Um grupo de 3
estudantes de economia da UnB decidiu testar
o grau de honestidade dos colegas da Universidade de Brasília por meio
de um experimento bastante singelo: colocaram um freezer com picolés que custam
R$ 2 e uma urna de vidro ao lado para o depósito do dinheiro, sem ninguém
fazendo a cobrança, tendo o experimento iniciado em 06.jun e terminado em
28.jun.16.
Em um único
dia, a “taxa de esquecimento”, ou o não pagamento pelo picolé, chegou a
surpreendente 34,2%, um índice bastante acima do esperado.
Apesar do
universo acadêmico ser limitado, ele reflete o paradoxo na sociedade
brasileira. Pois, de um lado, parcela
majoritária da população brasileira considera a corrupção uma questão
preocupante no cenário nacional, como mostra uma pesquisa divulgada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) no 1º semestre/2016, segundo a qual
65% da população considera a corrupção como o principal problema do País. Por
outro lado, o experimento da UnB mostra uma clara dissonância entre a teoria (ou
discurso), do que cada um diz ou deseja, e a prática, do que é efetivamente praticado
pela pessoa.
Muito
provavelmente esse tipo de comportamento ético deve estar por trás, por
exemplo, da percepção que nós temos sobre os nossos políticos e dirigentes
públicos. Ou seja, o comportamento dos políticos e dos dirigentes públicos, na
realidade, não difere muito do padrão médio de comportamento do público em
geral.
Isso encerra,
além disso, uma grande lição a cada um de nós.
Ao invés de ficarmos somente criticando os nossos políticos, dirigentes
públicos ou outras pessoas do nosso convívio, devemos ser, cada um de nós, mais
honestos conosco mesmos e principalmente com as demais pessoas, que não
conhecemos pessoalmente, mas fazem parte da grande sociedade humana.
Enfim, a
prática da honestidade por cada um de nós traria um benefício inimaginável a
todos.
Soji Soja
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