Seu singelo livro escrito na fase terminal do câncer
Gilberto Dimenstein, nasceu em
28.08.1956 em São Paulo de uma família judaica. Seu pai
era Adolfo Dimenstein, pernambucano de origem ashkenazi
polonesa e sua mãe Ester
Athias, uma paraense de ascendência sefaradi
marroquina. Estudou no Colégio I. L. Peretz, em São Paulo e formou-se na Faculdade Cásper Líbero.
Ref.:Luta do jornalista Gilberto
Dimenstein contra câncer é retratada em livro Jornalismo TV
Cultura jun 2021
Dimenstein foi colunista da Folha
de S.Paulo e atuou na Rádio CBN. Foi diretor da Folha de
S.Paulo na sucursal de Brasília e
correspondente internacional em Nova York daquele
periódico. Trabalhou também no Jornal
do Brasil, Correio Braziliense, Última
Hora, revista Visão e Veja.
Foi acadêmico visitante do programa de direitos humanos da Universidade de
Columbia, em Nova Iorque.
Por suas reportagens sobre temas
sociais e suas experiências em projetos educacionais, Gilberto Dimenstein foi agraciado com diversos prêmios como o
Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com dom Paulo Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz,
do Unicef,
Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de
Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também
ganhou os prêmios Esso e Prêmio
Jabuti, em 1993, de melhor livro de não ficção, com a obra Cidadão de
Papel e foi apontado pela
revista Época em 2007 como umas das cem figuras mais
influentes do país.
Foi um dos criadores da ANDI -
Comunicação e Direitos, uma organização não governamental que tem como objetivo
utilizar a mídia em favor de ações sociais. Em 2009, um documento da Escola de
Administração de Harvard apontou-o como um dos exemplos de inovação
comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente
em São Paulo, através do Projeto Aprendiz, o qual foi
replicado em diversas partes do mundo via Unicef e Unesco.
Criador do site Catraca Livre
Foi o idealizador
do site Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em
língua portuguesa pela Deutsche Welle. O objetivo principal
do site é agrupar informações que mostrem possibilidades acessíveis e
de qualidade, virtuais ou presenciais, em várias áreas da atividade humana,
como cultura, saúde, mobilidade, educação, esportes e consumo, em diferentes
capitais do Brasil. Presente também no Facebook, rede social na qual possui
quase 8 milhões de seguidores, o Catraca se propõe a revelar personagens, tendências
e projetos que inspirem soluções comunitárias inovadoras e inclusivas, mas
também incita debates envolvendo questões sociais, culturais e políticas.
Segundo o ex-senador Cristovam
Buarque, criador do Bolsa-escola quando
era governador do Distrito Federal, Dimenstein foi um dos
inspiradores desse programa.
Autor do singelo livro sobre os
melhores dias da sua vida
Em 2019, foi diagnosticado com
um câncer no pâncreas vindo a falecer precocemente em 29.05.2020, aos 63
anos de idade. Nos últimos meses da sua vida, ao mesmo tempo que lutava
corajosamente contra o avanço da doença ao lado dos entes queridos e amigos,
escreveu com o apoio incansável da sua companheira, a jornalista Anna
Penido, o livro “Os últimos melhores
dias da minha vida” em que registra com muita sinceridade os derradeiros
momentos da sua existência plena de realizações. Em resumo, para Dimenstein
“quanto mais o câncer me subtraia, mais eu conseguia agregar novas dimensões à
minha existência; a realidade estava na maneira criativa com que olhava à minha
volta; era o meu olhar que fazia o mundo ficar mais belo quando via o colorido
das flores refletidas na janela; a felicidade que experimentei nos meus últimos
melhores dias não foi provocada por algo extraordinário; nada disso, sentia um
contentamento gigantesco pelo simples fato de estar vivo e poder compartilhar
os meus últimos melhores dias com as pessoas que me cercavam; aquela sensação
era estupenda como deve ser para a taturana quando se reconhece como
borboleta”.
Shoji
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