sábado, 30 de maio de 2015

CURDOS – O MAIOR POVO SEM PÁTRIA NO MUNDO




Os curdos são um grupo étnico, nativo da região referida como Curdistão, que inclui partes adjacentes da Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia, Azerbaijão e Geórgia. Com população estimada entre 27 e 36 milhões, os curtos constituem o maior contingente populacional sem Estado, ou seja, sem território próprio que possa ser considerada como sua pátria.
Os curdos representam aproximadamente 20% da população da Turquia, de 15 a 20% do Iraque, 8% da Síria, 7% do Irã e 1,3% da Armênia. Em todos esses países com exceção do Irã, os curdos são o segundo maior grupo étnico. Cerca de 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e pouco menos de 5% na Síria
A organização social desse povo baseia-se na formação de clãs, com utilização predominante do idioma curdo, pertencente ao ramo indo-iraniano, com alguma semelhança à língua persa. A maioria dos curdos é mulçumana sunita, sendo sua principal atividade econômica o pastoreio e a produção de tapetes artesanais.
Um povo em constante luta pela sua pátria
Na Primeira Guerra Mundial, os curdos lutaram pelo fim do domínio otomano sobre sua região e foram encorajados pelo presidente americano Woodrow Wilson a submeterem sua reivindicação por independência na Conferência de Paz de Paris de 1919. Assim, o Tratado de Sèvres determinou a criação de um estado autônomo curdo em 1920, mas o subsequente Tratado de Lausanne de 1923 ignorou as pretensões dos curdos, o que deu origem às revoltas curdas entre 1925 e 1930, as quais foram violentamente reprimidas.
Desde então todas as tentativas de conseguir uma nação própria tem sido frustradas por meio de ações dos governantes hostis aos anseios curdos. Seus guerrilheiros chamam a si mesmo "peshmerga" (os que enfrentam a  morte) e continuam lutando pela sobrevivência em uma região historicamente assolada por violência e sublevações.
Os curdos em combate ao estado islâmico (EI)
Para fazer frente à expansão do grupo jihadista EI por áreas historicamente habitadas pelos curdos, o povo curdo recentemente tem lutado tenazmente contra esse movimento que tem assombrado o mundo pelas atrocidades cometidas em suas ações. E tem apresentado vitórias importantes, fruto da brava resistência curda em lutar e preservar pelos seus territórios e sua cultura. Certamente, o equacionamento da questão curda constituiria fator fundamental para o alcance de maior grau de estabilidade no tão conturbado Oriente Médio.
Soji Soja

sábado, 23 de maio de 2015

AMI SANO: A VIDA INSPIRADORA DE UMA JOVEM JAPONESA


Todos os dias somos bombardeados por diversas mensagens de
incentivo, otimismo , das mais diversas fontes, sejam religiosas, filosóficas,
corporativas, de auto-ajuda, para enfrentar as mais diversas vicissitudes
enfrentadas em todas as áreas do nosso cotidiano. Apesar dessa ajuda externa, é
comum passarmos momentos do dia a dia com sentimentos de desânimo, tristeza,
mau-humor, ansiedade, insegurança, nervosismo, etc., contrariando todas as
orientações e dicas dadas por aquelas mensagens.

Essa postura pode dar a conotação de que nós somos
fracos ou incapazes. Isso, na realidade, apenas reflete o nosso comportamento
instável baseado no sentimento de egoísmo, de esquecer o sentimento de gratidão
e, ao contrário, ficar aspirando ou buscando mais e mais satisfazer os nossos
anseios e desejos.

Para superar esses sentimentos negativistas, uma
forma que eu considero muito eficaz é refletir e inspirar-se em exemplos
práticos de pessoas que, apesar de defrontar com sérias deficiências, inclusive
físicas, conseguem enfrentar as dificuldades com muita determinação e alegria.

Nessas horas, a gente deve refletir e ser instado
a reagir: se aquelas pessoas, com sérias deficiências físicas, de natureza
visual, auditiva, da fala, ou da ausência de membros superiores ou inferiores,
conseguem superar essas dificuldades, por quê a gente “normal” também não
poderia?

Tendo isso como pano de fundo, considero realmente
inspiradora a história da Ami Sano.

