sábado, 25 de junho de 2022

A IMPORTÂNCIA DE UM PAÍS PARA OS CURDOS

 A consolidação do país próprio para o povo curdo pode contribuir para a redução dos conflitos étnico, religioso e político no Oriente Médio

Os curdos são um grupo étnico, nativo da região referida como Curdistão, que inclui partes adjacentes da Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia, Azerbaijão e Geórgia, com área de cerca de 500 mil km2. Com população estimada em 28 milhões, os curdos constituem o maior contingente populacional no Mundo sem Estado, ou seja, sem território próprio que possa ser considerada como sua pátria. Só esse fato já justificaria a criação do estado do Curdistão, para abrigar esse grande contingente populacional com identidade e culturas próprias, ainda sem pátria.

 

a) Os curdos 19 de set. de 2017 AFP Português

b) A capital do Curdistão iraquiano | À PROCURA DE DEUS | HISTORY

3 de jun. de 2022 Canal History Brasil

Um povo em constante luta pela sua pátria

Na 1ª Guerra Mundial, os curdos lutaram pelo fim do domínio otomano sobre sua região e foram encorajados pelo presidente americano Woodrow Wilson a submeterem sua reivindicação por independência na Conferência de Paz de Paris de 1919. Assim, o Tratado de Sèvres determinou a criação de um estado autônomo curdo em 1920, mas o subsequente Tratado de Lausanne de 1923, influenciado pela ascensão de Ataturk e a instauração da república na Turquia, ignorou as pretensões dos curdos, o que deu origem às revoltas curdas entre 1925 e 1930, as quais foram violentamente reprimidas.  Assim, foi perdida a oportunidade de ouro para a criação do Curdistão após o colapso do império otomano ao fim da 1ª Guerra Mundial. 

Desde então todas as tentativas de conseguir uma nação própria têm sido frustradas por meio de ações dos governantes hostis aos anseios curdos.  Seus guerrilheiros chamam a si mesmo "peshmerga" (os que enfrentam a  morte) e continuam lutando pela sobrevivência em uma região historicamente assolada por violência e sublevações.  

 Oportunidade para a consolidação do Estado Curdo de fato ao norte do Iraque

A total expulsão do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) do norte do Iraque, com a simbólica libertação final de Mossul, considerada a capital do EI no Iraque, em julho de 2017, fortaleceu os anseios para a criação do estado independente dos curdos ao norte de Iraque, o que motivou a realização de referendo para aferir esse desejo em 25.09.2017,  que resultou no expressivo apoio de 92% da população para a criação do país próprio dos curdos. 

Porém, desde então, em função de forte oposição do governo iraquiano, sediado em Bagdá, e dos países vizinhos como a Turquia, Irã, Síria, e da falta de apoio formal e explícito das potências ocidentais, principalmente por parte dos EUA, nada caminhou no alcance do objetivo da independência formal do país curdo.

Entretanto, apesar de fazer parte de uma região altamente conturbada, o Curdistão iraquiano, ao norte do Iraque, com área aproximada de 40.000 km2, e 7 milhões de habitantes, apresenta na prática todas as características de um país independente, com a sua liderança política e econômica constituídas em torno de Erbil, a capital de fato do “estado” curdo. 

Para tanto, vários aspectos podem ser enfatizados:

1)      A disciplina social dos curdos é consistente e equilibrada;

2)     Há um senso de otimismo, penetrante e contagiante; o espírito empreendedor continua vivo e está em ascensão.

3)     Embora tenha havido um êxodo de empresários após as perdas territoriais iniciais para o grupo extremista Estado Islâmico (EI), a partir de 2013, os investidores estrangeiros estão retornando, o que pode se acelerar após a expulsão total do EI de Mossul. Há vários projetos concluídos ou em execução para melhorar a infraestrutura local, como por exemplo o aeroporto internacional de Erbil e a rodovia ao seu redor, de modo que a região vive um grande momento de expansão econômica.

4)     O ponto de inflexão econômica para a região foi a lei de atração de investimentos de 2006, abrangendo medidas como a isenção de impostos por um período de 5 a 10 anos, repatriação de lucros, possibilidade de contratação de trabalhadores estrangeiros, concessão gratuita de terrenos para projetos estratégicos.

