Descendente de família paquistanesa, Maajid Nawaz nasceu em Essex na
Inglaterra, e na sua adolescência foi recrutado para o grupo revolucionário
islâmico Hizb al-Tahrir (HT), no qual desempenhou papel de liderança e na
disseminação de doutrinas agressivas contra os valores ocidentais. Viajou por
várias partes do Reino Unido, da Dinamarca e Paquistão, onde criou novas
células terroristas e deixou uma legião de militantes fanáticos.
Por sua associação ao grupo HT, foi preso ao chegar no Egito em dezembro
de 2001, ficaNdo encarcerado até 2006. Enquanto cumpria pena, teve oportunidade
de ler diversos livros sobre direitos humanos e ter contato com a Anistia
Internacional, que o adotou como prisioneiro de consciência. Esse contato
propiciou a ele uma transformação intelectual e espiritual e, ao ser libertado,
renunciou publicamente à ideologia islamista. Mesmo sob a hostilidade agressiva
dos ex-companheiros, Maajid manteve a sua convicção de reavaliar a sua vida e
desfazer tudo o que tinha feito anteriormente.
Juntamente com outro ex-militante islamita do HT, Ed Husain, Maajid
tornou-se um dos fundadores e presidente da Fundação Quilliam, a primeira
instituição do mundo criada por ex-militantes radicais para combater o
extremismo. Seu objetivo é promover a liberdade religiosa, a igualdade, os
direitos humanos e a democracia, lidando, para isso, com os desafios da
cidadania, identidade e integração ao mundo cada vez mais globalizado.
Desde então, tornou-se crítico do islamismo, como escritor do livro
“Radical” (2012), comentarista, debatedor em diversas formas de mídia, e
palestrante, tendo já discursado na Conferência TED e também no Senado americano.
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