Ami Sano – Aruki Tsuzukeyo (Continuemos
Andando)
A história de Ami Sano é realmente um exemplo de
vida e de grande superação, determinação e força de vontade. Ami é uma garota
linda de 21 anos de idade que nasceu sem braços e sem uma perna, em Aichi,
Japão. Dos 4 membros superiores e inferiores, ela nasceu apenas com a perna
esquerda, porém parcialmente formada e atrofiada, com 3 dedos, que ela usa para
sobreviver em sua vida cotidiana.
Mas apesar da sua deficiência física, Ami
sempre foi corajosa e nunca lhe faltou determinação para levar uma vida normal.
Se recusou a aceitar sua deficiência como um obstáculo para ser feliz. Sua
disposição e seu semblante alegre serve realmente de inspiração para todas as
pessoas no mundo inteiro.


Em vez de se lamentar, ela quis mostrar ao mundo
sua história de superação, através de 2 livros por ela escritos. Em 2009, Ami
publicou um livro de memórias com o nome de “Te Ashi No Nai
Cheerleader” (Líder de torcida sem braços e pernas) e no ano seguinte,
2010, lançou um livro de poesia chamado “Akiramenaide” (Não
Desista). Escrever foi a forma de exteriorizar sua coragem e mostrar que mesmo
sem braços, ela pode ter o mundo em suas mãos. Mesmo sem uma das pernas e com a
outra parcialmente formada, isso jamais a impediu de subir os degraus da vida e
hoje ser a pessoa que é, cheia de sonhos, expectativas e alegrias.

Entretanto, não se deve esquecer que, para
vencer na vida, Ami sempre contou com o precioso apoio da sua mãe, Hatsumi, da
família, dos amigos e demais simpatizantes.

Ami trabalha em um escritório como palestrante
motivacional e também fazia parte de um clube de torcida em Toyokawa High
School, em Aichi. Ela também trabalha como assistente em uma estação de rádio FM
local. Alegre e cheia de gratidão por estar viva, ela aprecia intensamente tudo
e a todos que estão ao seu redor.
Ela ainda está está tendo aulas de canto 2 vezes
por semana, apostando em uma carreira musical. Todos se surpreendem com sua
força e seu otimismo diante da vida. Todos querem saber como a jovem encara
todos os problemas que enfrentou durante sua vida e como isso nunca a fez deixar
de sonhar e de correr atrás dos seus sonhos. Ami lançou um álbum com um vídeo
musical que logo se popularizou e chamou a atenção de emissoras de TV e
gravadoras. O nome da música é Aruki Tsuzukeyou (Continue
caminhando), com a seguinte mensagem: “Quero subir os degraus para a vida
adulta, passo a passo
“, que expressa muito bem a trajetória da sua via.  

Soji Soja

DEVERES DO PROFESSOR PARA EVITAR A DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA NO ENSINO

ao mstrecom carinho

No Brasil, é fato notório que parte significativa de professores e autores de livros didáticos vêm-se utilizando de suas aulas e de suas obras para conseguir a adesão dos estudantes a favor de determinadas correntes políticas e ideológicas, de conotação socialista, correntemente chamadas de esquerda, em todos os níveis, do ensino básico ao superior.

Essa prática não somente deturpa o objetivo fundamental do ensino, como também acaba acarretando em sérios prejuízos não somente aos alunos, os principais beneficiários de um ensino de qualidade, mas também aos pais, e a todas as pessoas envolvidas com o ensino, enfim, a toda sociedade que percebe a educação como fator fundamental para a qualificação técnica e preparo para o pleno exercício da cidadania pelo educando. Ou seja, contraria o princípio básico da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20.12.1996), que em seu art. 2º estabelece:

“Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Essa prática, que pode ser caracterizada como tentativa de doutrinação política e ideológica, contraria os direitos e liberdades fundamentais dos estudantes e de seus pais ou responsáveis, em função de aspectos como:

· a liberdade de aprender e a liberdade de consciência dos estudantes são violadas caso o professor se aproveite de sua audiência cativa para promover em sala de aula suas próprias concepções políticas, ideológicas e morais;

· a doutrinação política e ideológica em sala de aula compromete gravemente a liberdade política do estudante, na medida em que visa a induzi-lo a fazer determinadas escolhas políticas e ideológicas, que beneficiam, direta ou indiretamente as políticas, os movimentos, as organizações, os governos, os partidos e os candidatos que desfrutam da simpatia do professor;

· a doutrinação política e ideológica prejudica ademais a ênfase que o ensino básico deveria dar às disciplinas essenciais como matemática, ciências e capacitação para leitura e escrita; e

· com isso, essa prática contribui significativamente para a deterioração da qualidade do ensino no Brasil.