5)     O Curdistão é uma sociedade multiétnica e multireligiosa. A maioria dos curdos são muçulmanos sunitas, mas rejeita o fanatismo e o fundamentalismo religiosos. Isso tem facilitado a aceitação e o assentamento rápido de dezenas de milhares de refugiados provenientes do Iraque e também da Síria, que estiveram sob controle do EI, incluindo turcomenos, yazidis e cristãos assírios e árabes.   

6)     A sociedade curda, ao contrário de muitos países muçulmanos, não reprime as mulheres, as quais tem ampla liberdade de expressar seus pensamentos e opiniões. Também, as mulheres participam voluntariamente do serviço militar, como peshmerga, e são admiradas e respeitadas.

7)     Os curdos no Iraque já dispõem de considerável autonomia, tendo suas bandeiras hasteadas nas repartições públicas, enquanto as escolas públicas são bilíngües e ensinam o idioma curdo.

8)                 Por todas essas razões, o Curdistão lembra Israel. Como Israel, o Curdistão não é dominado nem pelos árabes nem pelo Islã. Como Israel, o Curdistão é mais democrático do que qualquer um de seus vizinhos. Como Israel, o Curdistão está cercado de inimigos que não querem que ele exista. Como Israel, o Curdistão dirige seus olhos para o Ocidente.

9)                 Enfim, a consolidação do Curdistão como país de fato, mesmo sem a independência formal, poderia seguir o exemplo de Israel, que desde a sua criação em 1948 tem lutado e trabalhado tenazmente para o seu crescimento e desenvolvimento como país independente e com destino próprio no ainda conturbado Oriente Médio.  

O Curdistão iraquiano como fator de estabilidade do Oriente Médio

Em suma, o fortalecimento de um país curdo de fato ao norte do Iraque, ou seja o Curdistão iraquiano, mesmo sem a independência formal, poderia constituir um fator de estabilidade numa região tão carente desse requisito mínimo, indispensável para permitir a consolidação de um processo sustentável de desenvolvimento político, econômico e social de uma parcela significativa do Oriente Médio.  Ademais, em função do caráter tolerante e isento de radicalismo do povo curdo, o Curdistão iraquiano pode abrigar outras minorias perseguidas no Oriente Médio, como de fato já tem ocorrido, principalmente os yazidis, vítimas recentes de ações de genocídio pelo Estado Islâmico.

O projeto de um país próprio ao povo curdo teria ainda a grande vantagem de se basear em uma realidade social e política próprias e não ditada apenas pelos interesses das potências globais, que têm sido preponderantes até hoje, subsequente à divisão do espólio do império otomano ao fim da 1ª Guerra Mundial em 1918.    E como esse projeto ainda defronta com grandes resistências e dificuldades, poderá ser iniciado pelo chamado Curdistão iraquiano, que de fato está sendo acelerado a partir da libertação de Mossul do Estado Islâmico, no norte do Iraque, ocorrida em julho de 2017. 

Shoji

sábado, 18 de junho de 2022

CHILE ATUANTE NO COMBATE À POLUIÇÃO PLÁSTICA

 Chile proíbe sacola plástica no comércio desde 2018 e plásticos descartáveis de uso único em restaurantes a partir de 2021

Poluição plástica causa sério impacto ambiental

Segundo a ONU, a poluição causada pelo descarte de objetos de plástico é um dos grandes desafios da atualidade. A sacola plástica, ao ser descartada de maneira inadequada, provoca sérios prejuízos ao meio ambiente, contribuindo para o entupimento de drenagem urbana, ocorrência de inundações e poluição de cidades, rios, lagoas, oceanos e o meio ambiente em geral. Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas. Ou seja, ao se transformar em microplásticos, o plástico acaba sendo ingerido por tartarugas, peixes e outras espécies marinhos e animais, muitas das quais são importantes fontes de alimento humano.   

