A proibição da
venda de carro a combustão a partir de 2035 na Califórnia induzirá outros
estados americanos
Em 23.09.2020, o Decreto do Governo do Estado da Califórnia, nos EUA, proibiu a venda de carros novos a combustíveis fósseis, a excessão de gás, a partir de 2035, sob o argumento de que os “os carros não podem mais produzir asma nas crianças, piorar os incêndios florestais, derreter os glaciares, nem aumentar o nível do mar”. A decisão do governo da Califórnia acabará afetando os demais estados norte-americanos, pois a indústria automobilística não poderá fabricar carros especialmente para a Califórnia.
Ref.) Jornal Nacional | Série Carros Elétricos | EUA, Japão e Europa estimulam compra de carros elétricos
29 de jul. de 2018
MR Solar Engenharia
Banimento de carros novos a combustão fortemente a partir de 2030
A decisão do governo californiano segue e reforça ainda mais aquelas já tomadas em outras regiões do mundo como na Europa e Ásia. Por exemplo, a Câmara Superior do Governo Federal da Alemanha (Bundesrat) resolveu proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis (não-renováveis) a partir de 2030 e a circulação de carros antigos com esse tipo de combustível a partir de 2050 na Alemanha, ou seja, a partir de 2030 os carros novos devem ser movidos a eletricidade, hidrogênio ou outras fontes de energia limpa. E a decisão alemã vem sendo seguida por vários outros países.
O governo francês, por exemplo, anunciou em 06.07.2017 a decisão de proibir a venda de veículos a gasolina e a diesel a partir de 2040. A Noruega, atualmente o país com maior penetração de veículos elétricos na região, irá banir a venda de automóveis convencionais até 2025. O governo britânico, apesar da sua decisão de se retirar da União Européia, anunciou em 26.07.2017, o fim da venda de veículos movidos a gasolina ou a diesel até 2040, e a partir de 2050 a circulação desses mesmos carros convencionais. Até a Índia, um país em desenvolvimento como o Brasil, anunciou o seu propósito de acabar com a venda de carros novos a combustão até 2030.
Essas ousadas decisões estão em sintonia com o propósito de contribuir para a redução de emissão de poluentes determinada pelo Pacto Mundial sobre o Clima na Conferência de Paris em dezembro/2015, que tem como meta principal conter o aquecimento global em até 2 graus centígrados até o final deste século.
Fim da era do petróleo antes do esgotamento das suas reservas
Além de afetar um setor de grande impacto na economia e na indústria globais como é o segmento automobilístico, as metas associadas à venda e circulação de automóveis com combustível renovável revestem-se pela sua grande visibilidade aos cidadãos e pelo seu grande apelo aos consumidores. Ou seja, se as pessoas começam a usar cada vez mais automóveis não-poluentes, isso certamente será um efeito indutor cada vez maior para que as pessoas passem a comprar e a usar mais produtos com características semelhantes, ou seja, de produtos e serviços ambientalmente não-agressivos.
A politica adotada pelo governo da Califórnia e por vários países europeus reforça a convicção de que a era do petróleo chegará ao fim antes do esgotamento das reservas de hidrocarbonetos, como já tinha ocorrido com o fim da era do carvão. Ou seja, o fim da preponderância do petróleo será apressado não apenas pelo banimento dos motores a combustível fóssil mas também pela gradual mudança na matriz energética global, pela inexorável substituição das fontes de energia fósseis (não-renováveis) por fontes renováveis, especialmente a eólica e a solar.
Com isso consolida-se o movimento, em escala global, tendente a arrefecer o volume de emissão de gases na atmosfera nos próximos anos e décadas, e com isso atenuar a ameaça da ocorrência de grandes catástrofes ambientais em escala mundial.
Shoji
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