Em função desses fatos, com o objetivo de informar os estudantes sobre o direito de não serem doutrinados por seus professores, foi formulado o Projeto de Lei nº 867/2015, apresentado na Câmara dos Deputados em 23.03.2015. Entre os seus dispositivos, o §1º, do art. 5º, determina que as escolas devem afixar nas salas de aula, nas salas dos professores e em locais onde possam ser lidos por estudantes e professores, cartazes com o conteúdo previsto no seu Anexo, com os seguintes dizeres:

DEVERES DO PROFESSOR

I - O Professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária.

II - O Professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.

III - O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.

IV - Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa, isto é, com a mesma profundidade e seriedade, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.

V - O Professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

VI - O Professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.

Soji Soja

sábado, 9 de maio de 2015

AS METAS DO PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO DIFICILMENTE SERÃO ALCANÇADAS


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Em artigo publicado no Estadão, de 18.04.2015, o presidente do Instituto Alfa e Beto, Sr. João Batista Araujo e Oliveira, explicita diversas dúvidas quanto ao êxito do Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado pelo Congresso Nacional em 03.06.2014, com a incorporação de 10 diretrizes e 20 metas ousadas, para a sua implementação no período de 10 anos.
Entre as diversas descrenças apontadas pelo citado articulista, podem ser destacadas:
1. O PNE foi fruto de um longo processo de consulta pública, capitaneado por certos grupos de interesse específicos, configurando mais uma vez um caso de sucesso do corporativismo tutelado;
2. Das 20 metas, 18 preveem expansão da oferta em todos os níveis, com quantitativos inatingíveis, ou seja, o PNE estaria preservando a tradição brasileira de expansão sem qualidade, inaugurada na década de 1960, que confunde política educacional com mero crescimento quantitativo, de mais, mais e mais;
3. Aplicar mais dinheiro na educação sem antes corrigir as ineficiências gritantes do setor somente aumentaria os custos sem acrescentar ganho de qualidade;
4. Se não se levar em conta o atual excesso de professores das redes públicas (quase o dobro do que seria necessário), a queda do crescimento demográfico, o aumento do custo dos inativos e a proposta de expansão do tempo integral, a destinação de mais recursos na educação terá como desfecho a oneração excessiva e o engessamento dos orçamentos públicos; e
5. Finalizando, conclui que a experiência de países com bom desempenho na área educacional mostra que, mais do que metas, o importante é desenvolver instituições sólidas, políticas consistentes e mecanismos sociais de pressão para a educação de qualidade.
Com base nos questionamentos acima explicitados, as metas do PNE seriam praticamente inexequíveis. Por exemplo, pode-se enfatizar que as metas 17 e 18 se caracterizam pelo seu caráter corporativo e pelo excesso de onerosidade, na medida que as mesmas buscam:
Meta 17: valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o fim do 6º ano (2020) da vigência do PNE;
Meta 18: assegurar, no prazo de 2 anos (até 2016), a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tornar como referência piso salarial nacional profissional.
Aumento substancial de gastos seria imprescindível para a melhoria da educação?
Outro aspecto a ser destacado, é a pequena exequibilidade de destinar 10% do PIB em educação até o final do PNE, considerando-se principalmente o atual quadro de dificuldade fiscal, que pode se prolongar por vários anos, além de aspectos como a provável frustração das receitas do pré-sal, sobre as quais estavam depositadas enorme expectativa. Na realidade, os 10% do PIB nem são necessários, como seriam excessivos, considerando que o País gastava 5,7% do PIB em 2012, em proporção acima da média mundial. Ademais, existem outras prioridades no País além da educação.
Em suma, decorrido 1 ano da vigência do PNE, persistem ainda as seguintes principais dúvidas:
· O substancial aumento de gastos como proposto pelo PNE é realmente imprescindível para a melhoria efetiva da educação, considerando-se que o País não gasta pouco nessa área?
· As 20 metas do PNE serão de fato alcançadas?
· A meta financeira da destinação de 10% do PIB será alcançada ao final do PNE?
· Mesmo que essas metas sejam alcançadas, haverá uma melhora substancial na qualidade da educação no País, capaz de alavancar aumento significativo na produtividade, competitividade e bem estar do País?
Soji Soja

