 

Em função do sério impacto ambiental, diversos países no Mundo têm aprovado medidas para reduzir drasticamente o uso de material plástico descartado após uso único, tais como sacolas plásticas, canudos, cotonetes, pratos, talheres descartáveis, embalagens de comida, copos plásticos e artigos de pesca, como o caso das medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu em 24.10.2018, tendo como meta a redução drástica desses materiais até 2021 e nos anos seguintes.

 

a) Chile proíbe uso de sacolas plásticas 4 de jul. de 2018 AFP Português 

b) O fim do reino do plástico 1 de ago. de 2018 AFP Português

c) Chile proíbe sacolas de plástico 3 de ago. de 2018 AFP Português 

Atuação exemplar do Chile na América Latina

Em agosto de 2018, o Chile tornou-se o primeiro país da América do Sul a proibir sacolas plásticas no comércio. Na época, foi determinado o prazo de 6 meses de adaptação para os supermercados, farmácias e outros grandes estabelecimentos, enquanto para as mercearias e comércios de bairro foi dado o prazo de 2 anos. Foi fixada ainda multa de 370 dólares por sacola plástica entregue em desacordo com a lei em todo o Chile, onde segundo fontes governamentais são produzidas 3,2 bilhões de sacolas plásticas por ano.

 

Proibição a descartáveis plásticos de uso único no Chile

Após a vedação às sacolas plásticas em 2018, o Chile mostrou seu protagonismo na gestão de resíduos e no combate à poluição ambiental ao aprovar em maio/2021 nova lei que veda a utilização de plásticos descartáveis e de uso único no setor de alimentos. Com a nova lei, restaurantes, bares, cafés e lanchonetes não podem mais usar canudos, copos, talheres, embalagens, tampas e misturadores de bebidas feitos de plástico, devendo buscar substitutos alternativos, produzidos com alumínio, papelão ou outro tipo de material biodegradável. Ou seja, no caso de consumo dentro do estabelecimento fica proibida a entrega de produtos de uso único, qualquer que seja a composição do material, só podendo ser ofertados produtos reutilizáveis.

A vedação se aplica também à entrega de alimentos (delivery), podendo ser usados plásticos compostáveis ​​certificados ou feitos de outros materiais que não sejam plásticos, como alumínio, papel e papelão.

A legislação também regulamentou o uso das garrafas plásticas, estabelecendo que os supermercados, armazéns e minimercados, na sua venda presencial e eletrônica, devem oferecer e receber garrafas retornáveis, sendo as descartáveis permitidas se contiverem material reciclado coletado no país e em percentuais progressivamente maiores, de modo  a estimular a coleta e a reciclagem desses materiais.

 

Situação vexatória no Brasil e no Distrito Federal

Enquanto isso no Brasil, o PLS 263/2018, em tramitação no Senado Federal, que visa proibir a produção, comercialização e distribuição de canudossacolas plásticas e demais produtos para acondicionamento, consumo e comercialização de comidas, bebidas e mercadorias, bem como produtos de higiene pessoal que usam microplásticos como componentes, está paralisado no Senado por oposição da indústria do setor de plástico, como a da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

Especificamente no DF, a vedação à distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados já foi tentada pelo menos por 3 leis, com resultado nulo. Inicialmente, a Lei do DF nº 4.218, de 08.10.2008, ou seja há quase 14 anos, vedou o uso de embalagens plásticas para entrega aos clientes de gêneros alimentícios pelos estabelecimentos comerciais e industriais do DF. Esse dispositivo legal foi ratificado pela Lei nº 4.765, de 22.02.2012, e finalmente, a Lei do DF nº 6.322, de 10.07.2019, vedou novamente a distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas no prazo de até 12 meses.   Mas, passados quase 14 anos do advento da Lei nº 4.218/2008,  nenhuma ação  efetiva foi tomada até agora no comércio  varejista do DF, haja vista que a maioria dos clientes continuam esbanjando no uso dessas sacolas plásticas que causam sério impacto ambiental, que, comumente, são jogadas nas vias e espaços públicos, e principalmente são acumuladas nos lixões ou acabam chegando aos diversos locus geográficos, inclusive cursos de águas e oceanos.

