sábado, 19 de novembro de 2022

HACHIKO SÍMBOLO DE FIDELIDADE

 Hachiko continua na memória popular como exemplo inesquecível de lealdade e fidelidade

O animal de estimação ama seu dono incondicionalmente e fica feliz só por estar ao seu lado seja nos momentos felizes, como também nos mais difíceis, ou seja, pela sua natureza intrínseca, o animal de estimação não só gosta de fazer companhia ao seu dono, mas é fiel, e por toda a vida.

Assim, o maior sentido em ter um pet é que ele faz companhia ao seu dono em qualquer circunstância ou local, independentemente da sua condição econômica ou financeira, ou seja, o animal de estimação sempre fica ao lado do seu dono, se este der o mínimo de atenção e carinho.  Por isso, vemos comovidamente cachorros acompanhando docilmente seu dono, mesmo que este seja morador de rua, mal trajado e puxando um carrinho cheio de tralhas. Nesse escopo, o cão Hachiko falecido em 1935 é reconhecido mundialmente pela sua fidelidade incondicional e comovente ao seu mestre.

 

Ref.: Homenagem a Hachiko, o cão héroi Miguel Cristiano nov 2012

Hachiko uma vida de dedicação e fidelidade ao seu mestre

Hachikō, da renomada raça canina Akita, nasceu em 10.11.1923, em uma fazenda perto da cidade de Odate, província de Akita. Em 1924, Hachiko foi trazido a Tóquio por Hidesaburo Ueno, professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, que lhe deu o nome de Hachi, que significa o nº 8, mas era mais conhecido pelo seu diminutivo, Hachiko. Por ser amante de cães, o professor Ueno dedicava ao Hachiko muito amor e carinho, de modo que Hachikō o acompanhava em sua ida ao trabalho desde a porta de casa até a estação de trem de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia.

A visão dos 2, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos ao final da tarde, impressionava bastante aos transeuntes. A rotina continuou até maio de 2025, quando numa tarde o professor não retornou como de costume, por ter falecido repentinamente em decorrência de um derrame cerebral. Assim, a vida feliz de Hachiko  ao lado do seu dono em sua ida e volta da estação de Shibuya foi interrompida inesperadamente apenas depois de 1 ano e 4 meses.

Após a morte de seu dono, Hachiko foi morar com parentes do professor Ueno, em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugia frequentemente e voltava para a sua casa em Shibuya, por isso, decorrido 1 ano, Hachiko foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachiko desde que ele era um filhote. Mas assim mesmo,  Hachiko continuava fugindo. Ao perceber que seu antigo dono já não morava na casa em Shibuya, Hachiko passou a ir todos os dias à estação de Shibuya, para esperar pela volta do seu dono, procurando o entre inúmeros passageiros, fazendo isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, e vendo o seu estado físico cada vez mais precário, muitos transeuntes da estação Shibuya ficaram tocados e passaram a cuidar do Hachiko, dando lhe comida e água para aliviar a sua eterna vigília.

 Reconhecimento popular à fidelidade incondicional de Hachiko

Pelo esforço de um aluno do Professor Ueno, a história de Hachiko acabou sendo publicado em setembro/1932, em um dos principais jornais japoneses, o Asahi Shimbun, e, assim, Hachiko tornou-se uma espécie de celebridade, tendo ganho, ainda em vivo, uma estátua de bronze em frente à estação Shibuya, de autoria do renomado escultor Teru Ando, inaugurada em 21.04.1934.

 

A morte de Hachiko e sua entronização na memória eterna das pessoas

A incansável vigília de Hachiko pelo seu dono durou quase 10 anos, quando em 08.03.1935, Hachiko veio o falecer.  A morte de Hachiko causou muita consternação e foi estampada nos principais jornais japoneses. Os restos mortais de Hachiko foram cremados e suas cinzas enterradas no Cemitério de Aoyama, em Minato, Tóquio, ao lado das do seu mestre, o Professor Ueno. A estátua a ele dedicado, no entanto, viria a ser derretida em abril/1944 para uso no  esforço de guerra durante a II Guerra Mundial. Mas, após o fim do conflito armado, uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original e posta no mesmo lugar em 1948. Esta estátua continua na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro muito famoso e popular, onde Hachiko é o sujeito de justas homenagens.  Também, até hoje Hachiko é ensinado às crianças japonesas como exemplo comovente de fidelidade e dedicação.

Shoji

 

 

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