sábado, 17 de agosto de 2024

NOVOS ESPORTES NAS OLIMPÍADAS 2028

 As novas modalidades são populares nos EUA e em regiões da Ásia e Américas do Norte e Central e no Caribe

Nos XXXII Jogos Olímpicos, em Tokyo, inicialmente  programados para 24.07 a 09.08.2020 mas adiados para 23.07 a 08.08.2021,  por efeito da pandemia do Covid-19, ocorreu o aumento das modalidades esportivas em disputa de 21 para 37, com o objetivo de atrair maior público, principalmente entre os jovens, as mulheres e os contingentes cada vez maiores de moradores comuns dos centros urbanos, com a inclusão do skate, surfe, karatê, escalada esportiva, beisebol/softbol e basquetebol 3x3.

As Olimpíadas 2024 em Paris continuaram essa tendência de atrair o público jovem e adeptos de novas modalidades esportivas e de lazer, praticadas em locais mais despojados e descontraídos, fora das grandes arenas, que exigem grandes investimentos, com a inclusão do break dance, mas com a exclusão do karatê e do beisebol/softbol. O kitesurfe que estava cogitado para entrar no evento de Paris acabou não fazendo parte das Olimpíadas 2024.

 

Conheça os novos esportes olímpicos O TEMPO dez 2023


Novas modalidades nas Olimpíadas 2028 em Los Angeles

Na edição dos Jogos Olímpicos a realizar-se em 2028 em Los Angeles-EUA farão parte 5 novas modalidades, já aprovadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no fim de 2023, a saber: críquete, flag footballsquash, beisebol/softbol e lacrosse.

O beisebol é o esporte mais conhecido a ser reintroduzido em 2028, sendo praticado por homens, e na versão feminina, como softbol. O beisebol/softbol fez parte do cartel de esportes olímpicos de 1996 a 2008, ficou de fora em 2012 e 2016, retornou em Tóquio, mas foi novamente retirado em 2024. Retornará em 2028 em Los Angeles por ser muito popular nos EUA e também em países das Américas do Norte e Central e Caribe e na Ásia especialmente no Japão e Coréia do Sul.

O críquete originário da Inglaterra, entre os séculos 16 e 17, é um esporte de equipe jogado com uma bola dura, um bastão e 2 times de 11 jogadores cada, e é popular em países de influência inglesa como Inglaterra, Austrália e do sul da Ásia, como Índia e Paquistão. A modalidade que fez parte somente das Olimpíadas de 1900 é disputada com tacos de madeira e uma bola. O objetivo do jogo é marcar corridas ao se rebater a bola arremessada pelo adversário contra a sua casa.

O flag football é uma variação do futebol americano, que permite interromper o avanço do adversário mediante a retirada de uma das fitas (flags) presas a um cinto usado pelo mesmo, reduzindo dessa forma o excesso de contato físico no futebol americano original.

O squash é um esporte disputado com raquetes, derivado do tênis, mas diferentemente deste, os 2 jogadores ficam do mesmo lado em uma quadra retangular, cercada por 4 paredes. O objetivo do jogo é bater na bola, inclusive contra as paredes, de maneira a evitar que o adversário consiga rebatê-la.

Esporte originário da prática dos indígenas americanos: lacrosse

O lacrosse, criado nos Estados Unidos, é um dos mais diferentes e estará de volta depois de ter sido disputado em 1904 e 1908. É uma espécie de futebol com taco, mas com uso de equipamento de proteção ao rosto, e é derivado da prática das tribos nativas sendo popular na costa leste americana e no Canadá.  Na modalidade são usados bastões com uma espécie de cesto na ponta, onde a bola é carregada e trocada de um jogador para o outro até se conseguir a melhor condição para arremessar ao gol. Nos Jogos de 2028, serão disputados com 6 jogadores por equipe e não com os costumeiros 10.

