Olimpíadas e outras ações engajadas no combate à poluição plástica
Poluição plástica ameaça o
Mundo
No século 21, o descarte do material
virou um problema ambiental grave, em função do elevado volume desse material e
pelo fato de ser de difícil decomposição.
Atualmente, o uso do plástico como embalagem
e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande
parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios
domésticos de plástico.
Os detritos plásticos são
contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se
em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se
em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos,
inclusive em águas engarrafadas.
O
plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou
benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos
e consumidores lidam com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em
uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre
ambiental mundial.
a) A more sustainable Olympic Games! How Paris
2024 is doing more with less Olympics
jul 24
b) Estudantes de Londrina aprendem o estrago
causado por plásticos RIC Notícias ago 2019
c) Redução de lixo plástico e incentivo à
economia circular: temas em debate na CAS TV Senado dez 2023
Olimpíadas 2024 de Paris sem descartáveis plásticos de uso único
No
escopo de conscientização e de engajamento de povos e países no sentido de que
cada um pode e deve contribuir para a defesa efetiva do meio ambiente e da própria
sobrevivência do planeta, o maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas de
Paris 2024, tem servido de palco para mobilizar ações no sentido de atacar a
crise global da poluição plástica, o que determinou a realização desse
gigantesco evento sem o uso de descartáveis plásticos de uso único, com a
adoção de medidas como:
·
não admissão
nos locais de competição de visitantes portando garrafas plásticas;
·
utilização nos
locais de provas de copos não descartáveis;
·
entre as patrocinadoras,
o comprometimento da Coca-Cola de distribuir os seus produtos em garrafas de vidro
retornáveis através de máquinas de venda a serem desmontadas após o evento.
Destaca-se
ainda que 11 organizações esportivas e 102 atletas de alto rendimento,
representando 43 modalidades esportivas e 30 países, elaboraram carta aberta
aos maiores produtores de bebidas, na condição de maiores poluidoras plásticas
do mundo, como a Coca-Cola e a Pepsico, demonstrando a preocupação do meio
esportivo com as questões ambientais exigindo o seu comprometimento na adoção
de opções mais responsáveis e sustentáveis com o seu público consumidor, por
exemplo, pelo aumento o uso de embalagens reutilizáveis e outros meios menos
agressivos ao meio ambiente.
A Universidade Estadual de Londrina-PR (UEL) iniciou o
ano letivo 2024 colocando em prática uma resolução aprovada pelo seu Conselho
de Administração, que estabelece regras e um cronograma para suprimir o uso e a
compra de produtos plásticos como copos e garrafas descartáveis de uso único em
todas as dependências da universidade, sendo considerados plásticos de uso
único copos, talheres e pratos, canudos e mexedores descartáveis. Com isso, a
UEL pretende criar uma cultura, com foco na sustentabilidade, em cumprimento ao
Estatuto da UEL e à Constituição Federal, art. 225, que aponta a necessidade de
proteção ambiental frente ao impacto causado pelo plástico de uso único.
Segundo a reitoria da UEL essas medidas colocam em prática as recomendações feitas
por inúmeros estudos sobre conservação ambiental, cabendo às instituições universitárias
dar exemplo de sustentabilidade, considerando que o plástico descartável
representa um grave problema social e ambiental.
O PL 2524/2022 em tramite no Congresso Nacional propõe a redução da produção e consumo de itens plásticos
de uso único, como sacolas, talheres e copos, canudos hoje usados
massivamente pela população e requer soluções mais sustentáveis. Com isso,
propõe-se um novo modelo de
produção e uso que irá reduzir a quantidade de plástico
descartável no mercado consumidor. O que for produzido deve ser reciclável, reutilizável ou compostável, fazendo
com que o plástico volte ao sistema de uso e não seja descartado, impedindo,
assim, que mais poluição plástica chegue aos rios, lagos, oceanos e outros locais.
A poluição plástica é tão grave que se tornou também uma questão de saúde
pública, na medida que microplásticos já foram encontrados em diversos órgãos,
no leite materno e até no coração
humano. O tramite do PL 2524/22 deu um grande avanço ao ser
aprovado na Comissão de Assuntos sociais do Senado em 28.10.2023.
Shoji
Nenhum comentário:
Postar um comentário