Alguns mamíferos comunicam-se quase como humanos
Pesquisas científicas
recentes revelam que a comunicação social entre mamíferos como elefantes,
macacos e golfinhos assemelham-se a dos humanos, ou seja, compartilham traços
de interação social antes vistos como exclusivos dos seres humanos.
As habilidades
desses mamíferos envolvem:
Interação: (1) uso de
vocalizações específicas; (2) sinais visuais para contatos;
Reconhecimento: (1) capacidade de
identificar e se dirigir a determinados indivíduos; (2) uso de “nomes”
(apelidos) ou rótulos vocais;
Aprendizado: (1) incorporação de
rótulos vocais entre não relacionados; (2) transmissão de informações entre
pares;
Cognição: (1) mecanismos de
comunicação complexos; (2) adaptações evolutivas em ambientes sociais.
Os golfinhos que deslumbram o
mundo com suas acrobacias e respostas aos chamados humanos mostram que
apresentam habilidades antes considerados exclusivos dos humanos, na medida que
os golfinhos nariz-de-garrafa são capazes de sorrir. Esses cetáceos abrem a
boca de uma maneira semelhante ao riso durante interações lúdicas e prazerosas.
O gesto surge justamente em contextos sociais, especialmente quando há contato
visual entre os pares. O fenômeno visto entre os golfinhos, conhecido como
mimetismo facial, é documentado em mamíferos terrestres, mas era desconhecido
entre cetáceos. Essa espécie desenvolveu sistemas vocais complexos, utilizando
assobios agudos para interagir. Tamanha habilidade provavelmente evoluiu devido
à sobrevivência em águas turvas, onde a visibilidade baixa forçou-os a depender
da audição. Em águas claras, quando estão mais próximos entre os pares, eles
priorizam as expressões faciais. Por meio de uma mistura de assobios e sinais
visuais os golfinhos conseguem cooperar e alcançar seus objetivos.
Os elefantes surpreendem com um
comportamento que se julgava humano: o uso de apelidos. Ao contrário de
papagaios e golfinhos, que tendem a repetir sons para se referir a outros
indivíduos, os elefantes se valem de construções sonoras mais abstratas, que
correspondem a nossos apelidos.
Os saguis desenvolvem vocalização
específicas para conversar em grupo. Os sons emitidos não são usados apenas
para localização, mas para a interação direta, de forma semelhante aos humanos.
Os saguis aprenderam a recorrer a rótulos vocais muito parecidos para
diferentes indivíduos, indicando uma capacidade de adaptação num ambiente com
visibilidade reduzida, a densa floresta tropical.
A constatação da alta capacidade
de comunicação e interação entre os mamíferos, de forma muito semelhante ao dos
humanos, reforça ainda mais a necessidade de maior respeito e cuidado no
relacionamento humano com esses entes que coabitam o mesmo espaço terrestre, ou
seja, os animas devem ser tratados como irmãos e não como seres inferiores e
até desprezíveis.
Com
as mudanças climáticas e a perda de áreas e habitats naturais prejudicando
as condições de sobrevivência das espécies animais, fica evidente a atuação premente
de todos na condução de esforços proativos, colaborativos e inovadores para
salvar e preservar a vida selvagem em todas as partes do mundo.
Shoji
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