sábado, 9 de julho de 2022

MICROPLÁSTICO NA ANTÁTICA E NO EVEREST

 Microplástico espalha-se até por locais mais remotos do Mundo   

Uso endêmico de embalagens de plástico de uso único

A criação do plástico e o desenvolvimento de sua produção no início do século 20 revolucionaram todas as áreas da vida humana, seja na indústria, comércio e serviços, além de mudar radicalmente os hábitos de consumo, por ser leve, econômico, resistente e adaptável aos mais diversos usos. Mas os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. No século 21, o descarte do material virou um problema ambiental grave, em função do elevado volume desse material e pelo fato de ser de difícil decomposição.

Atualmente, o uso do plástico como embalagem e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios domésticos de plástico.  

Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas.

O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos e consumidores lidaram com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre ambiental mundial.

a) PNUMA Como os microplásticos afetam sua saúde 20 de dez. de 2019 ONU Brasil

b) Microplásticos e a poluição nos oceanos  8 de mar. de 2016 Minuto da Terra

c) Microplásticos estão se acumulando no gelo do Ártico 15 de ago. de 2019 Diario de Pernambuco


A disseminação do microplástico pelas regiões mais remotas do Planeta

Pelo seu tamanho minúsculo os microplásticos podem ser transportados pelo ar e pelas correntes marítimas e disseminados nos mais distantes e nos mais diversos meios ambientais. Assim, desde 2015, microplásticos foram encontrados nos mais longínquos lugares: desde o ponto culminante no Everest até o mais fundo dos oceanos, na Fossa das Marianas, a quase 11 km de profundidade, e também nas regiões mais inóspitas e frias como Ártico e Antártica, como constatado numa  recente pesquisa de doutorado na Nova Zelândia que identificou amostras de microplásticos em flocos de neve que caíram recentemente nos locais mais isolados da Antártica. Ou seja, pela  primeira vez foi detectado microplástico em neve “fresca”, fato que indica que esses resíduos foram deslocados por longa distância pelo ar ou pelas correntes marítimas, o que deixa o mundo em estado de alerta pela  presença de partículas plásticas também nas regiões mais isoladas do planeta.

 

Microplástico afeta o meio ambiente e a saúde humana

Não há ainda conhecimento mais profundo da inalação do microplástico sobre a saúde humana, mas pesquisas recentes sugerem que os microplásticos apresentam diversos riscos para o acometimento de doenças após a inalação, como doenças respiratórias e cardiovasculares, considerando até mesmo baixas concentrações de exposição, e câncer pulmonar para maiores concentrações. Certamente, o microplástico não é benéfico ao meio ambiente e portanto à saúde humana.

Shoji

 

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