CENTENÁRIO DO GENOCÍDIO DE ARMÊNIOS OCORRIDO EM 1915 A Humanidade ainda não se livrou dos crimes de genocídio!

 

genocídio armênio 100 anos mai-2015A Humanidade ainda não se livrou dos crimes de genocídio!

O dia 24 de abril de 1915 é adotado como o início do chamado genocídio de armênios, perpetrado pelo então Império Otomano (atual Turquia), na época, envolvido com o Primeira Guerra Mundial, em aliança com os chamados Impérios Centrais (Alemanha e Império Austro-Húngaro) contra a Aliança Entente. Com isso, celebra-se agora em 2015 o centenário do incidente conhecido como o primeiro genocídio da história moderna mundial.

Conforme o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI), de 16.07.1998, inspirado na Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio de 1948, promulgado pelo Governo Brasileiro pelo Decreto nº 4.388, de 25.09.2002, o crime de genocídio é definido em seu art. 6º, como se segue:

“Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por genocídio, qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:

a. Homicídio de membros do grupo;

b. Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;

c. Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial;

d. Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;

e. Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo”.

Assim, genocídio é definido como o plano coordenado e sistemático de assassinato de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e, por vezes, sócio-políticas, tendo como objetivo o extermínio de indivíduos integrantes de um determinado grupo humano.

Grandes genocídios até a Segunda Guerra Mundial

O genocídio armênio foi caracterizado como a deportação forçada e matança de mais de um milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano, com a deliberada intenção de eliminar sua presença cultural, sua vida econômica e seu ambiente familiar, no período de 1915 a 1917. Entretanto, o governo turco nunca reconheceu até hoje o genocídio perpetrado contra o povo armênio. Como resultado da deportação forçada, verificou-se uma vasta diáspora do povo armênio ao redor do mundo, de modo que dos atuais 8 milhões de armênios e descendentes, somente 3 milhões residem em sua própria pátria, a Armênia.

Entre 1932 e 1933, o regime soviético de Stalin provocou o chamado Holodomor, a Grande Fome da Ucrânia, com características de genocídio, que causou a morte de 3 a 3,5 milhões de pessoas, a maioria de campesinos ucranianos, que resistiam contra a coletivização da agricultura imposta pelo governo comunista soviético.

Mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, esses 2 episódios anteriores foram amplamente superados em todas as dimensões pelo tenebroso Holocausto do povo judeu, que vitimou mais de 6 milhões de pessoas.

Genocídios continuam acontecendo

O centenário do genocídio de armênios deve ser lembrado e jamais esquecido como forma de reduzir ao máximo a possibilidade de ocorrência de fatos tão degradantes para a humanidade. E essa vigilância interplanetária é fundamental, pois mesmo com as lições deixadas pelo holocausto da Segunda Guerra Mundial, fatos análogos ao genocídio continuaram ocorrendo, tais como:

i. Massacre de 1,7 milhão a 2 milhões de cambojanos, equivalente a 25% da população do Camboja, perpetrado pelo governo do Khmer Vermelho de 1976 a 1979;

ii. Massacre de pessoas, motivado essencialmente por fatores étnicos e religiosos, na guerra da antiga Iugoslávia de 1992 a 1995; e

iii. na Ruanda em 1994, com o massacre de cerca de 800 mil tutsis pelos hutus.

Deve-se ainda lembrar que atualmente, no Oriente Médio, com destaque a Síria e Iraque, o grupo jihadista conhecido como Estado Islâmico, ou pela sigla ISIS, tem realizado matanças de grupos étnicos, com características que se enquadram em crimes de genocídio.

A HUMANIDADE DEVE CONTINUAR ATENTA E PREVENIR A OCORRÊNCIA DE CRIMES DE GENOCÍDIO!

Soji Soja