O consumidor deve colaborar para que a entrega seja concluída de forma mais rápida e segura para todas as partes
A pandemia do Covid-19 teve início no Brasil em 26.02.2020 com a primeira confirmação de infecção feita em São Paulo. Em função do risco do rápido alastramento, logo em seguida foram adotadas as medidas de distanciamento social e a prevenção de aglomerações humanas por exemplo com fechamento do comércio, escolas e outros estabelecimentos decretadas no Estado de SP a partir de 16.03.2020 e de 17.03.2020 no RJ, bem como em outras localidades do País.
Com o fechamento do comércio durante o período de confinamento, a venda e compra de bens passou a ser quase totalmente na forma digital. Somente poucos estabelecimentos como supermercados e o pequeno varejo de alimentos mantiveram as portas abertas na fase mais dura do isolamento social.
Vídeo recebido no whattsapp autor desconhecido
Expansão do comércio online (eletrônico) e do delivery (entrega em domicílio)
Durante o período de isolamento social, o comércio eletrônico, que já vinha em alta há anos, cresceu em progressão geométrica no País. Com a flexibilização da quarentena e a reabertura com restrições do comércio, as vendas online continuaram em crescimento, com grande expansão da entrega em domicílio (delivery). O delivery que já crescia solidamente na fase pré-pandemia ganhou um grande impulso em função do receio das pessoas de sair do confinamento e se expor ao contato social, principalmente para o pedido de comidas prontas.
Esse processo foi facilitado pela oferta de vários aplicativos como o IFood, Rappi, Loggi e Uber Eats, para entrega via diversas formas como bikes, patinetes, a pé, mas principalmente por meio das motos. Ou seja, as ruas semi vazias passaram a ser tomadas pela ida e vinda frenéticas dos icônicos motoboys, que passaram a ser os verdadeiros guerreiros do asfalto.
Relacionamento tenso entre motoboys e motoristas e pedestres
Há longo tempo se tornou rotineiro o relacionamento tenso entre motoboys e os motoristas, aqueles queixando que os motoristas não respeitam os motoboys, considerando-se principalmente a fragilidade das motos frente aos carros em acidentes que são comuns no caótico trânsito brasileiro. Mas os motoristas e os pedestres também se queixam dos motoboys por não respeitar devidamente as normas de trânsito, principalmente por transitar em alta velocidade fazendo muitas vezes zigue zagues entre os carros, aumentando o risco não somente de colisões com carros mas de atropelamentos de pedestres.
Relacionamento entre motoboys e consumidores em delivery
São comuns diversas queixas dos consumidores sobre a prestação de serviços de entrega pelos motoboys e até em aplicação de eventuais golpes e fraudes contra clientes. De um lado, obviamente a prestação do serviço de delivery deve ser melhorada continuamente tanto pelo comércio ofertante de bens e serviços bem como pelos entregadores, com destaque aos polêmicos motoboys.
O consumidor deve facilitar o trabalho do entregador
Mas, por outro lado, os consumidores devem colaborar e facilitar ao máximo a boa prestação do serviço de delivery, principalmente no caso de entrega de comidas prontas, que são altamente perecíveis e preferencialmente devem ser entregues quentes ou recém-preparadas.
De forma geral, o consumidor deve cooperar para que o serviço de entrega seja concluído de forma mais rápida e segura, o que é bom para todas as partes envolvidas, pois sempre tem que se ter em mente que o entregador enfrenta o trânsito, normalmente difícil, percorrendo muitas vezes locais inseguros ou de difícil acesso, condições que pioram à noite ou em caso de chuva ou de mau tempo. Para tanto, algumas atitudes simples seriam importantes pelo cliente, tais como:
• preferencialmente, acompanhar por aplicativo o deslocamento do entregador;
• deixar o celular ao alcance, caso o entregador queira fazer o contato para a confirmação ou chamamento, para evitar chamada do cliente pelo uso de voz alta, de palmas de mão ou de buzina;
• agilizar o recebimento e o pagamento, tendo em mão a chave da casa, a carteira ao alcance com o cartão ou o dinheiro pronto, este se possível trocado;
• facilitar o acesso ao local de entrega, avisando se possível o porteiro, ou no caso de casa, afastando por exemplo o cachorro, ou qualquer objeto ou obstáculo que possa dificultar a entrega;
• no caso de prédio sem elevador, preferencialmente descer ao térreo para agilizar o recebimento da encomenda;
• caso queira dar um referencial de localização, o que é importante em casas ou prédios com numeração de difícil visualização, indicar um de rápida identificação como uma loja, prédio, construção ou objeto que se destaca facilmente, e não por exemplo uma goiabeira dentro do quintal;
• não reclamar do entregador, caso não tenha um motivo realmente fundamentado para isso; e
• essas providências são mais importantes em locais com restrições de acesso como condomínio fechado ou prédio sem porteiro ou sem elevador.
Por fim, não custa agradecer ao entregador dizendo-lhe um sincero “muito obrigado”, ou em casos ou circunstâncias especiais, dando uma gorjeta de forma totalmente voluntária ou agradecida.
Shoji
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