sábado, 27 de março de 2021

ANTES DA RECICLAGEM, REDUZIR O LIXO PLÁSTICO

 Uso do copo de silicone retrátil ao invés do copo plástico  

Uso endêmico de embalagens de plástico de uso único

A criação do plástico e o desenvolvimento de sua produção no início do século 20 revolucionaram todas as áreas da vida humana, seja na indústria, comércio e serviços, além de mudar radicalmente os hábitos de consumo, por ser leve, econômico, resistente e adaptável aos mais diversos usos. Mas os plásticos não trazem apenas benefícios à humanidade. No século 21, o descarte do material virou um problema ambiental grave, em função do elevado volume desse material e pelo fato de ser de difícil decomposição.

Atualmente, o uso do plástico como embalagem e para outros fins está muito difundido no dia a dia dos consumidores, e grande parte após único uso, como ocorre com as sacolas plásticas, os copos e outros utensílios domésticos de plástico.  

Os detritos plásticos são contaminantes complexos e persistentes, sendo quase indestrutíveis, dividindo-se em partes menores, até mesmo em partículas de escala nanométrica, transformando-se em microplásticos, que podem subsistir nos mais diversos meios, corpos e alimentos, inclusive em águas engarrafadas.

O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Mas, a maneira como indústrias, governos e consumidores lidaram com o plástico e a maneira como a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou essa inovação em um desastre ambiental mundial.

 

Ações contra o impacto ambiental do plástico

Em função do elevado grau de impacto ambiental, diversos países no Mundo têm aprovado medidas para reduzir drasticamente o uso de material plástico descartado após um só uso, tais como canudos, cotonetes, pratos, talheres descartáveis, embalagens de comida, copos plásticos e artigos de pesca, como o caso das medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu em 24.10.2018, tendo como meta a redução drástica desses materiais até 2021 e nos anos seguintes. As medidas de 2018 para a redução drástica no uso desses produtos deu continuidade à guerra contra o plástico travada pela Europa pelo menos desde 2015, quando o bloco regional aprovou uma diretiva pela redução do uso de sacolas plásticas pelos países-membros.

 

Antes de reciclar deve-se reduzir a geração do lixo plástico

Segundo informe da ONU em 2019, o mundo produz cerca de 300 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, dos quais 14% são coletados para reciclagem, e somente 9% são de fato reciclados. São várias as razões para isso, mas entre elas destacam-se o fato de que nem todo material plástico é reciclável, além de que o processo de coleta até a efetiva reciclagem é altamente complexo e oneroso.

Portanto, antes da reciclagem, deve-se destacar a importância de reduzir ao máximo a geração de lixo plástico.


 Ref.:  a) Conheça o copo de silicone ultraportátil | E se tomar água fosse sempre assim? 6 de jul. de 2019 Ekological News 

b) MENOS 1 LIXO apresenta o COPO OFICIAL do movimento 3 de jun. de 2016 Menos 1 Lixo 

c) Copo menos 1 lixo 16 de set. de 2019 Desperte o seu lado sustentável - Armazém Tropical 

d) Copo do Menos 1 Lixo: autêntico sem ser modinha Estreou em 21 de jul. de 2020  Menos 1 Lixo

O que cada um pode fazer para reduzir a geração da montanha de lixo plástico? Uma boa idéia: reduzir o uso de copo plástico!

De fato, uma das boas idéias é reduzir a utilização do copo plástico, que normalmente é usado automaticamente para vários fins, como tomar água, suco, refrigerante, café, etc., após uso único em um piscar de olhos, que acaba na lata de lixo, o qual se não for reciclado vai acabar caindo no lixão ou no meio ambiente, causando prejuízos de toda espécie por longo tempo.

 

Copo de silicone retrátil reutilizável várias vezes

O Copo retrátil (sanfonado) de silicone é de alta durabilidade e design moderno, podendo comportar até 500 ml de líquidos ou alimentos sólidos e por ser dobrável, é reduzido a menos da metade do tamanho original, podendo ser levado a todos os lugares em todos os momentos, no trabalho, na escola, no passeio, em viagem, etc. O material do copo é silicone de grau alimentício, livre de materiais tóxicos, não deixando gosto ou odor após o uso. Possui tampa de abrir com perfeita vedação e é de fácil limpeza. Devido a sua resistência a altas temperaturas, pode ser fervido em água quente ou colocado na máquina de lavar louças.