Shoji

sábado, 11 de junho de 2022

GUARANI – LÍNGUA INDÍGENA OFICIAL NO PARAGUAI

 No Mundo, centenas e até milhares de sistemas linguísticos já desapareceram ou estão desaparecendo num ritmo acelerado. Quando uma língua morre, com ela morre também uma visão de mundo absolutamente única. Com a língua que desparece perdemos uma enorme herança cultural; o entendimento de como um grupo humano específico se relaciona com o mundo e a natureza ao seu redor; conhecimentos médicos, botânicos e zoológicos; e, ainda mais importante, perdemos a expressão do humor, do amor e da vida como a viam e entendiam essas pessoas. Línguas diferentes mostram maneiras diferentes da mente humana codificar as informações, entender e sistematizar o mundo, a experiência, e são formas nunca pensadas por aqueles que falam, por exemplo,  uma língua de origem européia. Em resumo, perdemos o testemunho de vida de um grupo humano de séculos, de milênios, configurando uma perda de patrimônio cultural irreparável para a humanidade.

a) IDIOMA GUARANI Spot Tv Pública Paraguay 30 de abr. de 2012 PARAGUAY TV

b) Saudações no idioma Guarani 3 de mar. de 2017 Español natural

c) Aprenda a falar guarani. 2 de fev. de 2017 Beatriz da Silva

A maior concentração de línguas faladas encontra-se em áreas do planeta onde é maior a biodiversidade, em termos de ecossistema ambiental e variedade de todas as formas de vida animal e vegetal. Nas florestas pluviais tropicais, que hoje ocupam apenas 7% da superfície terrestre, estão 36% dos grupos etnolinguísticos do mundo.

Lamentavelmente, sob a influência da globalização e do rápido processo de modernização e de desenvolvimento econômico, estima-se que até o final do século 21 estarão extintas entre 50 e 90% das línguas atualmente em uso.

 

Guarani, língua oficial no Paraguai e falada por 90% da sua população

O guarani originalmente é uma língua indígena do sul da América do Sul, falada pelas povos descendentes ou que sofreram a influência da etnia tupi-guarani, principalmente no Paraguai, mas  também na Argentina, BolíviaBrasil, e não está entre os em risco de extinção pelo menos a curto e médio prazos.

No Paraguai, a língua guarani foi preservada principalmente porque os padres jesuítas a partir do século XVII a usaram como instrumento de conversão religiosa numa empreitada catequizadora desvinculada das potências ibéricas católicas que, efemeramente, constituiu um estado indígena cristão, as chamadas missões (ou reduções) jesuítas.

Entretanto, a língua guarani, que, antes de sistematizada pelos jesuítas, não era escrita, assimilou uma grande variedade de vocábulos da língua castelhana,  gerando nesse país o chamado "jopara" (mesclado) que quer dizer "mistura", de modo que no Paraguai em geral é adotado o  guarani “jopara”, que é falado por 90% da população paraguaia, o qual é ensinado na rede escolar pública. 

Essa forma de colonização influiu na constituição da sociedade paraguaia, que teve como efeito a superioridade numérica dos falantes do guarani e da relação de parentesco que existia entre espanhóis e indígenas, de modo que a língua nativa gozou desde o começo de uma ampla aceitação social, em contraste ao que ocorria ou ocorre no resto da América, onde os idiomas indígenas em geral não eram bem vistos pela elite da sua população. Assim, no Paraguai, diferentemente, o guarani pode ser considerado como o único idioma indígena nas Américas falado pela maioria da população do país.

No Paraguai, ao lado do espanhol passou a ser considerado língua oficial a partir de 1992. Também foi oficializada na província de Corrientes na Argentina em 2004, na cidade brasileira de Tacuru no Estado do Mato Grosso do Sul em 2010 e na Bolívia, é considerada co-oficial desde 2009 ao lado do aimará, quechua e do espanhol. No Mercosul, em 1995 foi declarada como “língua histórica” e desde 2015 como língua de trabalho no Parlasul.

