sábado, 4 de junho de 2016

A TRAGÉDIA VENEZUELANA O fracasso da cartilha populista defendida pela esquerda latino-americana – Uma lição para o Brasil




Venezuela, um país rico em recursos naturais e detentor das maiores reservas de petróleo do Mundo, vive atualmente o maior flagelo da sua história e uma das maiores crises econômica, política e social no contexto histórico latino americano.
A Venezuela é hoje um país em ruínas. Estima-se que mais de 70% de seus cidadãos vivem em situação de pobreza, equivalente ao de países mais miseráveis do Mundo, como a Somália.  A população sofre da falta de bens essenciais, como alimentos, água e medicamentos, afetando dramaticamente a higiene e as condições sanitárias da população.  É difícil encontrar produtos da cesta básica nas gôndolas dos supermercados.  Mesmo com o racionamento e  a imposição de cota para a compra de produtos da cesta básica, a inflação não para de subir. Estima-se que em 2016, a inflação na Venezuela supere a 700%, tornando-se a mais alta do Mundo.
Para se conseguir alimentos e alguns itens essenciais de consumo é necessário enfrentar longas filas nos supermercados por horas, obrigando muitos a entrar na fila de madrugada.  A dificuldade de compra nos supermercados fez surgir a figura da “bachaquera”, que passa noites sem dormir para comprar itens nos supermercados e depois revende com margens significativos de ganho, permitindo-lhe algum fôlego na sua luta pela sobrevivência. 

Como um país rico em recursos naturais chegou a essa situação dramática?

            A Venezuela chegou ao abismo em decorrência das políticas populistas de cunho esquerdista implementadas por Hugo Chavez entre 1999 e 2013 e continuadas pelo seu sucessor Nicolás Maduro a partir de 2013.   Para tanto, Hugo Chavez  adotou a velha cartilha do  populismo, que se caracteriza pelo estabelecimento de um vínculo emocional com o povo, mediante o uso de métodos para o aliciamento das classes sociais de menor poder aquisitivo, além da classe média urbana.  Pela ótica “revolucionária” do bolivarianismo chavista, o Estado é o senhor da vida dos cidadãos, que se sobrepõe à iniciativa privada e à liberdade individual, de modo que as ações e atividades do setor privado passaram a ser desestimuladas e até restringidas, inclusive com a promoção da estatização e até de expropriação de empresas de diversos setores. A política intervencionista chavista teve como resultado o desestímulo à produção, a redução de produtos ofertados no mercado e consequente elevação de preços e da inflação.  Paralelamente, o governo venezuelano praticamente esgotou os recursos públicos disponíveis, na maior parte oriundos da venda de petróleo da estatal PDVSA, para oferecer alimentos e outros bens essenciais a preços subsidiados, inclusive energia e combustíveis, além de abrir linhas de crédito generosas para a compra de casas populares.  Com isso, os gastos públicos passaram de 25% do PIB em 1999 para 52% em 2013 e a 60% em 2016, tornando o governo venezuelano praticamente insolvente. 

Como será o desfecho da tragédia venezuelana e qual a lição para o Brasil?

No momento, a situação é tão dramática, que é difícil de prever quando e como terminará ou ao menos será amenizada a tragédia venezuelana.   A dura lição que deve ser aprendida de tudo isso é  que,  em qualquer circunstância, o povo deve resistir ao aliciamento dos discursos populistas,  mas a longa história da humanidade tem mostrado que isso não tem ocorrido com tanta frequência.   

Soji Soja



               




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