sábado, 3 de dezembro de 2022

PEIXE LEÃO AMEAÇA O EQUILÍBRIO MARINHO BRASILEIRO

 O peixe-leão pode causar danos à biodiversidade marinha brasileira

Peixe-leão é o nome dado a peixes encontrados originariamente nos oceanos Índico e Pacífico que se destacam pelo corpo com listras verticais brancas e vermelhas alaranjadas, possuindo ainda nadadeiras com raios longos e semelhantes a um leque, e devido a sua beleza são usados também como peixes ornamentais.

Ref.: Peixe-leão - Tudo o que você precisa saber sobre esse animal!! Projeto Golfinho Rotador nov.2021

 

 

O peixe-leão é nativo dos Oceanos Índico e Pacífico

O peixe-leão vive normalmente em regiões de recifes e corais. Esse peixe permanece durante o dia abrigado em fendas e cavernas, saindo à noite para se alimentar. Os peixes-leão que podem atingir cerca de 47 cm possuem toxinas que podem provocar náusea, dor e convulsões nos seres humanos e são inoculadas por meio dos 18 espinhos, localizados nas nadadeiras, sendo 13 na nadadeira dorsal, 3 na nadadeira anal e 1 em cada nadadeira pélvica. Apesar de provocar dor, o veneno, em geral, não é responsável por levar seres humanos saudáveis a óbito.

 

Atualmente são encontrados no Caribe e até na costa brasileira

Os peixes-leão são nativos do Indo-Pacífico, mas atualmente são encontrados no oceano Atlântico, onde são considerados uma espécie invasora. O 1º registro no Atlântico ocorreu na Flórida, em 1985, provavelmente, pela soltura de espécimes que estavam em aquários. Outra hipótese é a de que a invasão do peixe nos EUA teria sido consequência da destruição de 1 aquário à beira mar com esses peixes pelo furacão Andrew, que atingiu a Flórida em 1992. A partir daí, a espécie se espalhou e se estabeleceu também no Caribe e no Golfo do México, e passou a ser observado no Brasil em 2014 e com maior frequência a partir do final do ano de 2020.

 

O peixe-leão pode ameaçar o equilíbrio da biodiversidade marinha brasileira

Sendo generalista, o peixe-leão alimenta-se de diferentes espécies e em grande quantidade, que pode chegar a cerca de 20 peixes em meia hora, representando assim perigo para os peixes nativos, principalmente para as espécies endêmicas. Caracteriza-se ainda pela sua capacidade de rápida reprodução e por ser uma espécie invasora, não possui predadores naturais na costa brasileira, o que facilita o aumento exagerado da sua população e consequente descontrole populacional.  Por todos esses fatores, o peixe-leão pode se tornar um grande predador que pode causar sérios danos à ecologia marinha e biodiversidade brasileiras.

Além de afetar o equilíbrio de um ecossistema, o peixe-leão afeta a economia local pelo fato de se alimentar de espécies importantes comercialmente, impactando a vida das pessoas que delas dependem.

Shoji

 

 


sábado, 26 de novembro de 2022

DERRETIMENTO DE GELEIRAS AMEAÇA O PLANETA

 1/3 das geleiras do Patrimônio Mundial podem desaparecer até 2050  

O Relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC) da ONU, divulgado em 09.08.2021, alerta que a Terra está esquentando mais rápido do que era previsto, podendo atingir 1,5º C acima do nível pré-industrial entre 2030 e 2040, ou seja, pelo menos 10 anos antes do esperado. Ou seja, desde 1850, a temperatura média da Terra aumentou ao menos 1,1º C e mais no mínimo 0,4º C vai agravar os prejuízos ambientais como secas severas, ondas de calor, chuvas torrenciais e consequente enchentes catastróficas, tornados, incêndios florestais, aceleração do derretimento das geleiras, elevação do nível do mar e provável submersão de vários países insulares.

 

Ref.: a) Unesco alerta para o fim de um terço das geleiras até 2050 Record News 04.11.2022

b) Derretimento das geleiras já se tornou irreversível, aponta especialistas Fala Brasi nov 2020

 

Geleiras emblemáticas podem desaparecer até 2050

Um estudo da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), da ONU, divulgado em 04.11.2022, destaca o sério risco associado ao derretimento acelerado de geleiras, sendo que algumas das massas de gelo em locais do Patrimônio Mundial mais emblemáticos do mundo devem desaparecer até 2050. 50 locais do Patrimônio Mundial da Unesco abrigam geleiras, representando quase 10% da área total de massas de gelo da Terra, incluindo o mais alto, próximo ao Monte Everest, o mais longo, no Alasca, e os últimos glaciares restantes na África. Entre as geleiras que podem desaparecer até 2050 destacam-se: as dos Pirineus Mont Perdu (França e Espanha), das Dolomitas (Itália), as geleiras do Parque Nacional do Kilimanjaro e do Monte Quênia (África) e as dos parques nacionais de Yosemite e Yellowstone (EUA).