Shoji

 

 


sábado, 4 de junho de 2022

AUMENTO DO USO DE DESCARTÁVEIS NA PANDEMIA DO COVID-19

 O uso de materiais descartáveis deve ser reduzido no serviço de delivery 

Uso endêmico de embalagens de plástico de uso único

A criação do plástico e o desenvolvimento de sua produção no início do século 20 revolucionaram todas as áreas da vida humana, seja na indústria, comércio e serviços, além de mudar radicalmente os hábitos de consumo, por ser leve, econômico, resistente e adaptável aos mais diversos usos. Mas os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. Nas últimas décadas, o descarte do material plástico virou um problema ambiental grave, em função do seu elevado volume e pelo fato de ser de difícil decomposição.

  1. Eu não uso copo descartável 22 de fev. de 2019 Ministério Público do Estado do Acre
  2. Reduza o uso de plástico descartável | semana do meio ambiente 2018 6 de jun. de 2018 grupo cataratas
  3. ADEUS DESCARTÁVEIS! 16 de fev. de 2018 Meu Copo Eco
  4. Como a empresa Flex substituiu os descartáveis usando Meu Copo Eco 25 de set. de 2018 Meu Copo Eco
Uso endêmico de embalagens de plástico de uso único

A criação do plástico e o desenvolvimento de sua produção no início do século 20 revolucionaram todas as áreas da vida humana, seja na indústria, comércio e serviços, além de mudar radicalmente os hábitos de consumo, por ser leve, econômico, resistente e adaptável aos mais diversos usos. Mas os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. Nas últimas décadas, o descarte do material plástico virou um problema ambiental grave, em função do seu elevado volume e pelo fato de ser de difícil decomposição.

Atualmente, o uso do plástico como embalagem e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios domésticos de plástico. 

Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas.

O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos e consumidores lidaram com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre ambiental mundial.

 

Ações contra o impacto ambiental do plástico

Em função do elevado grau de impacto ambiental, diversos países no Mundo têm aprovado medidas para reduzir drasticamente o uso de material plástico descartado após um só uso, tais como cotonetes, pratos, talheres descartáveis, embalagens de comida, copos plásticos, canudos  e artigos de pesca, como o caso das medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu em 24.10.2018, tendo como meta a redução drástica desses materiais até 2021 e nos anos seguintes. As medidas de 2018 para a redução drástica no uso desses produtos deu continuidade à guerra contra o plástico travada pela Europa pelo menos desde 2015, quando o bloco regional aprovou uma diretiva pela redução do uso de sacolas plásticas pelos países-membros.

 

Aumento de uso de descartáveis de uso único na pandemia

Para agravar ainda mais o quadro de crescimento da poluição plástica, a pandemia da covid-19, em função do uso mais intensivo da entrega de alimentos e diversos objetos a domicílio, aumentou mais o uso e o descarte de plásticos, principalmente daqueles de uso único.  

 

Atuação da IFood para a redução da poluição plástica e ambiental

Para reduzir o uso excessivo de descartáveis na era da pandemia, a IFood empresa líder em delivery traçou a meta de zerar a poluição plástica em suas operações até 2025. Para isso, criou a campanha “Amigos da Natureza” em parceria com os restaurantes cadastrados na empresa. Nessa campanha, o restaurante precisa oferecer aos usuários a opção de não receber talheres plásticos e outros itens descartáveis no seu cardápio digital. Assim, em nov/2021 a empresa já tinha mais de 40 mil restaurantes aderentes a essa campanha que viabilizou cerca de 20 milhões de entregas sem talheres, guardanapos e canudos plásticos.

 

No sentido de mitigar a poluição ambiental, a IFood tem por objetivo que 50% das entregas sejam feitas por meio de modais não-poluentes até 2025. Para aumentar o percentual de entregas limpas, com menor carga de poluição e barulho, a iFood firmou uma parceria com uma montadora para teste com motos elétricas, com previsão de alcançar mais de 10 mil para uso em entregas até o final de 2022. Além das motos elétricas, planeja-se o maior uso de bikes elétricas, por representar menor impacto ambiental e menor custo para os entregadores. Para isso, a empresa fechou parceria com a Tembici, em projeto exclusivo para entregadores, oferecendo capacitação, kit personalizado e planos acessíveis para o aluguel de bikes elétricas.

