Microplástico espalha-se até por locais mais remotos do Mundo
Uso endêmico de embalagens de
plástico de uso único
A criação do plástico e o
desenvolvimento de sua produção no início do século 20 revolucionaram todas as áreas
da vida humana, seja na indústria, comércio e serviços, além de mudar radicalmente
os hábitos de consumo, por ser leve, econômico, resistente e adaptável aos mais
diversos usos. Mas os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. No século
21, o descarte do material virou um problema ambiental grave, em função do
elevado volume desse material e pelo fato de ser de difícil decomposição.
Atualmente, o uso do plástico como embalagem
e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande
parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios
domésticos de plástico.
Os detritos plásticos são
contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se
em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se
em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos,
inclusive em águas engarrafadas.
O
plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou
benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos
e consumidores lidaram com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu
em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre
ambiental mundial.
a) PNUMA Como os microplásticos afetam sua saúde 20 de dez. de 2019 ONU Brasil
b) Microplásticos e a poluição nos oceanos 8 de mar. de 2016 Minuto da Terra
c) Microplásticos estão se acumulando no gelo do Ártico 15 de ago. de 2019 Diario de Pernambuco
Pelo seu tamanho minúsculo os
microplásticos podem ser transportados pelo ar e pelas correntes marítimas e
disseminados nos mais distantes e nos mais diversos meios ambientais. Assim, desde
2015, microplásticos foram encontrados nos mais longínquos lugares: desde o ponto
culminante no Everest até o mais fundo dos oceanos, na Fossa das Marianas, a quase
11 km de profundidade, e também nas regiões mais inóspitas e frias como Ártico
e Antártica, como constatado numa recente
pesquisa de doutorado na Nova Zelândia que identificou amostras de
microplásticos em flocos de neve que caíram recentemente nos locais mais
isolados da Antártica. Ou seja, pela primeira
vez foi detectado microplástico em neve “fresca”, fato que indica que esses
resíduos foram deslocados por longa distância pelo ar ou pelas correntes marítimas,
o que deixa o mundo em estado de alerta pela presença de partículas plásticas também nas
regiões mais isoladas do planeta.
Microplástico afeta
o meio ambiente e a saúde humana
Não há ainda
conhecimento mais profundo da inalação do microplástico sobre a saúde humana,
mas pesquisas recentes sugerem que os microplásticos apresentam
diversos riscos para o acometimento de doenças após a inalação, como doenças
respiratórias e cardiovasculares, considerando até mesmo baixas concentrações
de exposição, e câncer pulmonar para maiores concentrações. Certamente, o
microplástico não é benéfico ao meio ambiente e portanto à saúde humana.
Shoji
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