O Instituto Jane Goodall e a defesa do meio ambiente e dos chimpanzés
A semelhança dos chimpanzés com os humanos
Estudos apontam que os chimpanzés são parentes próximos
dos seres
humanos na evolução, tendo aqueles separado
do tronco do ancestral
comum há cerca de 4 a 7 milhões de
anos, e ambas as espécies compartilham 98 a 99% de DNA.
Como o homem, o chimpanzé
consegue reconhecer a própria imagem no espelho, capacidade que
poucos animais apresentam e são capazes de aprender certos tipos de
linguagens, como a dos sinais.
Os chimpanzés possuem culturas diferentes,
dependendo da região em que vivem, assim como os humanos, e são capazes de
ensiná-las de uma geração para outra. Entre tais ensinamentos estão, por
exemplo, técnicas para extrair cupins de seus cupinzeiros,
utilizando-se de gravetos, utilização de pedras para quebrarem sementes e frutos
duros e outros tipos de ferramentas adaptadas, usadas inclusive para caçar pequenos mamíferos.
Na sociedade dos chimpanzés existe um escalonamento hierárquico bem definido. Se algum elemento do grupo o desrespeitar,
fica sujeito às sanções impostas pelo macho dominante, que podem ser desde uma
simples repreensão, ou uma penalidade física, ou mesmo a expulsão do grupo.
Os machos podem se unir para manter a liderança sobre o
grupo, ou roubar a posição do líder. Para intimidar os rivais, eles se
demonstram agressivos, com vocalizações altas, agitações de galhos e até mesmo
o ataque.
Os chimpanzés vivem em grupos pequenos, de 5 ou 6 indivíduos,
ou grandes, com cerca de 100 e podem ser encontrados numa vasta área da África
Central e África Ocidental,
desde a Nigéria, ao norte até o território de Angola ao sul e a leste na Tanzânia e Quênia. A existência de floresta, árvores e água são fatores
importantes para as comunidades de chimpanzés, mas alguns grupos desses animais
que vivem acima dos 2000 metros de altitude, onde por não haver árvores, adaptam-se
às condições locais e habitam grutas.
Make a Difference with the Jane Goodall Institute Dr. Jane Goodall & the Jane Goodall Institute USA dez 2017
Risco de extinção da vida em liberdade dos chimpanzés
Apesar do vasto território que ocupam, os chimpanzé encontram
se em perigo de extinção, por serem vítimas de humanos com a caça
ilegal, quer para alimentação, quer para
a produção de amuletos para a medicina tradicional, sendo ainda capturados e utilizados nos circos ou noutros espetáculos afins, ou mesmo para serem
criados como animais de estimação. Também têm sofrido os efeitos das guerras, que sistematicamente assolam essas regiões, além de que o
stress provocado nas fêmeas tem reduzido muito a natalidade nessas localidades. Atualmente, existem cerca de 150.000
chimpanzés vivendo em liberdade, o que demonstra dramaticamente a necessidade
de tomada de ações concretas para preservar os seus habitats e as condições
necessárias para a sobrevivência das comunidades de chimpanzés, que são tão
semelhantes aos humanos.
Instituto Jane Goodall na defesa dos chimpanzés
Entre as personalidades que trabalham
incansavelmente na defesa e no bem estar das comunidade de chimpanzés, destaca-se
a primatologista, etóloga e antropóloga britânica
Jane Goodall, considerada mundialmente como a maior estudiosa de chimpanzés,
tendo o seu trabalho reconhecido com o estudo das interações
sociais e familiares de chimpanzés selvagens, desde quando ela trabalhou em
campo no Parque Nacional de Gombe Stream na Tanzânia na
década de 1960, onde ela foi a primeira a testemunhar comportamentos de
primatas semelhantes ao de humanos. Ela é a fundadora do Instituto Jane Goodall em
1977 e do programa Roots & Shoots em 1991, com o objetivo de incentivar crianças e
jovens da comunidade local a trabalhar para a conservação ambiental e para
questões humanitárias, estando hoje a o
programa instalado em mais de 140 locais ao redor do mundo. Goodall tem
servido no comitê do Projeto de Direitos
dos não Humanos desde sua fundação em 1996 e em abril de 2002 ela foi
escolhida como mensageira da paz das Nações Unidas.
Comportamento semelhante
ao dos humanos
Para a Jane Goodall
é fascinante ver como os chimpanzés são parecidos com os seres humanos,
inclusive como se organizam politicamente, ou seja, no exercício do poder
dentro da comunidade. Os chimpanzés são muito semelhantes aos humanos principalmente
na comunicação não-verbal, pois se beijam e abraçam, dão as mãos, acariciam uns
aos outros. Os machos exibem aquele comportamento arrogante de competição com os
outros pelo poder, exatamente como os políticos humanos.
Shoji