos 12 signatários do Manifesto Juntos contra  o Totalitarismo, que é um documento político feito em resposta à violência desencadeada no mundo islâmico pela polêmica das caricaturas sobre Maomé publicadas pela 1ª vez no jornal dinamarquês Jyllands-Posten. Os signatários desse manifesto têm em comum uma vida de exílio devido a perseguições promovidas por fanáticos religiosos islâmicos, destacando-se entre os alvos Salman Rushdie escritor condenado a morte por uma fatwa do aiatolá Khomeini de 1989.

Segundo Manifesto, publicado em  28.02.2006 pelo Jyllands-Posten e pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo, similarmente aos totalitarismos como fascismo, nazismo e stalinismo, o Islamismo fundamentalista estabelece-se sobre medos e frustrações. Os pregadores do ódio apostam nesses sentimentos para formar batalhões destinados a impor um mundo de opressão e desigualdades. Contudo, para os signatários: não existe nada, nem mesmo o desespero, que possa justificar a escolha do obscurantismo, do totalitarismo e do ódio. O Islamismo fundamentalista é uma ideologia reacionária que aniquila a igualdade, a liberdade e a laicidade sempre que as encontra. O seu êxito só pode conduzir a um mundo de dominação: domínio do homem sobre a mulher, domínio dos islamistas sobre os demais. Para se opor a esse processo, deve-se assegurar direitos universais a todos os povos discriminados ou oprimidos

 Trajetória similar a de Ayaan Hirsi Ali

Pela sua luta contra o totalitarismo islâmico pelas violações dos direitos humanos contra as mulheres e minorias religiosas, a trajetória da Irshad Manji tem muita similaridade com a da Ayaan Hirsi Ali. Como se sabe, Ayaan nascida em 1969 em Somália é uma ativista, escritora, política e cristã somali-holandesa-americana, que é conhecida por seus pontos de vista críticos do Islã e defesa dos direitos e da autodeterminação das mulheres muçulmanas, opondo-se aos casamentos forçadoscrimes de "honra"casamentos infantis, e mutilação genital feminina, sendo uma das fundadoras da organização de defesa dos direitos das mulheres AHA Foundation.

Assim, a luta tanto da Irshad Manji como da Ayaan Hirsi Ali  centram especialmente na importância de que milhões de mulheres e crianças em países de maioria muçulmana possam receber uma educação de qualidade e oportunidades na vida, que os capacitem a entender e a participar ativamente da evolução humana que se encontra no limiar do século XXI, caracterizado para ser a era do conhecimento e pelo desenvolvimento científico e tecnológico de proporções inimagináveis.

Shoji

sábado, 3 de maio de 2025

ESCOLAS SEM CELULAR

Uso excessivo de celular é prejudicial à saúde mental e no aprendizado dos alunos

A Lei nº 15100, de 13.01.2025, passou a restringir o uso de celular nas escolas públicas e privadas devido aos impactos negativos no aprendizado, na concentração, na saúde mental e na interação entre os alunos. A lei não proíbe totalmente o uso do celular mas restringe o seu uso durante aulas, recreios e intervalos, para que os alunos possam se concentrar nas atividades educativas e interagir com os colegas e professores, sendo permitido para fins pedagógicos e para casos de acessibilidade, saúde e segurança. Essa medida baseia-se em estudos que apontam que o uso excessivo de telas podem prejudicar o desempenho acadêmico, reduzir a interação social e aumentar índices de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes. Embora essa medida possa ser considerada controversa, tem o apoio da maior parte da população em geral e pelo menos de 65% dos pais e crianças até 12 anos conforme pesquisa da Datafolha de outubro/24.

O prejuízo à interação social é bastante notório pois é cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, como entre casais, filhos e irmãos que mal interagem entre si no dia a dia, cada um restrito ao seu mundo digital; vizinhos que mal se cumprimentam nos espaços públicos e até nos elevadores cada um com olhos fixos aos seus celulares; familiares e amigos em mesas de restaurante ou em outros espaços de convívio, sem interação, cada um também restrito às telas digitais, etc.

 

Ref.: Drenagem cerebral: celular em excesso é prejudicial | Jornal da Band Band Jornalismo maio 24

 

Comodidades e benefícios proporcionados pelo celular

Não há dúvidas quanto aos inúmeros benefícios associados ao celular na era da tecnologia e das mídias sociais, conectado à internet, como facilitar a comunicação instantânea, facilitar o trabalho home office em qualquer local, fazer compras, assistir filmes, ouvir música, etc.