Esses patrimônios mundiais estão perdendo 58 bilhões de toneladas de gelo a cada ano, volume de água equivalente ao consumo anual de água na França e Espanha, contribuindo para 5% do aumento global observado no nível do mar. Deve-se destacar ainda que metade da humanidade depende direta ou indiretamente das geleiras como fonte de água para uso doméstico, agricultura e energia, e o seu derretimento acelerado ainda aumenta o risco de desastres naturais.

 

Derretimento de geleiras da Groelândia

Uma das regiões mais críticas na perda de geleiras concentra-se na Groelândia. Segundo dados publicados na revista científica Nature Communications Earth & Environment em ago/2020, as camadas de gelo da Groenlândia encolheram a um ponto irreversível, situação em que a queda de neve não está sendo mais suficiente para reabastecer as geleiras das camadas de gelo perdidas pelo derretimento no verão. Em outras palavras, o gelo que está sendo dissolvido no oceano ultrapassa a neve que se acumula na superfície do manto das geleiras.

O encolhimento das geleiras na Groenlândia é um problema para todo o planeta, pois o gelo que derrete ou se desprende dos mantos de gelo da Groenlândia acaba no Oceano Atlântico e, consequentemente, espalha-se por todos os oceanos do mundo, fazendo com que a perda de gelo na Groenlândia acaba sendo um dos principais contribuintes para o aumento do nível do mar ao ritmo de pelo menos 1 mm por ano.

 

O grande desafio ao Mundo no combate aos efeitos do aquecimento global

Mas, o relatório da Unesco destaca que ainda é possível salvar os outros 2/3 das geleiras do Patrimônio Mundial, se o aumento da temperatura global não ultrapassar 1,5°C até o, o que constitui um dos grandes desafios enfrentados pela 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27)  que se realizou em nov/2022, em Sharm El-Sheikh no Egito. Mas os resultados das inúmeras conferências sobre mudanças climáticas têm sido mais na manifestação de boas intenções do que no alcance de resultados práticos, fato esse que causou a ausência na COP27 de um dos grandes ícones mundiais no combate ao aquecimento global, a garota norueguesa Greta Thunberg.

Shoji

 

sábado, 19 de novembro de 2022

HACHIKO SÍMBOLO DE FIDELIDADE

 Hachiko continua na memória popular como exemplo inesquecível de lealdade e fidelidade

O animal de estimação ama seu dono incondicionalmente e fica feliz só por estar ao seu lado seja nos momentos felizes, como também nos mais difíceis, ou seja, pela sua natureza intrínseca, o animal de estimação não só gosta de fazer companhia ao seu dono, mas é fiel, e por toda a vida.

Assim, o maior sentido em ter um pet é que ele faz companhia ao seu dono em qualquer circunstância ou local, independentemente da sua condição econômica ou financeira, ou seja, o animal de estimação sempre fica ao lado do seu dono, se este der o mínimo de atenção e carinho.  Por isso, vemos comovidamente cachorros acompanhando docilmente seu dono, mesmo que este seja morador de rua, mal trajado e puxando um carrinho cheio de tralhas. Nesse escopo, o cão Hachiko falecido em 1935 é reconhecido mundialmente pela sua fidelidade incondicional e comovente ao seu mestre.

 

Ref.: Homenagem a Hachiko, o cão héroi Miguel Cristiano nov 2012

Hachiko uma vida de dedicação e fidelidade ao seu mestre

Hachikō, da renomada raça canina Akita, nasceu em 10.11.1923, em uma fazenda perto da cidade de Odate, província de Akita. Em 1924, Hachiko foi trazido a Tóquio por Hidesaburo Ueno, professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, que lhe deu o nome de Hachi, que significa o nº 8, mas era mais conhecido pelo seu diminutivo, Hachiko. Por ser amante de cães, o professor Ueno dedicava ao Hachiko muito amor e carinho, de modo que Hachikō o acompanhava em sua ida ao trabalho desde a porta de casa até a estação de trem de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia.

A visão dos 2, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos ao final da tarde, impressionava bastante aos transeuntes. A rotina continuou até maio de 2025, quando numa tarde o professor não retornou como de costume, por ter falecido repentinamente em decorrência de um derrame cerebral. Assim, a vida feliz de Hachiko  ao lado do seu dono em sua ida e volta da estação de Shibuya foi interrompida inesperadamente apenas depois de 1 ano e 4 meses.

