sábado, 16 de outubro de 2021

DESAPARECIMENTO DO FAMOSO PICA-PAU AMERICANO

 O pássaro que inspirou a icônica personagem do desenho animado foi considerado oficialmente extinto nos EUA  

O pica-pau-bico-de-marfim, espécie com penas vermelhas na cabeça que inspirou a criação do popular desenho animado Pica-Pau na década de 1940, foi declarado em 29.09.2021 oficialmente extinto pelo Serviço de Peixes e Vida Selvagem dos EUA. O pica-pau-bico-de-marfim (Ivory-billed woodpecker) era o maior pica-pau dos EUA e uma de suas aves mais renomadas, tendo sido visto oficialmente pela última vez em 1944 em uma floresta conhecida como Singer Tract, no nordeste da Louisiana. Nos últimos 77 anos, sua existência foi objeto de um intenso debate, mas nenhum novo avistamento foi comprovado oficialmente.

 

a) Espécie que inspirou desenho Pica-Pau é declarada extinta 30 de set. de 2021 Record News

b) Pica-pau-bico-de-marfim será declarado extinto na natureza 30 de set. de 2021 Band Jornalismo

c) EUA anunciam a extinção de espécie de Pica Pau 1 de out. de 2021 TV Cultura

A Lei das Espécies Ameaçadas não foi suficiente para evitar a sua extinção

Após o esgotamento dos esforços de cientistas para encontrar as espécies ameaçadas, o famoso pica-pau faz parte de 23 espécies consideradas extintas, sendo 11 aves, 8 mexilhões de água doce, 2 peixes, 1 morcego e uma planta.  Segundo esses especialistas, cada uma dessas 23 espécies representa uma perda permanente da herança natural não só nos EUA como para biodiversidade global, além disso a mudança climática, somada a outras pressões, pode tornar tais desaparecimentos ainda mais comuns. Isso representa um lembrete desalentador de que a sua extinção seja uma consequência da mudança ambiental causada pelos seres humanos.

A Lei de Espécies Ameaçadas foi aprovada nos EUA em 1973 e, desde então, 54 espécies no país tiveram sua população recuperada e foram retiradas da lista de ameaçadas, outras 48 melhoraram o suficiente para deixar de serem consideradas ameaçadas de extinção, mas 11 espécies tinham sido declaradas extintas.

 As mudanças climáticas podem aceleram a extinção de novas espécies

Com as mudanças climáticas e a perda de áreas e habitats naturais prejudicando as condições de sobrevivência das espécies animais, fica evidente a necessidade de conduzir mais esforços proativos, colaborativos e inovadores para salvar a vida selvagem não somente nos EUA como também em todo o mundo. A lei americana das espécies ameaçadas tem sido eficaz para evitar a extinção de muitas espécies e também inspirou ações para conservar as espécies ameaçadas e seu habitat antes que fossem classificadas como em perigo ou ameaçadas, mas muito mais tem que ser feito para evitar que a extinção de novas espécies tornem se mais frequentes.

O Brasil pouco se empenha para a sustentabilidade ambiental

No Brasil, a agressão ao meio ambiente continua sendo um fato cotidiano como o desmatamento da maior cobertura florestal do mundo, na Amazônia, das riquíssimas  mas cada vez menos extensas áreas do cerrado, do Pantanal, e ainda do que resta da  Mata Atlântica, acompanhado de queimadas e  outras agressões como os garimpos irregulares que acarretam perda da biodiversidade e colocam em risco de extinção as diversas espécies vegetais, cujos valores científicos e econômicos ainda são desconhecidos, bem como de diversas espécies animais, e ainda ameaçam os habitats e o patrimônio cultural dos habitantes primitivos do Brasil.

Além disso, o Brasil está atrasado em temas como a melhoria das condições de saneamento básico da população e maior empenho na gestão adequada dos resíduos sólidos (lixo) e no combate à epidêmica poluição plástica.

 A sustentabilidade do Planeta e a interconexão dos impactos ambientais no âmbito mundial

A deplorável extinção de espécies animais e vegetais mostra que a  prática da sustentabilidade ambiental deve-se basear em alternativas ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas, de modo que ser sustentável é respeitar o meio ambiente, suprindo as necessidades da atual geração, sem, entretanto, comprometer o sustento das futuras gerações. Ou seja, devemos estar sempre conscientes que o espaço deste Planeta é finito, de modo que seus recursos naturais não são inesgotáveis, ao contrário, são limitados e devem ser usados levando em conta a viabilidade futura da humanidade.

Shoji

 

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