sábado, 30 de janeiro de 2016

FILHO DO HAMAS: A HISTÓRIA REAL DE UM PALESTINO QUE SE CONVERTEU AO CRISTIANISMO E AJUDOU A COMBATER UMA DAS MAIORES ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS DO MUNDO





Desde a infância, Mosab Hassan Yousef, nascido em 1978 na Cisjordânia, viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa nos territórios ocupados pelo Israel na antiga Palestina. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores do Hamas, todos acreditavam que Mosab seguiria os passos do pai.
Às vésperas de completar 18 anos, movido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decidiu assumir um papel mais ativo no combate a seus opressores mas acabou  preso e levado a um dos mais terríveis centros prisionais israelenses.
Depois de submetido a rigorosas sessões de interrogatório, ele recebeu e aceitou a proposta do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel, de obtenção da liberdade em troca da colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. Essa decisão foi muito traumática na sua vida,  pelo fato de poder ser caracterizada como traição à sua religião e aos interesses de seu povo. 
Apesar dessa aparente terrível contradição, Mosab resolveu colaborar com o Shin Bet, o que o induziu a levar uma vida dupla durante 10 anos, período em que frequentemente fez escolhas arriscadas, motivado, entretanto, pelo seu desejo de conter a violência do Hamas, uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.
Essa decisão teve suporte também na profunda transformação pessoal tida pelo Mosab, que lhe permitiu desfrutar uma jornada de redescoberta espiritual que começou com a participação de Mosab num grupo cristão de estudos bíblicos, que culminou na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “tolerar e perdoar seus inimigos” é o único caminho para a paz duradoura no Oriente Médio.  
Ao contar a sua história no livro “Filho do Hamas”, Mosab teve o objetivo de mostrar ao seu povo, os palestinos seguidores do Islã, que têm sido usados por regimes corruptos há centenas de anos, e que a verdade pode libertá-los.  Ou seja, não adianta apenas culpar Israel por todas as desgraças e dificuldades enfrentadas pelos palestinos, se eles mesmos não tomarem a firme resolução para definir o melhor caminho para a redenção do seu povo.  


sábado, 23 de janeiro de 2016

A TARIFA ZERO EM TRANSPORTE PÚBLICO É INVIÁVEL EM SÃO PAULO E A PARTICIPAÇÃO DOS BLACK BLOCS NAS MANIFESTAÇÕES DEVERIA SER REPRIMIDA DRASTICAMENTE



O Movimento Passe Livre (MPL) foi fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre-RS, e defende essencialmente a adoção da tarifa zero para transporte coletivo, tendo ganhado destaque a partir da participação na organização dos protestos em junho de 2013 em São Paulo-SP. 

A volta da proposta de tarifa zero em SP
No dia 08.01.2016, o MPL voltou às manchetes de jornais ao protestar contra o aumento da tarifa de ônibus na capital paulistana de R$ 3,50 para R$ 3,80. Nessa ocasião os chamados black blocs aproveitaram o evento para depredar vários bens públicos e privados, entre eles 3 agências bancárias, 4 ônibus, uma banca de jornal e 2 veículos da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET).

Tarifa zero em transporte público
Tarifa Zero é um projeto de política pública que pretende adotar a gratuidade do transporte público ao usuário, mediante seu custeio por orçamento público, com base na idéia de que o transporte coletivo é um direito e, como os demais serviços públicos essenciais, deve ser oferecido para todos os cidadãos indistintamente.
No Brasil, alguns municípios, principalmente de pequeno porte,  chegaram a  adotar a política de tarifa zero em transporte público, porém, de forma bastante limitada,  de modo que não há ainda evidência concreta de que projetos universais dessa natureza sejam  sustentáveis financeira e orçamentária a longo prazo.

Inviabilidade da tarifa zero em grandes metrópoles como São Paulo
            Entretanto, a viabilidade desse tipo programa em grandes metrópoles seria muito mais difícil de ser alcançada em função de demandas econômicas e sociais de várias naturezas que praticamente são impossíveis de serem satisfeitas pelo orçamento púbico municipal. Assim, por exemplo, em São Paulo,  conforme a revista Veja, em sua edição de 20.01.2016, pg. 47, a implantação da tarifa zero em SP custaria R$ 8 bilhões anuais, equivalente à arrecadação total do IPTU, fato que tornaria inexequível a adoção dessa política na capital paulistana. Além disso, caso a tarifa zero seja considerada salutar e razoável, o mesmo princípio deveria ser adotado para outras modalidades de serviços públicos essenciais, como saúde, saneamento básico, energia elétrica, etc. Nesse contexto, o orçamento público seria totalmente incapaz de atender  a essas demandas.