 

 

sábado, 20 de março de 2021

MAIOR MURAL GIGANTE DO MUNDO

 Obras do muralista Eduardo Kobra estão espalhadas pelo Mundo

Nos últimos anos, no meio do cinza e na selva de pedras das grandes metrópoles do Brasil e no Mundo, destacam-se cada vez mais os murais gigantes, normalmente muito vivazes e coloridos, principalmente nas empenas cegas (fachadas laterais dos edifícios sem janelas) bem como em outros espaços urbanos, como ocorre, por exemplo, em São Paulo, a maior metrópole brasileira.   

Pelas suas grandes dimensões, a elaboração desses murais incorre em grandes despesas,  como uso de equipamentos dispendiosos e diversos materiais, de modo que o seu custo total pode ultrapassar R$ 200 mil. Essas imensas telas viraram negócio, atraindo artistas, produtores, empresas patrocinadoras e responsáveis por edifícios interessados em faturar, bem como apoiadores do setor público.

Esse movimento deriva da descriminalização do grafite, que gradativamente foi transformando a pichação ilegal em uma forma de arte popular, na medida que deixou de depredar os espaços públicos e privados para se tornar espaço de manifestação de atributos artísticos. Ou seja, vem incorporando uma elite econômica e cultural, que percebeu o valor artístico do grafite, diferenciando o da pichação degradante.

 Apoio privado para melhoria da imagem empresarial na criatividade urbana

As empresas interessam se em contratar os produtores de murais por desejar associar sua imagem à ocupação criativa do espaço urbano. Assim, por exemplo, a Veloe, unidade da Alelo para pagamento de pedágios e estacionamentos, patrocinou 2 murais em 2019 para tornar a viagem mais leve e agradável aos passageiros urbanos em vias com grande fluxo de tráfego na capital paulista. Outro exemplo é o patrocínio da fintech Nubank, que em outubro 2019, contratou 7 painéis na quadra da sua sede situada na Rua Capote Valente, no bairro de Pinheiros, também em SP.

 Ref.: a) O maior mural do mundo 6 de mai. de 2017 Estadão

b) ESTÁ PRONTO! O Maior MURAL DO MUNDO!!! - Grafite de CHOCOLATE na Cacau Show - Drone P4 LiberDrone TV 9 de jul. de 2017

 Eduardo Kobra virou muralista de renome mundial

Eduardo Kobra, nascido em SP em 1976, tornou-se um célebre grafiteiro e muralista com diversos murais monumentais espalhados por vários países. Filho de um tapeceiro e de uma dona de casa, com 12 anos já espalhava rabiscos pelos muros da cidade de SP, tendo recebido o apelido de Cobra, pela perfeição de seu desenho.

No início, Eduardo Kobra pertenceu a uma gangue que fazia seus rabiscos, com spray, pelos muros da cidade, chegando a ser preso por 3 vezes. Em seguida, assumiu o perfil de grafiteiro, um pichador com pretensões artísticas, mas ainda com a compulsão de pintar paredes sem pedir permissão.

Nos anos 90, Cobra começou a ter renda com seu grafite, fazendo, entre outros trabalhos, cartazes para agências de publicidade. Posteriormente, completou sua evolução ao se tornar muralista, um grafiteiro que, pelas dimensões do trabalho só consegue atuar com a permissão ou contratação dos donos do imóvel e das autoridades competentes.

Finalmente, em 2007, começa a consagrar-se como muralista e a aparecer na mídia com o projeto “Muro das Memórias”, ao reproduzir, nas ruas, fotos antigas de São Paulo e em seguida a elaborar murais gigantes, que levam de 10 dias a 3 meses para a sua realização. Para tanto, o artista teve necessidade de fazer curso para pintar em cima de gruas. 