Após a morte de seu dono, Hachiko foi morar com parentes do professor Ueno, em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugia frequentemente e voltava para a sua casa em Shibuya, por isso, decorrido 1 ano, Hachiko foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachiko desde que ele era um filhote. Mas assim mesmo,  Hachiko continuava fugindo. Ao perceber que seu antigo dono já não morava na casa em Shibuya, Hachiko passou a ir todos os dias à estação de Shibuya, para esperar pela volta do seu dono, procurando o entre inúmeros passageiros, fazendo isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, e vendo o seu estado físico cada vez mais precário, muitos transeuntes da estação Shibuya ficaram tocados e passaram a cuidar do Hachiko, dando lhe comida e água para aliviar a sua eterna vigília.

 Reconhecimento popular à fidelidade incondicional de Hachiko

Pelo esforço de um aluno do Professor Ueno, a história de Hachiko acabou sendo publicado em setembro/1932, em um dos principais jornais japoneses, o Asahi Shimbun, e, assim, Hachiko tornou-se uma espécie de celebridade, tendo ganho, ainda em vivo, uma estátua de bronze em frente à estação Shibuya, de autoria do renomado escultor Teru Ando, inaugurada em 21.04.1934.

 

A morte de Hachiko e sua entronização na memória eterna das pessoas

A incansável vigília de Hachiko pelo seu dono durou quase 10 anos, quando em 08.03.1935, Hachiko veio o falecer.  A morte de Hachiko causou muita consternação e foi estampada nos principais jornais japoneses. Os restos mortais de Hachiko foram cremados e suas cinzas enterradas no Cemitério de Aoyama, em Minato, Tóquio, ao lado das do seu mestre, o Professor Ueno. A estátua a ele dedicado, no entanto, viria a ser derretida em abril/1944 para uso no  esforço de guerra durante a II Guerra Mundial. Mas, após o fim do conflito armado, uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original e posta no mesmo lugar em 1948. Esta estátua continua na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro muito famoso e popular, onde Hachiko é o sujeito de justas homenagens.  Também, até hoje Hachiko é ensinado às crianças japonesas como exemplo comovente de fidelidade e dedicação.

Shoji

 

 

sábado, 12 de novembro de 2022

PFAND E A ECONOMIA CIRCULAR NA ALEMANHA

 Sistema Pfand induz o consumidor a reciclar os recipientes retornáveis

A Economia Circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado, a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento econômico e o aumento no consumo de recursos, relação até aqui vista como inexorável.

 Inspirando-se nos mecanismos dos ecossistemas naturais, que gerem os recursos a longo prazo num processo contínuo de reabsorção e reciclagem, a Economia Circular promove um modelo econômico reorganizado, através da coordenação dos sistemas de produção e consumo em circuitos fechados. 

Assim, a economia circular contrapõe o atual ainda majoritário modelo que pode ser chamado como economia linear, baseado em extrair, transformar e descartar, o que depende de grandes quantidades de materiais de baixo custo e fácil acesso, além do uso intensivo de energia.  Entretanto, esse modelo é claramente insustentável a longo prazo, pois os estoques de insumos e matérias-primas são finitos e um dia poderão ser esgotados, se for mantido o atual ritmo de uso de materiais e insumos. 

Conceitualmente, a economia circular é regenerativa e restaurativa, ou seja, seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais nível de utilidade e valor o tempo todo.  Assim, a economia circular consiste em um ciclo de desenvolvimento positivo contínuo que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos administrando estoques finitos e fluxos renováveis.

 

Ref.: Sistema de Reciclagem de Garrafas PET na Alemanha  nov 2020 Andreia Bohn 

Sistema Pfand de reciclagem de recipientes de bebidas

A Alemanha possui um dos mais eficientes sistemas de reciclagem do mundo com cerca de 66% de resíduos urbanos reciclados. Os programas de coleta de lixo administrados pelo governo representam fator positivo, mas grande parte desse sucesso se deve à participação da população em sistemas como o de separação e retorno de recipientes chamado Pfand. 

A palavra Pfand pode ser traduzida como “depósito” ou “seguro” e corresponde ao valor pago pelo consumidor pelo recipiente na compra de bebidas, podendo esses recipientes ser: (1) garrafas de vidro; (2) garrafas plásticas; (3) latas de alumínio; e (4) caixas e engradados.

