sábado, 11 de abril de 2020

ALEGRIA DE VIDA: CORRER, CORRER, CORRER


Nativa mexicana destaca-se correndo e vencendo longas corridas vestindo saia tradicional e calçando sandálias    



Ref.01 Netflix LatinoaméricaLorena Ramírez de la comunidad rarámuri de México lleva una vida tradicional... excepto cuando se pone sus sandalias para competir en un ultra maratón.SUSCRÍBETE: https://bit.ly/2W85El8
Ref.02 mexicopuntocomLa corredora rarámuri Lorena Ramírez gana tercer lugar en la carrera de 102 kilómetros en un ultramaratón en España. ¡Orgullo mexicano!https://bit.ly/2l0qD8W

Em 29.04.2017, ao final da ultramaratona de 50 km Ultra Trail Cerro Rojo, em Puebla, no México, o público viu chegar em primeiro lugar, após 7 horas e 20 minutos de corrida,  a jovem, então com 22 anos, Maria Lorena Ramírez, sem nenhum gel, nem barras para a energia, nem óculos, sem colete de hidratação, sem calçar tênis, sem lycras e mangas de compressão, ou seja, sem os gadgets típicos dos corredores de ponta, mas vestindo uma longa saia tradicional, portando uma garrafinha de água, seu boné e um paliacate (lenço) no pescoço e calçando huaraches, sandálias com sola de pneu, típicas do seu povo, a comunidade nativa tarahumara ou rarámuri, que habita a região montanhosa do estado  de  Chihuahua, no México.
Em maio do mesmo ano de 2017, Lorena ganhou a Ultra Maratón de los Cañones de 100 km em Guachochi, Chihuahua, com o tempo de 12 horas e 44 minutos. Seu pai, Santiago Ramirez, também é corredor, tendo vencido a Ultramaratona Guachochi 3 vezes, bem como o seu irmão, Mario, que também compete em corridas de longa distância, e ainda tem uma outra irmã corredora.
Lorena não tem treinamento formal, pois no dia a dia dedica-se a cuidar do  gado da família (vacas e cabras), caminhando entre 10 a 15 km por dia nessa tarefa. Para se manter hidratados, os corredores tarahumara ou rarámuri consomem pinole, um pó de milho com água que faz parte da sua dieta básica. Por natureza, os rarámuri são os melhores corredores do México, e sua resistência física está gravada no próprio nome rarámuri, que significa “pés ligeiros” ou “corredores a pé”.
Ao contrário de seus irmãos homens, Lorena nunca foi à escola, de modo que não consegue falar o idioma dos chabochis (mestiços), ou seja o espanhol. Assim, quando supera a sua extrema timidez, se expressa em rarámuri, sua língua materna. 
Correndo pelas montanhas e rios, calçando sandálias e vestindo com orgulho suas roupas tradicionais, Lorena ensina a todos a nunca desistir e pretende continuar correndo enquanto tiver forças para isso. É um verdadeiro exemplo de vida!
 Shoji


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