sábado, 17 de maio de 2025

IRSHAD MANJI UMA MUÇULMANA PELA REFORMA DO ISLÃ

 Muçulmana lésbica pela liberação dos direitos da mulher

Irshad Manji é muçulmana, naturalizada canadense, ativista LBGT, escritora, jornalista e apresentadora de televisão, defensora de uma interpretação reformista do islamismo e uma crítica das interpretações literalistas do Alcorão. Irshad nasceu em 1968 perto de Kampala na Uganda, com descendências indiana por parte do pai e egípcia da mãe. Por ordem de expulsão decretada por Idi Amin Dada de asiáticos e outros não africanos de Uganda, sua família refugiou-se em 1972 no Canadá em Richmond, perto de Vancouver. Irshad frequentou escolas públicas seculares e aos sábados uma madrassa (escola religiosa muçulmana) de onde foi expulsa aos 14 anos de idade por fazer muitos questionamentos. Em 1990, graduou-se com honras em história das idéias pela Universidade da Columbia Britânica recebendo a medalha acadêmica do Governador Geral como a melhor graduada em humanidades.

 

Ref.: Irshad Manji Md Monirul Islam maio 2018

Signatária do Manifesto Juntos contra o Totalitarismo

Irshad destaca-se como uma dos 12 signatários do Manifesto Juntos contra  o Totalitarismo, que é um documento político feito em resposta à violência desencadeada no mundo islâmico pela polêmica das caricaturas sobre Maomé publicadas pela 1ª vez no jornal dinamarquês Jyllands-Posten. Os signatários desse manifesto têm em comum uma vida de exílio devido a perseguições promovidas por fanáticos religiosos islâmicos, destacando-se entre os alvos Salman Rushdie escritor condenado a morte por uma fatwa do aiatolá Khomeini de 1989.

Segundo Manifesto, publicado em  28.02.2006 pelo Jyllands-Posten e pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo, similarmente aos totalitarismos como fascismo, nazismo e stalinismo, o Islamismo fundamentalista estabelece-se sobre medos e frustrações. Os pregadores do ódio apostam nesses sentimentos para formar batalhões destinados a impor um mundo de opressão e desigualdades. Contudo, para os signatários: não existe nada, nem mesmo o desespero, que possa justificar a escolha do obscurantismo, do totalitarismo e do ódio. O Islamismo fundamentalista é uma ideologia reacionária que aniquila a igualdade, a liberdade e a laicidade sempre que as encontra. O seu êxito só pode conduzir a um mundo de dominação: domínio do homem sobre a mulher, domínio dos islamistas sobre os demais. Para se opor a esse processo, deve-se assegurar direitos universais a todos os povos discriminados ou oprimidos

 Trajetória similar a de Ayaan Hirsi Ali

Pela sua luta contra o totalitarismo islâmico pelas violações dos direitos humanos contra as mulheres e minorias religiosas, a trajetória da Irshad Manji tem muita similaridade com a da Ayaan Hirsi Ali. Como se sabe, Ayaan nascida em 1969 em Somália é uma ativista, escritora, política e cristã somali-holandesa-americana, que é conhecida por seus pontos de vista críticos do Islã e defesa dos direitos e da autodeterminação das mulheres muçulmanas, opondo-se aos casamentos forçadoscrimes de "honra"casamentos infantis, e mutilação genital feminina, sendo uma das fundadoras da organização de defesa dos direitos das mulheres AHA Foundation.

Assim, a luta tanto da Irshad Manji como da Ayaan Hirsi Ali  centram especialmente na importância de que milhões de mulheres e crianças em países de maioria muçulmana possam receber uma educação de qualidade e oportunidades na vida, que os capacitem a entender e a participar ativamente da evolução humana que se encontra no limiar do século XXI, caracterizado para ser a era do conhecimento e pelo desenvolvimento científico e tecnológico de proporções inimagináveis.

Shoji

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