O acordo só terá sucesso caso o Hamas seja desarmado e afastado definitivamente de Gaza
O presidente norte americano Donald Trump, após
consultar diversos dirigentes de países árabes e de aliados democráticos,
anunciou em 29.09.2025 a proposta de acordo de paz no conflito entre Israel e o
grupo terrorista Hamas que completou 2 anos no dia 07.10.2025.
A proposta já aceita pelo governo israelense
liderado por Benjamin Netanyahu consiste de 20 principais pontos, o qual detalha
que a guerra deve terminar com um cessar-fogo imediato, seguido da devolução
dos reféns e da libertação de prisioneiros palestinos. Prevê ainda que Gaza
seja totalmente desmilitarizada e livre de estruturas terroristas, com
supervisão internacional para impedir a reconstrução de túneis e fábricas de
armas. A região passaria por um processo de reconstrução financiado por ajuda
humanitária e investimentos externos, com a criação de uma zona econômica
especial e incentivos para gerar empregos e oportunidades.
Ref.: Apesar da desesperança, é
possível um novo Oriente Médio pós-7 de Outubro Andre Lajst
07.10.2025
No campo político, o documento estabelece que Gaza
será administrada temporariamente por um comitê tecnocrático palestino, sem
participação do Hamas, sob supervisão do “Conselho da Paz”, presidido por
Trump. Esse órgão terá a tarefa de organizar a transição até que a Autoridade
Palestina esteja reformada e apta a reassumir o controle da região. Também está
prevista a criação de uma Força Internacional de Estabilização (FIS) para
apoiar a segurança local e treinar policiais palestinos, ao lado de Israel e Egito,
garantindo o bloqueio de armas e o fluxo seguro de ajuda.
O texto ainda inclui medidas de caráter social e
diplomático, como o incentivo ao diálogo inter-religioso entre palestinos e
israelenses, a garantia de que ninguém será forçado a deixar Gaza e a abertura
de caminho, no futuro, para a autodeterminação e até para a criação de um
Estado palestino, desde que sejam cumpridas as condições de segurança e de
reforma política exigidas pelo plano.
Vitória de Israel e derrota inconteste do Hamas
Deve-se recordar que o esforço maciço de Israel
contra o Hamas iniciou após o grupo terrorista Hamas em 07.10.2023 ter rompido
a fronteira da Faixa de Gaza e realizado
um ataque devastador contra as populações civis residentes israelense
nessa região, causando ao menos 1.200 mortes, incluindo 240 jovens de vários
países que participavam de um festival de música eletrônica (rave), muitas das
quais com requinte de crueldade, sequestrando também ao menos 240 pessoas,
incluindo mulheres, idosos, crianças e bebês. Simultaneamente, 2,5 mil a 5 mil
foguetes foram disparados pelo Hamas contra Israel atingindo não somente
localidades próximas de Gaza, mas até outras mais distantes como Tel Aviv. Em
função do ataque inusitado de foguetes, nunca antes realizado, o sistema de
defesa antimíssil chamado Domo de Ferro, que abate os mísseis lançados contra
Israel antes de atingir o seu alvo, não foi capaz de derrubar todos esses
artefatos, de modo que vários deles atingiram cidades israelenses, causando
sérios danos e pânico entre a população civil. Deve se ressaltar que mesmo antes do massacre
de out/23 o grupo Hamas que assumiu o poder em Gaza em 2006 e não reconhece a
existência de Israel vinha realizando ataques e atentados sistemáticos contra
Israel, inclusive com o lançamento regular de foguetes contra a população civil
israelense.
Chances reais para paz em Gaza
Desta vez, a proposta americana tem grande chance de
êxito pois o grupo Hamas concordou com termos gerais do plano tendo enviado
representantes para a negociação de detalhes para a implementação do plano que
se iniciou 06.10.2025 no Egito juntamente com representantes dos governos
israelense e norte americano, tendo resultado na assinatura do acordo em
08.10.2025 por ambas as partes a começar com a libertação de reféns ainda em
mãos de Hamas em troca de prisioneiros palestinos.
O plano só terá sucesso com o desarmamento e afastamento definitivo do Hamas
O plano prevê medidas positivas como a administração
temporária de Gaza por um comitê tecnocrático e apolítico palestino sob a
supervisão de um conselho internacional de paz e a gradual retirada de forças
israelenses e a transferência da atuação na segurança interna de Gaza para uma
força internacional de estabilização temporária (ISF). Mas para que essas
medidas sejam implementadas efetivamente é necessário o total desarmamento
inicial e imediato do Hamas e de outros grupos terroristas com a destruição da sua
infraestrutura terrorista e ofensiva incluindo túneis e meios de produção de
armas bem como o afastamento do Hamas e de outros grupos terroristas de
qualquer função na gestão sobre Gaza.
Nova era de paz e prosperidade para Gaza e Oriente Médio
O sucesso na implantação do acordo de paz e a
definitiva resolução dos palestinos no sentido do convívio pacífico com Israel podem
abrir novas perspectivas para a reconstrução de Gaza e de prosperidade para o
seu povo que terão reflexos positivos inclusive sobre todo o Oriente Médio.
Shoji
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