Ao mesmo tempo que o celular proporciona diversas vantagens, o seu uso excessivo tem levado a comportamentos indicativos da dependência digital, como irritação em situação de offline, incapacidade de reduzir o seu uso, perda da noção de tempo, adiamento das tarefas, além do isolamento social, levando ao gradativo incômodo e até incapacidade em manter relacionamento no mundo real. Assim, o uso excessivo de celular está relacionado a problemas como estímulo à inatividade física,  ansiedade, transtornos de sono, depressão, diminuição da capacidade de concentração, dificultando a manutenção do foco com prejuízo ao desempenho escolar e no trabalho.

 

Uso moderado do celular sem abdicar de seus benefícios

Não há como deixar de usufruir dos benefícios proporcionados pelo celular, mas o mesmo deve ser usado moderadamente sem prejuízo à saúde física e mental e à interação social do usuário perante o mundo real. E no caso específico da restrição nas escolas, a efetividade dessa medida depende não somente dos alunos e professores, mas principalmente dos pais dos alunos que devem atuar como exemplos a serem seguidos no uso das maravilhas do mundo digital. 

Shoji

 

sábado, 15 de março de 2025

NOVA CHANCE PARA PATINETE ELÉTRICO PARA MOBILIDADE URBANA LIMPA

 Os patinetes elétricos podem facilitar a locomoção no caótico trânsito urbano

Em abril de 2019, impressionou-me pela 1ª vez a grande quantidade de pessoas em Telaviv usando patinetes elétricos não somente para lazer mas principalmente como meio de locomoção, aparentemente com bastante tranquilidade e em harmonia com o tumultuado trânsito típico de qualquer cidade moderna do mundo. O patinete se destaca por permitir ao usuário deslocar de forma ágil, silenciosa e sem causar poluição. Ele é de fácil utilização, cômodo, muito mais fácil do que a bicicleta, o que permite escapar do caos normal do trânsito.

Ou seja, o patinete se enquadra na micromobilidade, uma categoria de veículo levíssimo, elétrico e usados para pequenos deslocamentos, ideal para distâncias longas e cansativas para ser feito a pé e muito curtas para se ter o trabalho de tirar o carro ou mesmo a motocicleta da garagem.  

Embora seja recomendado para distâncias curtas, por alcançar velocidade de até 20 km/h, permite-se fazer deslocamentos de até 30 km com uma carga de bateria, o que é uma distância considerável no meio urbano.

 

Ref.: Cidade de SP volta a ter aluguel de patinetes elétricos Jornal da Gazeta jan 25

A curta primeira onda de patinetes elétricos no Brasil

Assim, a partir do início 2019, os patinetes elétricos de aluguel viraram uma febre nas grandes cidades do Brasil. De carona, porém, a falta de observância de regras adequadas para esse novo tipo de transporte resultaram em série de transtornos como acidentes, vandalismo, falta de infraestrutura e uso inadequado dos veículos, o que acabou resultando na saída do País das empresas operadoras desse tipo de serviço após curta permanência. 

 A volta do aluguel de patinetes elétricos

Em 2024, os patinetes elétricos voltaram ao País em cidades como Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo por meio da empresa russa Whoosh, porém, com equipamento mais pesado e melhor. Ou seja, os patinetes são equipados com pneus melhores, amortecedor, farol, lanterna traseira, seta, freio dianteiro e traseiro, luz de freio, buzina, indicadores de velocidade e de nível de bateria, suporte para celular com carregamento por indução, GPS que monitora a localização do equipamento em tempo real e sistema antifurto, além de estarem sujeitos à uma regulamentação mais adequada ao seu uso e circulação nas cidades.

 Circulação experimental por 90 dias no DF

Em Brasília-DF, os patinetes para aluguel entraram em circulação experimental por 90 dias a partir de fev/2025. Os aplicativos informam sobre os cuidados para o seu uso, como locais onde podem circular, ou onde podem estacionar e os limites de velocidade. A velocidade máxima permitida é controlada por GPS, de acordo com o local de circulação dos veículos, sendo de 20 km/h em ciclovias ou ciclofaixas, de 15 km/h nas demais vias da cidade e de 6 km/h nas calçadas.

