Projeto Drawdown apresenta caminho viável para a reversão do efeito estufa
Na Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável, 195 nações, inclusive o Brasil, apresentaram as suas
contribuições para a 21ª Conferência do Clima da ONU (COP21), realizada em
Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro/2015, com o principal objetivo de conter
o aquecimento do planeta em até 2º C até o fim deste século, em relação aos níveis
pré-industriais, e assim evitar as mudanças climáticas catastróficas para a
Terra. É muito evidente que esse compromisso é muito difícil de ser alcançado e
isso só será possível se ocorrer o efetivo engajamento dos países, envolvendo
os seus entes públicos, privados e não-governamentais e principalmente os maiores interessados, os seus cidadãos.
Na realidade, o Mundo está vivendo um tempo de
transformação dramática e se encontra numa encruzilhada em que devemos escolher
a postura a ser colocada em prática, na
medida que a humanidade já ultrapassou a capacidade de carga e exploração do
Planeta de modo que reverter a sua pegada ecológica passa a ser uma necessidade.
Ref.: a) 100 solutions to reverse global warming | Chad Frischmann 19 de dez. de 2018 TED
b) Drawdown: Is it possible to reverse global warming? 10 de nov. de 2017 Simar Kochar
O Projeto Drawdown mostra as soluções para o Planeta
Várias
iniciativas nesse sentido estão sendo adotadas, mas entre elas pode ser destacado
o Projeto Drawdown, que é um movimento liderado por Paul
Hawken, que transformou o seu livro de mesmo nome, em um projeto que envolve
diversas entidades e apresenta soluções para a redução de emissões de carbono
em várias frentes, como energia e agricultura com o objetivo de evitar as possíveis
mudanças climáticas catastróficas.
O
objetivo do Projeto Drawdown é apontar caminhos viáveis para se chegar em
um futuro o mais próximo possível o momento do ‘drawdown’ (meta para rebaixamento)
quando as emissões de gases do efeito estufa parem de subir e comecem a cair, com
base em trabalhos científicos e pesquisas realizadas em todo o mundo, em
vários setores, de finanças à climatologia.
Atingir
este ponto de virada, do “drawdown”, é fundamental para a viabilidade da vida
no planeta, de modo mais rápido possível, com segurança e de forma homogênea.
O livro, dividido em 8 capítulos (energia, alimentos,
mulheres e meninas, edifícios e cidades, uso da terra, transporte, materiais e
futuras atrações) cria um ranking com base no potencial de redução atmosférica
total de carbono. Para cada solução apresentada, há uma descrição histórica,
como funciona o projeto e são apontados o impacto de redução de carbono, custo
e economia obteníveis, qual o caminho para a adoção, destacando os benefícios a
serem almejados, inclusive os econômicos e na geração de empregos.
Entre as principais iniciativas destacam-se: 1) gerenciamento
de agentes de refrigeração; 2) geração maciça de energia limpa, por painéis
solares inclusive nos telhados de construções e turbinas eólicas; 3) reciclagem de materiais; 4) redução de
desperdício de alimentos; 5) opção por alimentação rica em vegetais; 6) proteção
das florestas tropicais e recuperação da cobertura florestal; 7) investimento
na educação de meninas; 8) planejamento familiar; e 9) silvopastagem, pelo
manejo integrado da pastagem e criação de gado e o plantio de árvores, no mesmo
local, para otimizar a produtividade por área utilizada.
Shoji
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