Por exemplo, ao comprar uma lata de cerveja por 60 centavos o freguês paga ainda 25 centavos pelo Pfand da lata, de modo que o preço final se eleva a 85 centavos. Após desfrutar da cerveja, o consumidor pode devolver a lata e receber de volta os 25 centavos. Com isso, o consumidor acaba pagando apenas pelo líquido contido no recipiente, sendo este, na realidade, objeto de emprétimo, mediante o pagamento do depósito de garantia que se chama Pfand.

Para receber o depósito de volta, o consumidor deve devolver os recipientes vazios às máquinas especiais normalmente colocadas nos supermercados, podendo o seu valor total ser reembolsado ou abatido na compra efetuada na loja.

 

A logística reversa das garrafas reutilizáveis ou de uso único para reciclagem

A garrafa reutilizável de refrigerante, por exemplo, devolvida ao supermercado, é transportada por um vendedor atacadista de bebidas, junto com outros vasilhames, para um local para triagem. A garrafa reutilizável é selecionada para ser levada para o produtor que utiliza esse tipo de embalagem. No produtor, ela é lavada e novamente envasada e vendida de volta à rede varejista, para ficar à disposição do consumidor. Segundo a Agência Ambiental Alemã (UBA), uma garrafa de vidro pode ser reutilizada até 50 vezes sem perder a qualidade, e a garrafa plástica reutilizável por até 25 vezes. 

As garrafas de uso único seguem um caminho diferente. Após sua coleta na loja, elas são levadas para uma central de reciclagem, onde são trituradas e transformadas em pequenos grânulos de plástico (pellets), sendo estes transformados em novas garrafas plásticas, tecidos ou outros objetos plásticos, como embalagens de detergente.

 

Eficácia do sistema Pfand na circularidade da economia com uso da logística reversa

O sistema Pfand na Alemanha para reciclagem de reciclagem de bebidas funciona de forma eficaz por estabelecer uma logística reversa, envolvendo o produtor, a loja atacadista, a loja varejista e no fim da cadeia o consumidor, sendo este o maior interessado na recuperação do valor pago como depósito pelo uso do recipiente  (Pfand).

Shoji

 

 

sábado, 5 de novembro de 2022

OBESIDADE NAS ILHAS DO PACÍFICO SUL

 Valorização dos hábitos alimentares locais pretende reduzir os males da obesidade

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura, causada pela ingestão  excessiva de calorias, ou seja, decorre do consumo alimentar maior que o gasto energético correspondente, o que aumenta a massa corpórea e leva o peso a exceder o nível ideal. A obesidade provoca uma predisposição maior a doenças, como problemas de coração, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo II, problemas articulares, apnéia e derrame, acarretando em redução da expectativa de vida em relação a uma pessoa de peso normal. As principais causas da obesidade são o elevado consumo de alimentos altamente processados, normalmente não saudáveis, e o sedentarismo decorrente do crescente conforto propiciado pelas comodidades da vida moderna.

A definição mais usual da obesidade é determinada pelo índice de massa corpórea (IMC), calculado pela divisão do peso pela altura elevada ao quadrado, conforme a seguinte graduação:

·         IMC entre 25 e 30: sobrepeso;

·         entre 30 e 35: obesidade grau I;

·         entre 35 e 40: obesidade grau II (severa);

·         maior do que 40: obesidade grau III (mórbida).

 Países do Pacífico pretendem valorizar alimentação local para reduzir índices de obesidade e incidência de doenças como o diabetes

 Taxa de obesidade em população adulta (%) – ano 2016

ordem

país

obesidade (%)

1

Palau

55

2

Tuvalu

52

3

Tonga

48

4

Samoa

47

5

Kiribati

46

6

Kuwait

38

7

Estados Unidos da América

36

8

Jordânia

36

9

Arábia Saudita

35

10

Catar

35

11

Líbia

33

12

Turquia

32

13

Líbano

32

14

Egito

32

15

Emirados Árabes Unidos

32

Fonte: CIA World Factbook

a) Unreported World: Obesity In Paradise Sophie Morgan  2015

b) Samoa obesity: Activists launch campaign to change locals' diet habits Al Jazeera English 2017

 Entre as razões para a obesidade nas ilhas do Pacífico Sul destaca-se inclusive a percepção cultural de que ter corpo grande é associada a riqueza, poder e beleza. Outro fator é a atribuição de status social mais elevado ao estilo ocidental de alimentação em detrimento aos alimentos locais considerados mais saudáveis. Por essa razão, nas últimas décadas grande parte da dieta local passou a ser composta de alimentos processados, baratos e facilmente disponíveis, altamente calóricos, como o corned beef e bacon, ao invés de alimentos locais frescos e mais saudáveis, como peixe, frutos do mar, frutas e legumes. Outro fator importante é a facilidade de acesso às comodidades da vida moderna que tem aumentado o sedentarismo, inclusive entre as crianças. 