 A locação tem tarifas diferenciadas, conforme o horário e dia da semana. Por exemplo, de segunda a sexta-feira, o valor da ativação será de R$ 1,99, e a viagem por minuto custa R$ 0,25 das 5h às 10h, R$ 0,39 das 10 às 17h e R$ 0,49 das 17h às 5h.

Entre os aperfeiçoamentos feitos em relação à experiência anterior é quanto ao melhor controle onde os equipamentos podem ser deixados após uso e ao controle das cargas das baterias as quais são monitoradas online e trocadas quando necessárias por equipes destacadas para esse fim.

Patinete elétrico como meio limpo alternativo de mobilidade

Desta vez, as condições são favoráveis para que o patinete torne-se de fato um meio de locomoção ambientalmente limpo de modo a tornar o trânsito urbano mais amigável ao usuário mas respeitando-se a segurança e o conforto dos cidadãos ao seu redor.

Shoji

sábado, 22 de fevereiro de 2025

FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) VERSUS PIB

 Segundo a FIB os desenvolvimentos material e espiritual devem caminhar simultaneamente

Para se quantificar o desempenho econômico de uma determinada região, seja país, estado ou cidade, utiliza-se do conceito de Produto Interno Bruto (PIB). O PIB representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região em determinado período, normalmente em um ano, excluindo da conta todos os bens intermediários, de modo a evitar o problema da dupla contagem.

 

a) O Encanto do Butão: Descobrindo a Felicidade Interna Bruta nos Himalaias audio resumo fev 2024

b) Um Novo Olhar sobre o Desenvolvimento – O Modelo do Butão Brasília Capital da Felicidade 18.02.2025

Felicidade Interna Bruta (FIB)

Em 1972, o então rei do Butão Jigme Singye Wangchuck criou um índice de mensuração de desempenho para seu país chamado "Felicidade Interna Bruta" (FIB), mais compatível com o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais budistas e também com base na convicção de que o objetivo da vida não pode ser limitado a produção e consumo de bens e serviços seguidos de mais produção e mais consumo, pois as reais necessidades humanas não se limitam somente a bens materiais, mas devem levar em contra outros fatores que contribuem para a felicidade ao longo da vida. Ou seja, o conceito de desenvolvimento social da FIB baseia-se no princípio de que a verdadeira evolução de uma sociedade humana surge quando os desenvolvimentos material e espiritual são simultâneos, assim se complementando e reforçando mutuamente. O conceito de FIB segue 4 diretrizes: desenvolvimento econômico sustentável, preservação da cultura, conservação do meio ambiente e "boa governança".

 Aplicação do conceito da FIB no Butão

Com base no conceito do PIB, a economia do Butão é pouco desenvolvida,  uma das menores do mundo, baseada essencialmente na agricultura, extração florestal e na venda de energia hidroelétrica para a Índia. A agricultura, essencialmente de subsistência, e a criação animal, são os meios de vida para 60% da população. A predominância de altas montanhas dificulta e encarece a expansão de infraestruturas e da atividade econômica.

Para a definição do índice de FIB no Butão durante a pesquisa são avaliados os seguintes 9 pilares:

1.      Ecologia e desenvolvimento sustentável

2.      promoção do tempo livre e do lazer

3.      Preservação e promoção dos valores culturais

4.      Observância da boa governança

5.      Inclusão e potencialização do padrão de vida

6.      desenvolvimento educacional para a inclusão social

7.      Saúde para a garantia da vida

8.      Vitalidade da comunidade

9.      Busca do bem estar com adoção de princípios como liberdade de pensamento, igualdade de gêneros e estímulo às atividades esportivas.

 Contribuição e essencialidade da FIB

Embora a quantificação do índice FIB não seja fácil, fator esse que explica grande parte do fato desse índice estar pouco disseminado entre outros países, o conceito de FIB tem o mérito de mostrar que o bem estar e a felicidade de qualquer população não depende somente dos fatores estritamente materiais mas também de outros levados em conta pela FIB.  

Shoji

 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

SUPERPENDURICALHOS FINALMENTE ACABAM?

 Nova tentativa para aprovar instrumento legal que acabe de vez com os superpenduricalhos indecentes

É notório que o sistema judiciário brasileiro é moroso, burocrático, complexo, pouco acessível à população, ou seja, tem baixa efetividade mas com elevado custo à sociedade. Segundo levantamento feito pela STN, do Ministério da Fazenda, divulgado em 24.01.2024, as despesas do sistema judiciário brasileiro incluindo os ministérios públicos alcançaram em 2022 1,6% do PIB, o mais elevado entre os 56 países analisados, muito acima da média mundial de 0,37% em 2021, de 0,5% dos países em desenvolvimento e de 0,3% daqueles mais avançados. A maior parte das despesas é concentrada em salários e benefícios e pouco em melhorias e investimentos para tornar a justiça mais rápida, eficiente e menos onerosa.