Moderação e respeito ao cidadão e aos patrimônios público e privado nas manifestações do MPL
            Em função da inexequibilidade da proposta do MPL em SP, as manifestações do MPL deveriam ser feitas de forma discreta, sem causar transtorno ao cidadão comum e, principalmente, evitando qualquer dano aos patrimônios público e privado. Nesse sentido, é lamentável que o MPL tenha permitido que grupos insanos como os black blocs façam parte dessas manifestações,  os quais somente têm o interesse da causar o maior transtorno à ordem pública e danos aos bens públicos e privados. 




sábado, 9 de janeiro de 2016

O QUE O ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM MARIANA PODE DEIXAR DE LIÇÕES SOBRE A EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS


No dia 05.11.2015, a barragem de Fundão, da mineradora Samarco Mineração S/A, em Bento Rodrigues-MG, a 35 km da cidade de Mariana, se rompeu, lançando os rejeitos da mineração de ferro, um lamaçal composto por areia e metais, que se espalhou, contaminando e comprometendo a vida de 3 rios, o Doce, o Gualaxo do Norte e do Carmo.
Nesse mesmo dia 5 de novembro, uma onda de 8 metros de lama chegou repentinamente à cidade de Mariana e ao Rio Doce, exterminando toda a vida de vertebrados como peixes e anfíbios, nos primeiros 100 kms de águas fluviais. 10 dias depois, em 15 de novembro, a falta de oxigênio no rio facilita a reprodução da vida bacteriana, que se desenvolve pela fermentação, o que cria ácidos e gases danosos, como o metano. 2 semanas depois, em 19 de novembro, espécies perigosas como o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, e caramujos que transmite a esquistossomose, começam a proliferar na áreas afetadas.
No futuro, a purificação das águas vai depender da estação chuvosa do verão de 2016: com pouca precipitação, demorará até 1 ano. Para recuperar a biodiversidade, talvez seja necessário até uma década, mas a perda poderá se tornar irreversível se forem extintas espécies endêmicas, ou seja, aquelas espécies animais ou vegetais que ocorrem somente em uma determinada área ou região geográfica.
Responsabilidade da Samarco
Nessa tragédia, a mineradora Samarco, fundada em 1977 e controlada meio a meio pela Vale S/A e a anglo-australiana BHP Billiton, é considerada responsável pelo maior desastre ambiental ocorrido em Minas Gerais, com a perda de muitas vidas humanas na comunidade de Bento Rodrigues e entorno, crise no abastecimento hídrico de cidades do vale do Rio Doce, e catástrofe ambiental nos corpos d'água afetados e nos maiores refúgios de Mata Atlântica do estado, entre eles o Parque Estadual do Rio Doce, bem como o impacto em várias cidades do Estado do Espírito Santo.
Necessidade de reparos ambiental e patrimonial pela Samarco e suas acionistas
Considerando-se a magnitude dos efeitos dessa tragédia, a Samarco e suas acionistas devem assumir o reparo pelos danos causados em toda a área geográfica afetada. Nesse sentido, esse episódio configura uma oportunidade inusitada para que as atividades empresariais responsáveis por danos ambientais sejam efetivamente responsabilizadas e cobradas pelo efeitos que seus empreendimentos possam causar a todo o seu entorno em todas as dimensões ambientais, econômicos e sociais. Ou seja, cada vez mais é premente que as atividades empresariais, na condução das suas operações tenham todo o cuidado e planejamento necessários para que as mesmas não prejudiquem as pessoas, comunidades e entidades por elas afetadas.
Ação civil pública contra a Samarco e suas acionistas
Para tanto, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton Brasil foram citados numa ação civil pública que poderá chegar ao valor de R$ 20 bilhões, pelo pagamento de indenização por danos ambientais e patrimoniais causados pelo rompimento em 05.11.2015 da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana-MG. Anteriormente, o Ibama já tinha exigido da Samarco a quitação da multa de R$ 250 milhões pela poluição hídrica. O Ministério Público firmou acordo para o pagamento pela empresa de R$ 1 bilhão, enquanto o governo mineiro tinha pedido R$ 112 milhões.
Soji Soja