 A disseminação dos maus hábitos alimentares, do sedentarismo e da obesidade  têm levado ao aumento das chamadas doenças não transmissíveis (DNT) nas ilhas do Pacífico Sul, levando por exemplo essa região a ter uma das mais elevadas taxas de incidência de diabetes no mundo, causando problemas de circulação sanguínea e dano ao sistema nervoso, ao coração, olhos e rins e que podem resultar em risco de cegueira, acidentes cerebrovasculares e amputação de membros, comumente os pés e as pernas.

 Como forma de prevenir a piora da saúde pública, alguns dos países do Pacífico Sul tem adotado esforços como o de revalorizar os alimentos locais saudáveis, e que podem ser encontrados em grande abundância na região, como ocorre na ilha de Samoa.  

Shoji

 

 

sábado, 29 de outubro de 2022

COMPOSTAGEM ORGÂNICA NA GESTÃO DO LIXO URBANO E PRODUÇÃO DE ADUBO

 Na área verde do Parque Augusta foi usado fertilizante derivado da compostagem

O lixo urbano, resultado das atividades cotidianas das cidades, causa dificuldades aos municípios, por serem gerados em grande quantidade e compostos dos mais variados materiais, de modo que o seu descarte em áreas inadequadas provoca graves efeitos socioambientais, que afetam a qualidade de vida e a saúde da população. 

Um dos maiores entraves ao correto manejo do lixo urbano é o lixo orgânico, que é resíduo de qualquer material de origem biológica, como as partes não aproveitadas no preparo de alimentos, as sobras de comidas, borra de café, restos de jardinagem, etc. Descartado juntamente com os demais rejeitos, o lixo orgânico perde seu potencial de reaproveitamento, reciclagem e até mesmo de rentabilização. E o impacto vai além dos aspectos sociais e econômicos, atingindo fortemente a área ambiental: em aterros e lixões, a matéria orgânica emite gás metano a partir do apodrecimento e atrai vetores de doenças, como ratos, baratas e vários insetos além de gerar o chorume, líquido resultante da decomposição do lixo que contamina o solo, as águas e o lençol freático.

a) Fertilizante Orgânico Composto I Terafértil Tera Ambiental

b) Depoimento Cliente I Fertilizante Orgânico Terafértil Tera Ambiental

c) Parque Augusta é inaugurado em São Paulo | CNN Domingo 07-11-2021 CNN Brasil

Benefícios da compostagem

A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que microrganismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material rico em nutrientes.

Nesse sentido, a compostagem do lixo orgânico urbano representa uma forma adequada e correta ambientalmente de gestão, principalmente pelo fato do lixo orgânico residencial representar mais da metade do lixo gerado pelos domicílios urbanos, e causar grande transtorno no dia a dia das cidades. 

 

Uso do fertilizante orgânico composto no Parque Augusta em SP

O paisagismo do Parque Augusta, inaugurado em 06.11.21, no centro de São Paulo, utilizou fertilizante orgânico composto, produzido a partir de resíduos orgânicos, e essa escolha foi derivada da maior valorização de produtos sustentáveis obtidos a partir de processos ambientalmente positivos. Ou seja, o paisagismo do Parque insere-se na crescente conscientização e à exigência da cadeia consumidora, que valoriza cada vez mais a economia circular, isto é, o desenvolvimento econômico aliado a um melhor uso de recursos naturais e com menor dependência de matéria-prima primária, priorizando insumos duráveis, recicláveis e renováveis.

Atuação de empresas especializadas como a Tera Ambiental

Para o Parque Augusta, o composto foi fornecido pela Tera Ambiental, empresa  especializada em reciclagem de resíduos orgânicos por meio de tratamento e compostagem de lodos sanitários e resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais, com o fim de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, aumentando a produtividade de culturas agrícolas e projetos paisagísticos.

Para a produção do fertilizante orgânico composto, a Tera Ambiental usa insumos como lodos biológicos de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) e de Sistemas de Tratamento de Águas Residuárias (Star), restos de frutas, legumes, verduras e alimentos, ricos em matéria orgânica e nutrientes. Os resíduos orgânicos são tratados através da técnica de compostagem termofílica em escala industrial, em área coberta de 30 mil m2, submetidos a rigoroso controle em todas as etapas, de modo que, ao final do processo, os resíduos são transformados em fertilizante orgânico rico em matéria orgânica, nitrogênio, potássio, micronutrientes mas livre de fitopatógenos que causam doenças às plantas, com a capacidade de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, além de estar registrado no Ministério da Agricultura (MAPA).

