sábado, 16 de julho de 2016

PICOLÉ DA VERDADE A honestidade deve ser inerente a cada um de nós




Um grupo de 3 estudantes de economia da UnB decidiu testar  o grau de honestidade dos colegas da Universidade de Brasília por meio de um experimento bastante singelo: colocaram um freezer com picolés que custam R$ 2 e uma urna de vidro ao lado para o depósito do dinheiro, sem ninguém fazendo a cobrança, tendo o experimento iniciado em 06.jun e terminado em 28.jun.16.
Em um único dia, a “taxa de esquecimento”, ou o não pagamento pelo picolé, chegou a surpreendente 34,2%, um índice bastante acima do esperado. 
Apesar do universo acadêmico ser limitado, ele reflete o paradoxo na sociedade brasileira.  Pois, de um lado, parcela majoritária da população brasileira considera a corrupção uma questão preocupante no cenário nacional, como mostra uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no 1º semestre/2016, segundo a qual 65% da população considera a corrupção como o principal problema do País. Por outro lado, o experimento da UnB mostra uma clara dissonância entre a teoria (ou discurso), do que cada um diz ou deseja, e a prática, do que é efetivamente praticado pela pessoa.
Muito provavelmente esse tipo de comportamento ético deve estar por trás, por exemplo, da percepção que nós temos sobre os nossos políticos e dirigentes públicos. Ou seja, o comportamento dos políticos e dos dirigentes públicos, na realidade, não difere muito do padrão médio de comportamento do público em geral. 
Isso encerra, além disso, uma grande lição a cada um de nós.   Ao invés de ficarmos somente criticando os nossos políticos, dirigentes públicos ou outras pessoas do nosso convívio, devemos ser, cada um de nós, mais honestos conosco mesmos e principalmente com as demais pessoas, que não conhecemos pessoalmente, mas fazem parte da grande sociedade humana. 
Enfim, a prática da honestidade por cada um de nós traria um benefício inimaginável a todos.



 Soji Soja

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