 

Para aumentar a reciclagem de materiais descartáveis, a IFood   investirá nas cooperativas de reciclagem, para melhoria de suas estruturas e equipamentos, incluindo a construção de uma nova central de triagem semi-mecanizada, em São Paulo, de modo a aumentar as taxas de reciclagem na cidade e a renda dos cooperados.

 

Necessidade de cooperação dos usuários de delivery

O sucesso da redução do uso de descartáveis no serviço de delivery depende também da cooperação dos consumidores e usuários, no sentido de que estes optem em não receber os itens descartáveis como talheres, copos, etc., bem como portar sempre que possível os kits com esses utensílios, principalmente nos locais de trabalho e nos locais que frequentam habitualmente.

 

Atualmente, o uso do plástico como embalagem e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios domésticos de plástico. 

Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas.

O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos e consumidores lidaram com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre ambiental mundial.

 

Ações contra o impacto ambiental do plástico

Em função do elevado grau de impacto ambiental, diversos países no Mundo têm aprovado medidas para reduzir drasticamente o uso de material plástico descartado após um só uso, tais como cotonetes, pratos, talheres descartáveis, embalagens de comida, copos plásticos, canudos  e artigos de pesca, como o caso das medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu em 24.10.2018, tendo como meta a redução drástica desses materiais até 2021 e nos anos seguintes. As medidas de 2018 para a redução drástica no uso desses produtos deu continuidade à guerra contra o plástico travada pela Europa pelo menos desde 2015, quando o bloco regional aprovou uma diretiva pela redução do uso de sacolas plásticas pelos países-membros.

 

Aumento de uso de descartáveis de uso único na pandemia

Para agravar ainda mais o quadro de crescimento da poluição plástica, a pandemia da covid-19, em função do uso mais intensivo da entrega de alimentos e diversos objetos a domicílio, aumentou mais o uso e o descarte de plásticos, principalmente daqueles de uso único.  

 

Atuação da IFood para a redução da poluição plástica e ambiental

Para reduzir o uso excessivo de descartáveis na era da pandemia, a IFood empresa líder em delivery traçou a meta de zerar a poluição plástica em suas operações até 2025. Para isso, criou a campanha “Amigos da Natureza” em parceria com os restaurantes cadastrados na empresa. Nessa campanha, o restaurante precisa oferecer aos usuários a opção de não receber talheres plásticos e outros itens descartáveis no seu cardápio digital. Assim, em nov/2021 a empresa já tinha mais de 40 mil restaurantes aderentes a essa campanha que viabilizou cerca de 20 milhões de entregas sem talheres, guardanapos e canudos plásticos.

 No sentido de mitigar a poluição ambiental, a IFood tem por objetivo que 50% das entregas sejam feitas por meio de modais não-poluentes até 2025. Para aumentar o percentual de entregas limpas, com menor carga de poluição e barulho, a iFood firmou uma parceria com uma montadora para teste com motos elétricas, com previsão de alcançar mais de 10 mil para uso em entregas até o final de 2022. Além das motos elétricas, planeja-se o maior uso de bikes elétricas, por representar menor impacto ambiental e menor custo para os entregadores. Para isso, a empresa fechou parceria com a Tembici, em projeto exclusivo para entregadores, oferecendo capacitação, kit personalizado e planos acessíveis para o aluguel de bikes elétricas.

 Para aumentar a reciclagem de materiais descartáveis, a IFood   investirá nas cooperativas de reciclagem, para melhoria de suas estruturas e equipamentos, incluindo a construção de uma nova central de triagem semi-mecanizada, em São Paulo, de modo a aumentar as taxas de reciclagem na cidade e a renda dos cooperados.

 Necessidade de cooperação dos usuários de delivery

O sucesso da redução do uso de descartáveis no serviço de delivery depende também da cooperação dos consumidores e usuários, no sentido de que estes optem em não receber os itens descartáveis como talheres, copos, etc., bem como portar sempre que possível os kits com esses utensílios, principalmente nos locais de trabalho e nos locais que frequentam habitualmente.