 

Benefícios da compostagem para a sociedade em geral

Como o lixo orgânico representa grande parte do lixo coletado nas cidades, a implantação cada vez maior do sistema de compostagem resulta em substanciais benefícios para o conjunto da sociedade, tais como:

·         Quando a compostagem é feita no próprio domicílio do gerador do resíduo, há redução da movimentação da coleta coletiva de lixo que representa custo significativo e causa grandes transtornos ao tráfego urbano;

·         Redução do volume destinado aos aterros sanitários e lixões, que causam grandes danos ambientais, como a poluição do ar, a degradação do solo e do lençol freático, além de problemas sanitários;

·         Aproveitamento dos resíduos orgânicos para a produção de adubo orgânico de alta qualidade sem agrotóxicos, para desenvolvimento de áreas verdes, jardins, hortas e pomares em áreas públicas, residenciais e em unidades agrícolas produtivas.

Os benefícios são tão claros e evidentes com baixo custo financeiro, que os órgãos públicos e as ONG ambientais deveriam ser os maiores interessados no incentivo e apoio à compostagem, principalmente nas grandes cidades, estimulando ainda a atuação crescente de empresas especializadas na coleta de resíduos orgânicos para a produção de adubos compostos.  

Shoji

sábado, 22 de outubro de 2022

IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA NO JAPÃO

 Limpeza da escola e preparo da merenda ajudam na educação da criança

O sistema educacional japonês é considerado diferenciado, muito bom e, sobretudo, ajuda na formação da criança e do jovem e seu convívio saudável na sociedade japonesa. O ensino obrigatório no Japão é de 9 anos, sendo 6 anos no ensino fundamental (shougakkou) e 3 no secundário (chuugakkou). O Ensino Médio (koukou) não é obrigatório, mas a maioria dos alunos acaba concluindo esse ciclo.  O período obrigatório contempla alunos de 6 a 15 anos, é gratuito e tem o currículo estrategicamente definido pelo Ministério da Educação, Esportes, Ciência e Tecnologia, sendo o material pedagógico e os planos de aula revisados e atualizados regularmente. Alguns dos instrumentos fundamentais no ensino infantil japonês são:

 

a) Veja como funciona uma escola pública no Japão | UNIVERSO JAPÃO 27 de mai. de 2018 Cleiton Fujimura

b) Como funciona a limpeza nas escolas japonesas? 7 de jan. de 2018 Viajante Will

1.      Boas maneiras antes do conhecimento

Nas escolas japonesas, os estudantes não fazem prova até alcançarem a 4ª série (aos 10 anos de idade), mas apenas alguns pequenos testes, pois o objetivo para os 3 primeiros anos de escola não é avaliar o conhecimento da criança, mas sim incentivar a prática das boas maneiras e o desenvolvimento do seu caráter. Ou seja, as crianças são ensinadas a respeitar o próximo, o meio ambiente, a natureza e os animais. Aprendem também sobre generosidade, empatia, além de autocontrole e coragem. Ou seja, desde pequena a criança é ensinada a manter uma rotina e uma disciplina muito rigorosa em casa e, principalmente, na escola: respeitar os professores e os colegas, ser pontual, não faltar às aulas, apresentar bom desempenho nas tarefas, cuidar dos seus materiais.

 

2.      A merenda escolar é preparada de forma saudável e servida a todos

Nas escolas públicas, o almoço é feito segundo um cardápio padronizado desenvolvido por cozinheiros especializados e por profissionais da saúde. Como não existem refeitórios, a refeição é oferecida nas salas de aula pelos próprios alunos, que se organizam  para servir a todos os colegas, inclusive o professor, o que ajuda a melhorar o convívio social entre todos. 

 

3. A limpeza da escola é tarefa dos próprios alunos.

Depois da merenda, é hora de fazer a limpeza, e os próprios alunos são responsáveis por essa tarefa. Os pequenos são divididos em grupos, e cada um é responsável por lavar o que foi usado na refeição e pela limpeza da sala de aula, dos corredores e dos banheiros, num sistema de rodízio coordenado pelos professores. Ou seja, desde os primeiros anos, os estudantes fazem a limpeza das dependências da escola, aprendendo com isso a trabalhar em equipe e a ajudar-se mutuamente, bem como a respeitar e a preservar o patrimônio em prol do bem público, além de valorizar o próprio trabalho e o trabalho dos outros.   

Obviamente, nem tudo é perfeito, pois o sistema educacional reveste-se da exigência de alto grau de disciplina, muitas vezes considerada excessiva, e por seu caráter bastante competitivo, principalmente na fase de ingresso ao ensino superior, quando as vagas nas melhores universidades são disputadas de tal forma acirrada, que leva jovens a ficarem extremamente estressados. Também há crítica de que o sistema educacional não estimula o desenvolvimento da capacidade e caraterísticas individuais.   