 

Supersalários: o uso indevido do dinheiro público em prol do poder Programa ND Notícias 28.01.2025

 

Penduricalhos elevam a remuneração acima do teto constitucional

A elite do serviço público constituído pelos juízes, procuradores e promotores ultrapassam o teto remuneratório constitucional do funcionalismo público, atualmente  de R$ 46.366,19 mensais nos termos da Constituição Federal art.37, XI, correspondente ao salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mediante o recebimento de diversos auxílios, gratificações, verbas, ajudas de custo, que podem chegar ao total de 32, muitos dos quais não estão sujeitos ao limite do teto e nem à cobrança do Imposto de Renda (IR). Entre os auxílios destacam-se:  moradia, alimentação, transporte, plano de saúde, adoção, creche, cursos, educação, doença, funeral, mudança, natalidade, livros, informática, etc., que em 2015 elevavam a média de rendimentos totais de juízes e desembargadores nos Estados (quando o teto era de R$ 33.763), a R$ 41.802 mensais, correspondendo a 23 vezes o rendimento médio do trabalhador no Brasil. E esse quadro pouco se alterou ao contrário agravando-se mais e mais.

 Gastos substanciais com a elite do serviço público

Esse descalabro da elite do serviço público ao País é demonstrado cabalmente pelo estudo do Centro de Liderança Pública com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), de 2022, do IBGE, conforme artigo do Jornal ESP (“Estadão”), de 17.07.2023, pg. B1, segundo o qual a casta dos servidores públicos que ganha acima do teto do funcionalismo (de R$ 44.008,52 mensais em 2024), custa R$ 3,9 bilhões aos governos federal, estaduais e municipais, sendo R$ 2,54 bilhões aos Estados, R$ 900 milhões a União e R$ 440 milhões aos municípios. Em 2022, 25,3 mil faziam parte desse grupo seleto, representando 0,23% dos servidores estatutários. Além de se caracterizar por privilégio indevido, pelo fato desses supersalários superar não somente o teto constitucional mas em muito a média salarial do serviço público e mais ainda em relação à renda média do trabalhador brasileiro, o montante de R$ 3,9 bilhões representa um valor considerável, por superar por exemplo o orçamento de 2023 de um órgão importante como o do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, de R$ 3,5 bilhões, mas principalmente ao se considerar o quadro fiscal fragilíssimo do Brasil nas esferas federal, estadual e municipal, que se defronta com a necessidade de atender aos gastos essenciais crescentes, inclusive previdenciários, sem correspondência nas receitas públicas e com dívida pública crescente, no limiar de atingir limites catastróficos.

 Privilégios escancarados no livro do Bruno Carazza

Esse abuso da elite do serviço público perante a sociedade é dissecado por Bruno Carazza, servidor público licenciado, em seu excelente livro “O país dos privilégios”, vol.1, da Cia das Letras, de 2024. Esse autor descreve detalhadamente como a elite do serviço público exerce seu poder e de articulações jurídicas e administrativas para criar privilégios inacessíveis a outras carreiras do funcionalismo e muito menos ao cidadão comum. Com isso, por exemplo, segundo o levantamento divulgado pelo STJ, em 2023, 93% dos juízes, desembargadores e ministros dos tribunais superiores tiveram rendimento mensal superior ao teto constitucional.

 O País não pode esperar mais para acabar com esses privilégios vergonhosos

Diante do cenário fiscal calamitoso, decorrente da gastança excessiva frente à receita pública insuficiente, o Governo Federal em 04.02.2025 enviou ao Congresso Nacional a lista das 25 medidas econômicas prioritárias, entre os quais se coloca a eliminação dos supersalários em todas as esferas do serviço público. Para isso, entre as opções que se apresenta é a aprovação do PLS 6726/2016 que se encontra parado no Senado Federal, desde 17.07.2021, quando foi aprovado na Câmara dos Deputados. São tantos os benefícios pagos aos servidores da elite que o referido PLS lista somente o que é permitido e impõe limites sobre aqueles permitidos, abordagem que é muito mais eficaz do que listar os benefícios que se procura eliminar ou limitar.