 

Olimpíadas como meio de integração e interação entre povos e países

É oportuna a inclusão desses esportes como olímpicos em 2028 para despertar maior interesse principalmente dos jovens e dos moradores urbanos, que já estão acostumados a ver não somente como atividades esportivas mas também como lazer do dia a dia. Assim, as Olimpíadas continuariam motivando a prática dos mais variados esportes, como forma não somente do necessário exercício físico como também de interação social entre pessoas, povos e países de todo o mundo.

Shoji

sábado, 10 de agosto de 2024

MOVIMENTO MUNDIAL CONTRA O DESCARTÁVEL PLÁSTICO DE USO ÚNICO

 Olimpíadas e outras ações engajadas no combate à poluição plástica

Poluição plástica ameaça o Mundo

No século 21, o descarte do material virou um problema ambiental grave, em função do elevado volume desse material e pelo fato de ser de difícil decomposição.

Atualmente, o uso do plástico como embalagem e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios domésticos de plástico.  

Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas.

O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos e consumidores lidam com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre ambiental mundial.

 

a) A more sustainable Olympic Games! How Paris 2024 is doing more with less Olympics  jul 24

b) Estudantes de Londrina aprendem o estrago causado por plásticos  RIC Notícias ago 2019

c) Redução de lixo plástico e incentivo à economia circular: temas em debate na CAS TV Senado dez 2023

Olimpíadas 2024 de Paris sem descartáveis plásticos de uso único

No escopo de conscientização e de engajamento de povos e países no sentido de que cada um pode e deve contribuir para a defesa efetiva do meio ambiente e da própria sobrevivência do planeta, o maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas de Paris 2024, tem servido de palco para mobilizar ações no sentido de atacar a crise global da poluição plástica, o que determinou a realização desse gigantesco evento sem o uso de descartáveis plásticos de uso único, com a adoção de medidas como:

·         não admissão nos locais de competição de visitantes portando garrafas plásticas;

·         utilização nos locais de provas de copos não descartáveis;

·         entre as patrocinadoras, o comprometimento da Coca-Cola de distribuir os seus produtos em garrafas de vidro retornáveis através de máquinas de venda a serem desmontadas após o evento.

Destaca-se ainda que 11 organizações esportivas e 102 atletas de alto rendimento, representando 43 modalidades esportivas e 30 países, elaboraram carta aberta aos maiores produtores de bebidas, na condição de maiores poluidoras plásticas do mundo, como a Coca-Cola e a Pepsico, demonstrando a preocupação do meio esportivo com as questões ambientais exigindo o seu comprometimento na adoção de opções mais responsáveis e sustentáveis com o seu público consumidor, por exemplo, pelo aumento o uso de embalagens reutilizáveis e outros meios menos agressivos ao meio ambiente.

 A UEL restringe o uso de descartáveis plásticos de uso único

A Universidade Estadual de Londrina-PR (UEL) iniciou o ano letivo 2024 colocando em prática uma resolução aprovada pelo seu Conselho de Administração, que estabelece regras e um cronograma para suprimir o uso e a compra de produtos plásticos como copos e garrafas descartáveis de uso único em todas as dependências da universidade, sendo considerados plásticos de uso único copos, talheres e pratos, canudos e mexedores descartáveis. Com isso, a UEL pretende criar uma cultura, com foco na sustentabilidade, em cumprimento ao Estatuto da UEL e à Constituição Federal, art. 225, que aponta a necessidade de proteção ambiental frente ao impacto causado pelo plástico de uso único. Segundo a reitoria da UEL essas medidas colocam em prática as recomendações feitas por inúmeros estudos sobre conservação ambiental, cabendo às instituições universitárias dar exemplo de sustentabilidade, considerando que o plástico descartável representa um grave problema social e ambiental.