 

4.   Mas de forma geral, o sistema educacional japonês prima pela formação do caráter e da personalidade da criança e do jovem o que propicia benefícios por toda a vida, não somente de forma individual mas também por toda a coletividade.  

Shoji

sábado, 8 de outubro de 2022

REVOLTA INÉDITA NO IRÃ PELOS DIREITOS FEMININOS

 Protestos por todo Irã após morte de jovem de 22 anos pelo uso inadequado do véu

No início de out/2022 prosseguiam pela 3ª semana os maiores protestos por todo o Irã  desde 2019 quando tinha ocorrido a revolta pelo aumento dos preços de combustíveis, mas com características inéditas em função do alcance territorial e do envolvimento do largo espectro da sociedade  tendo como objeto o próprio sistema islâmico repressivo implantado desde 1979.

A gota da água que desencadeou a atual onda de violência foi a morte de Mahsa Amini, iraniana de origem curda de 22 anos, em 16.09.2022, após ser detida 3 dias antes pela polícia de vigilância moral sob a justificativa de uso de vestimentas inadequadas. Segundo o irmão da jovem, ela teria deixado parte dos cabelos à mostra sob o véu islâmico, obrigatório no país. Gravemente ferida, Mahsa foi transferida da prisão para um hospital onde faleceu 3 dias depois. Apesar do claro envolvimento dos policiais nessa morte, as autoridades governamentais rejeitaram qualquer responsabilidade na ocorrência dessa fatalidade.

Ref.: A onda inédita de protestos que o Irã tenta esconder 5 de out. de 2022 BBC News Brasil

As primeiras manifestações começaram em 17.09 e se espalharam pelas 31 províncias. Desencadeado inicialmente pelas mulheres, acabaram envolvendo os homens e todas as categorias sociais, inclusive minorias étnicas e religiosas, transformando-se praticamente em protesto contra o sistema fundamentalista islâmico implantado a partir de 1979 sob a liderança do Aiatolá Khomeini.  Apesar da dura repressão pelas forças governamentais, com uso inclusive de disparos de armas de fogo, que resultou até o início de out/22 em quase uma centena de mortes, os manifestantes continuam saindo nas ruas e espaços públicos, inclusive atacando e destruindo símbolos e imagens das autoridades islâmicas.

 Protestos contra a república islâmica fundamentalista

Os protestos desencadeados a partir da morte da Mahsa foram extrapolados e acabaram direcionados contra o regime ditatorial da república fundamentalista islâmica implantada a partir de 1979 que restringe as liberdades pessoais no Irã, principalmente em relação às mulheres. Inicialmente, a sharia, lei islâmica vigente no Irã, atribui status inferior às mulheres em relação aos homens.  Mas as mulheres não são tornadas inferiores apenas por costumes e tradição, mas também por lei.

Nem sempre foi tão duro ser mulher no Irã. Antes da Revolução Islâmica, as mulheres do país estavam adquirindo direitos similarmente a mulheres de outras partes do mundo. Elas eram eleitas, serviam em conselhos locais, podiam integrar a força de trabalho como juízas, funcionárias públicas, policiais, etc. Hoje, no Irã, por exemplo, elas não podem viajar sem a permissão do marido, procurar ou ter um emprego sem a permissão de um parente do sexo masculino, devem seguir rígidos códigos de vestimentas, que devem cobrir todo o corpo e não podem descobrir o cabelo em público. Elas são separadas dos homens nos locais de trabalho, meninas e meninos têm suas próprias salas de aula segregadas e elas são obrigadas a sentar-se na parte de trás dos ônibus, entre outras restrições contra as mulheres.

 Protestos contra a incapacidade do governo superar a crise econômica

Os protestos contra a liderança clerical linha dura e inflexível da república islâmica implantada pelos aiatolás a partir de 1979 têm sido fortemente reforçados pela insatisfação em relação à crise econômica que assola o país há vários anos: inflação, preços altos, aumentos do desemprego, corrupção e repressão política.  E a crise econômica tem sido agravada pela insistência do governo iraniano em realizar altos gastos para desenvolver a sua capacidade para produzir armas nucleares, além de manter objetivos de alcançar a hegemonia regional contra países islâmicos sunitas como a Arábia Saudita além de financiar grupos radicais em países como no Iêmen, Líbano (Hezbollah) e Faixa de Gaza (Hamas).

