sábado, 27 de maio de 2017

QUANDO OS DISCÍPLOS SUPERAM SEUS MESTRES

A greve dos professores da escola privada não levou em conta o interesse dos alunos

No artigo na revista Época nº 984, de 01.05.2017, pg. 71, intitulado “Quando os discípulos superam seus mestres”, o articulista Joel Pinheiro da Fonseca relata sobre a carta aberta escrita pelos professores do Colégio Santa Cruz, uma escola privada de SP, justificando sua adesão à greve geral do dia 28.04.2017, decretada em todo o País, mas com baixo nível de adesão, basicamente em protesto contra as propostas de reformas previdenciária e trabalhista em trâmite no Congresso Nacional.
Em seguida, o articulista ressalta, com louvor, a resposta dada por um grupo de alunos, partindo da premissa de que os professores podem ter boas intenções mas o caminho proposto por eles, contudo, não levaria a bons resultados. Sem monopolizar a pretensa virtude, mas usando somente dados e fatos, os alunos levantam aspectos relevantes sobre as reformas em debate, tais como: o tamanho do déficit da previdência, os aspectos regressivos do atual sistema previdenciário, o gasto excessivo do País com a previdência em comparação a outros países, embora seja um país relativamente jovem, além de benesses injustificadas a determinadas categorias, principalmente do serviço público, ou seja, se nenhuma reforma importante for feita, no futuro, a receita pública será usada praticamente só para pagar previdência e o salário dos servidores.    
Mas além do mérito da manifestação desses alunos neste momento de gravíssimo cenário econômico do País, deve-se ressaltar que a decretação da greve pelos professores dessa escola privada, além de ter tido caráter essencialmente política e ideológica, não levou em conta o prejuízo causado à boa formação educacional dos alunos, que constituem a razão da existência da escola de boa qualidade, pela qual os pais dispõem a arcar com custo bastante significativo para a sua manutenção.
Soji Soja
  


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