 PL 2524/22 pretende regular a economia circular do plástico

O PL 2524/2022 em tramite no Congresso Nacional propõe a redução da produção e consumo de itens plásticos de uso único, como  sacolas, talheres e copos, canudos hoje usados massivamente pela população e requer soluções mais sustentáveis. Com isso, propõe-se um novo modelo de produção e uso que irá reduzir a quantidade de plástico descartável no mercado consumidor. O que for produzido deve ser reciclável, reutilizável ou compostável, fazendo com que o plástico volte ao sistema de uso e não seja descartado, impedindo, assim, que mais poluição plástica chegue aos rios, lagos, oceanos e outros locais. A poluição plástica é tão grave que se tornou também uma questão de saúde pública, na medida que microplásticos já foram encontrados em diversos órgãos, no leite materno e até no coração humano.  O tramite do PL 2524/22 deu um grande avanço ao ser aprovado na Comissão de Assuntos sociais do Senado em 28.10.2023.

Shoji


sábado, 3 de agosto de 2024

DESPOLUIÇÃO DE LAGOS PERUANOS

 O magnífico trabalho do nipo-peruano Marino Morikawa com uso de nanotecnologia e recursos ambientalmente corretos

A água é fundamental para a vida no planeta Terra, mas a poluição da água tem se tornado um sério problema ambiental caracterizado pela alteração das propriedades físicas e químicas desse recurso, que se torna perceptível por meio da alteração da cor, do cheiro ou mesmo do gosto da água, que pode estar também contaminada e causar doenças aos seres humanos. A poluição hídrica afeta tanto as águas superficiais quanto as subsuperficiais e é causada principalmente pela ação humana, que hoje é bastante visível principalmente em torno de rios, lagos e mares em várias partes ao redor do mundo.

Para a preservação do recurso tão essencial como a água são necessárias medidas como a ampliação do acesso ao saneamento básico para a população e a adoção de práticas sustentáveis por parte de agentes públicos e privados que sejam capazes de envolver toda a população afetada.

 
Bicentenario: El peruano Marino Morikawa que descontamina los lagos (HOY) América Televisión jul 2021

O magnífico trabalho de Marino Morikawa na despoluição de corpos de água

Nesse sentido, pode-se destacar a atuação de Marino Morikawa, um cientista ambientalista nipo-peruano, nascido em 1977 em Chancay no Peru, com doutorado em ciências ambientais na Universidade de Tsukuba no Japão. Marino tornou-se conhecido pelo seu trabalho de despoluição e descontaminação da Lagoa El Cascajo em Chancay, sua terra natal. Para descontaminar a pequena lagoa de El Cascajo e evitar o seu assoreamento, Morikawa aplicou técnicas de nanotecnologia com a ajuda de voluntários locais e usando materiais encontradas na área afetada. Para tanto, Marino injetou na lagoa um fluxo contínuo de microbolhas 10 mil vezes menores que as bolhas de refrigerante. Essas microbolhas têm íons positivos e negativos que geram uma alta concentração de energia, o que induz as bactérias a se agregarem às microbolhas e ficarem presas nelas. Com isso, as bactérias perdem mobilidade, deixam de se alimentarem e se autodestroem. Ou seja, é um processo que obriga as bactérias a se desmolecularizarem e morrerem. Com essa técnica, a lagoa de El Cascajo foi descontaminada em 15 dias de trabalho, o que permitiu não só a recuperação da água mas permitiu a volta das aves silvestres e dos peixes à lagoa. Mas para a manutenção da qualidade da água e das condições ambientais é necessária que a população local siga os cuidados necessários no seu trato com os recursos do lago.

 A continuidade do trabalho de Morikawa por meio da sua empresa e equipe

Com o sucesso da restauração da lagoa El Cascajo, Morikawa foi estimulado a fundar a sua própria empresa, o TTT Grupo Morikawa, que se dedica à despoluição de corpos de água em vários locais do mundo, atuando, por exemplo em localidades como o Rio Chira nos Andes equatorianos e nas lagoas Huacachina e Alalay no Peru. Mas o maior desafio é atuar no Lago Titicaca o mais alto lago navegável do mundo que se situa entre Peru e Bolívia, e sofre seriamente de poluição aquática principalmente pelo lançamento de resíduos urbanos.   

Shoji