 Necessidade de eliminação de regras e costumes arcaicos que ameaçam a vida humana

O episódio da morte de Mahsa que contribuiu para desencadear protestos em todo o Irã

chama a atenção mundial mais uma vez como exemplo da submissão de pessoas, principalmente de mulheres, às leis e costumes que ignoram as necessidades das pessoas desfrutarem de condições concretas de liberdade de pensamento e de ação para que cada pessoa consiga por si buscar as condições mínimas de uma vida digna.    

Shoji

 

 

sábado, 1 de outubro de 2022

SACOLA PLÁSTICA ENFIM VEDADA NA CAPITAL FEDERAL

 A partir de 01.08.2022 não há mais sacola plástica gratuita nos supermercados de Brasília-DF  

Poluição plástica causa sério impacto ambiental

Segundo a ONU, a poluição causada pelo descarte de objetos de plástico é um dos grandes desafios da atualidade. A sacola plástica, ao ser descartada de maneira inadequada, provoca sérios prejuízos ao meio ambiente, contribuindo para o entupimento de drenagem urbana, ocorrência de inundações e poluição de cidades, rios, lagoas, oceanos e o meio ambiente em geral. Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas. Ou seja, ao se transformar em microplásticos, o plástico acaba sendo ingerido por tartarugas, peixes e outras espécies marinhos e animais, muitas das quais são importantes fontes de alimento humano.   

 

Em função do sério impacto ambiental, diversos países no Mundo têm aprovado medidas para reduzir drasticamente o uso de material plástico descartado após um só uso, tais como sacolas plásticas, canudos, cotonetes, pratos, talheres descartáveis, embalagens de comida, copos plásticos e artigos de pesca, como o caso das medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu em 24.10.2018, tendo como meta a redução drástica desses materiais até 2021 e nos anos seguintes. As medidas na Europa de 2018 deu continuidade à guerra contra o plástico travada por aquele continente pelo menos desde 2015, quando o bloco regional aprovou uma diretiva pela redução do uso de sacolas plásticas pelos países-membros.

 

a) Mercados do DF estão proibidos de fornecer sacolas plásticas a partir desta segunda-feira 1 de ago. de 2022 Record News

b) DF| Comércio fica proibido de distribuir sacolas plásticas no DF 30 de jul. de 2022 TV Brasil

c) DF | Punição para comércio que usar sacola plástica vai de advertência a registro cancelado 2 de ago. de 2022    TV Brasil

O Estado do Pará vedou a sacola plástica a partir de 14.02.2021

O Brasil encontra-se muito atrasado no combate à poluição plástica, mas recentemente o Estado do Pará, conforme a Lei nº 8902, de 11.09.2019, proibiu a distribuição de sacolas plásticas descartáveis em supermercados e outros estabelecimentos comerciais no território paraense, a partir de 14.02.2021, sendo permitida somente a venda de sacolas produzidas com materiais de fontes renováveis e biodegradáveis, mediante a cobrança de um preço módico.  

 Distrito Federal segue o exemplo do Pará

No DF, a Lei nº 6.322, de 10.07.2019, alterada pela Lei nº 6864, de 21.06.2021, vedou, a partir de 01.08.2022, a distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas descartáveis, confeccionadas à base de polietileno, propileno, polipropileno ou matérias-primas equivalentes, para o acondicionamento e o transporte de mercadorias nos estabelecimentos comerciais do Distrito Federal, devendo estes estimular o uso de sacolas reutilizáveis, aquelas confeccionadas com material resistente e que suportem o acondicionamento e o transporte de produtos.

A proibição da sacola plástica no comércio do DF torna-se efetiva somente quase 14 anos depois da aprovação da 1ª lei nesse sentido, pois a Lei do DF nº 4.218, de 08.10.2008, já tinha  vedado o uso de embalagens plásticas para entrega aos clientes de gêneros alimentícios pelos estabelecimentos comerciais e industriais do DF, com a fixação do prazo de 3 anos para a adequação à Lei pelos citados estabelecimentos, tendo essa lei sido ratificada pela Lei nº 4.765, de 22.02.2012, que determinou a substituição de embalagens do tipo sacola plástica e sacos plásticos pelos estabelecimentos comerciais e industriais e da administração pública direta e indireta no prazo de 1 ano.

Com isso, finalmente, somente quase 14 após a aprovação da Lei nº 4218 de 2008, passou a ser efetivamente vedada a entrega gratuita de sacolas plásticas para acondicionamento e transporte de produtos nos mercados do DF, o que configura mais um grande avanço no combate à poluição plástica e o maior engajamento da população na preservação do meio ambiente em benefício da sociedade, principalmente para as futuras gerações.   

Shoji