Shoji

 

sábado, 8 de fevereiro de 2025

GROELÂNDIA – AUTONOMIA OU INDEPENDÊNCIA?

 Povo inuit pode constituir o primeiro país soberano

Groelândia (Kalaallit Nunaat,"nossa terra” em groelandês), considerada a maior ilha do Mundo com área de 2.166.086 km2, é uma região autônoma do Reino da Dinamarca, banhada ao norte pelo Oceano Glacial Ártico, com população escassa de 57.000 habitantes, constituída em 89% por inuites (popularmente chamados de esquimós) e 7% por dinamarqueses.

 

a) Inuit Culture in Greenland Visit Greenland fev 2014

b) Greenland’s independence movement sees opportunity in Trump’s interest euronews 03.02.2025

Hipotética reivindicação americana sobre Groelândia

O status político da Groelândia voltou a chamar a atenção do Mundo em  função das declarações recentes do presidente norte americano, Donald Trump, sobre o hipotético propósito de anexação ou aquisição dessa ilha pelos EUA. Esse interesse estaria baseado na localização estratégica da ilha e também pelo potencial de riqueza em terras raras e outros minérios. Historicamente, a importância estratégica do território foi  demonstrada na contenção do avanço global nazista na II Guerra Mundial e posteriormente durante a Guerra Fria contra o bloco comunista para controle das rotas de navegação entre a Europa e a América do Norte pela proximidade com o Ártico.

 Ocupação original pelos povos árticos

A Groelândia é habitada há pelo menos 5000 anos por povos árticos provenientes originalmente da Sibéria que se estabeleceram nas terras geladas do Alasca, Canadá e Groelândia. Os noruegueses e islandeses chegaram posteriormente a Groelância por volta do 982 D.C. A colonização nórdica durou por cerca de 450 anos, tendo terminado por volta de 1450, ficando o povo inuit como o único ocupante da ilha.

 Groelândia sob o domínio dinamarquês

A presença nórdica na ilha foi restabelecida a partir de 1721 com a missão de Hans Egede. Como resultado do Tratado de Kiel em 1814, após o fim das guerras napoleônicas, a Dinamarca obteve o controle colonial total da Groelândia, status que permaneceu até 1953, não independente e não parte da Dinamarca mas controlada diretamente pelo governo dinamarquês. Esse controle total teve um pequeno intervalo durante a II Guerra Mundial em decorrência da ocupação da Dinamarca pela Alemanha nazista entre 1940 e 1945, o que levou o governo dinamarquês a entregar a defesa e o controle da Groelândia aos EUA em 09.04.1941. Após o fim do conflito, foi restaurado o status anterior, voltando a ilha à condição colonial da Dinamarca. Em 1953, a Groelândia deixou de ser colônia e passou a fazer parte da Dinamarca e em 1979 assumiu a condição de região autônoma do Reino da Dinamarca.

 Maior autonomia à Groelândia

Em 2008, a aprovação de 75% em referendo deu respaldo à edição de lei de autogoverno que deu maior grau de autonomia ao governo da Groelândia. Assim, foi a alterado o idioma oficial de dinamarquês para o groelandês em 21.06.2009, e este governo assumiu mais responsabilidades como o controle da guarda costeira, do sistema jurídico e de áreas do comércio. A lei de autogoverno de 2009 estabeleceu ainda que a Groelândia pode declarar a independência total se desejar, mas mediante referendo popular na ilha. O desejo de independência total é defendido pela maioria da população desde que não acarrete queda em seu padrão de vida. A decisão efetiva nesse sentido é difícil de ser tomada pelo fato da economia local depender essencialmente da pesca e do turismo e também do subsidio substancial do governo dinamarquês que corresponde a cerca de 2/3 do orçamento ou a ¼ do PIB  da Groelândia.

 O povo inuit pode constituir o primeiro país soberano

A decisão sobre o status político da Groelândia deve depender da vontade do seu povo, que em princípio rejeita o domínio norte americano sobre esse território. A independência total em relação à Dinamarca é desejada pela maioria do povo, mas a sua concretização é difícil no momento em função da alta dependência do subsídio concedido pelo governo dinamarquês. Entretanto, o alcance da  independência de Kalaallit Nunaat seria histórico  pois concretizaria o 1º país soberano composto majoritariamente pelo povo inuit.

Shoji