As novas modalidades objetivam atrair maior interesse dos jovens, disputadas
em ambientes mais despojadas e descontraídas
Os XXXII Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Tokyo, inicialmente programados para ocorrer entre 24.07 a 09.08.2020 foram adiados para 23.07 a 08.08.2021, por efeito da pandemia global do Covid-19. Na evolução dos Jogos de Tokyo de 1964 para 2021, destaca-se a expansão das modalidades esportivas em disputa de 21 para 37, com o objetivo de atrair maior público, principalmente entre os jovens, as mulheres e os contingentes cada vez maiores de moradores comuns dos centros urbanos, com a inclusão do skate, surfe, karatê, escalada esportiva, beisebol/softbol e basquetebol 3x3.
A Olimpíada de 2024 em Paris inclui o break dance e o kitesurfe
A Olimpíada 2024 em Paris continuará essa tendência de atrair o público jovem e adeptos de novas modalidades esportivas e de lazer, praticadas em locais mais despojados e descontraídos, fora das grandes arenas, que exigem grandes investimentos. Assim, em princípio, serão incluídos o break dance e o kitesurfe, enquanto o karatê e o beisebol/softbol não seriam mantidos
Ref.:) a) Youth Olympic Games Recap International Olympic Dance Event | YAK x Dj FLEG
Estreou em 20 de fev. de 2019
YAKbattles
b) 2019 Formula Kite World Championships | Final Highlights
6 de mai. de 2019
SurferToday
Break dance
Break dance é um estilo de dança de rua, parte da cultura do hip hop criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova York, EUA, dançada ao som do hip-hop, funk ou breakbeat. No início, o break dance representava uma manifestação popular e alternativa para jovens não se envolverem em atividades degradantes como aquelas associadas às gangues de rua que eram comuns em Nova York na década de 1970. Atualmente, o break dance é praticado como meio de recreação ou competição no mundo.
O break dance competitivo é organizado pela Federação Mundial de Dança Desportiva (WDSF) e foi disputado inicialmente nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires, Argentina. Como esporte, a principal forma de disputa é a chamada “um contra um”, que é a categoria que deverá compor a Olimpíada 2024, existindo ainda as crews, que são disputas em equipe, como "quatro contra quatro" ou "dois contra dois".
Os dançarinos, conhecidos como b-boys e b-girls, valorizam ao máximo o estilo pessoal nos movimentos, que são avaliados sob critérios de musicalidade, utilização dos passos básicos do break, limpeza do movimento, grau de dificuldade, criatividade, originalidade e minimização dos erros, de forma similar às competições olímpicas consagradas como ginástica rítmica ou nado sincronizado. Ressalte-se que o dançarino não escolhe a música para acompanhar a sua performance, de modo que não pode adaptar de antemão a sua coreografia conforme a música a ser tocada.
Kitesurfe
O kitesurfe, kiteboarding ou flysurf é um esporte aquático, derivado do windsurf, surfe e wakeboard, que utiliza uma pipa ou papagaio para mover o atleta sobre uma prancha com suporte para os pés. Com isso, o atleta pode surfar sobre a água e fazer manobras aéreas, puxado pela pipa, que é movida pelo vento. O seu nome é originário da junção de kite, que significa pipa e de surf, que significa deslizar sobre a água. A pipa que é puxada pelo vento é presa em um cinto, na cintura do esportista, que se coloca sobre a prancha que desliza sobre a água. Para dirigir o trajeto e realizar saltos sobre a água o esportista utiliza uma barra de controle. O kitesurfe foi criado em 1985 pelos irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux.
Nas competições, cada bateria é disputada por 2 atletas, para a avaliação das manobras de transição (mudança de direção), de salto (feitas no ar) e as feitas na onda (adaptadas do surf).
Em 2000 foi criado o primeiro circuito mundial de kitesurfe, o Kitesurf Pro World Tour, que teve uma das etapas realizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A compatibilização de equipamentos e as regras de disputa aprovadas pela International Kiteboarding Association (IKA) permitem que diferentes modelos de diferentes fabricantes possam competir uns contra os outros em um evento olímpico, como ocorrerá em 2024, as quais já foram testadas com sucesso nas Olímpiadas da Juventude de 2018, realizadas na Argentina.
Shoji