 

O maior mural do Mundo contratado em 2017

A convite da Cacau Show, Eduardo Kobra construiu em 2017 o maior painel grafitado do mundo, de 5.742  metros quadrados, na fachada do novo complexo fabril da marca, localizado no km 35 da Rodovia Castello Branco, na cidade paulista de Itapevi. O painel gigante é inspirado em uma fotografia de Lailson Santos, presente no livro “O Cacau É Show”, sobre as origens do cacau brasileiro, de Alexandre Costa, presidente e fundador da Cacau Show. A escolha de um artista plástico como Kobra foi baseada na sua marcante e autêntica arte, como demonstrada em seus trabalhos consagrados mundialmente.  

Shoji 

sábado, 13 de março de 2021

MURAIS GIGANTES AMENIZAM A ARIDEZ DE SP

 Pichação ilegal se transforma em arte no espaço aberto urbano

No meio do cinza, em plena selva de pedras da cidade de São Paulo, a maior metrópole do Brasil e uma das maiores do mundo, destacam-se cada vez mais os murais gigantes, normalmente muito vivazes e coloridos, em dezenas de empenas cegas (fachadas laterais dos edifícios sem janelas) deixadas em branco desde a vigência em 2007 da Lei da Cidade Limpa, que restringiu a publicidade em imóveis urbanos na capital paulista.  Somente ao longo do renomado viaduto Minhocão, por exemplo, há 23 murais prontos ou em produção, que se espalha também pelos arredores, como na Consolação e outros bairros, como Pinheiros.  Pelas suas grandes dimensões, a elaboração desses murais exige investimento, não somente por uso de materiais e de equipamentos necessários, como também de outras despesas como o pagamento do aluguel da fachada, de modo que o seu custo total pode ultrapassar R$ 200 mil. Essas imensas telas viraram negócio, atraindo artistas, produtores, empresas patrocinadoras e responsáveis por edifícios interessados em faturar, bem como apoiadores do setor público.

Esse movimento deriva da descriminalização do grafite, há 10 anos, que gradativamente foi transformando a pichação ilegal em uma forma de arte popular, na medida que deixou de depredar os espaços públicos e privados para se tornar espaço de manifestação de atributos artísticos. Ou seja, vem incorporando uma elite econômica e cultural, que percebeu o valor artístico do grafite, diferenciando o da pichação degradante.

 

Ref.: Festival de arte urbana: prédios viram telas para grafiteiros em SP 31 de ago. de 2020 Band Jornalismo

Apoio privado para melhoria da imagem empresarial na criatividade urbana

As empresas interessam se em contratar os produtores de murais por desejar associar sua imagem à ocupação criativa do espaço urbano. Assim, por exemplo, a Veloe, unidade da Alelo para pagamento de pedágios e estacionamentos, patrocinou 2 murais em 2019 para tornar a viagem mais leve e agradável aos passageiros urbanos em vias com grande fluxo de tráfego. Outro exemplo é o patrocínio da fintech Nubank, que em outubro 2019, contratou 7 painéis na quadra da sua sede situada na Rua Capote Valente, no bairro de Pinheiros.

 Apoio do setor público

O grafite artístico em espaço aberto pode contar também com apoio do setor público. Por exemplo, a prefeitura da capital paulista apoiou em 2020 o Museu de Arte de Rua (MAR), no valor de R$ 2,2 milhões, incluindo 12 novos murais em empenas, além de painéis em muros e outros suportes.  

 Regras para a montagem dos murais

Por se tratar de intervenção urbana com considerável impacto visual, a montagem dos murais deve observar certos requisitos:

·         Respeito à Lei da Cidade Limpa em vigor desde 2007, de modo que não podem exibir ou fazer referência a nomes, marcas, logos, serviços ou produtos comerciais;

·         Vedação às mensagens de cunho ofensivo, discriminatório ou pornográfico;

·         Necessidade da aprovação do proprietário do imóvel, sendo no caso de edifício residencial, em reunião condominial; quando for em bem público, é preciso informar o nome dos patrocinadores ou apoiadores;

·         A criação de murais em empenas cegas (fachadas laterais sem janelas) não precisa de autorização prévia municipal em SP, desde que não seja em bens públicos, tombados ou com alguma outra restrição. 

Shoji

 

 

sábado, 6 de março de 2021

É PRECISO RESTAURAR A FLORESTA E NÃO SOMENTE PRESERVAR

 Restauração florestal no Vale do Rio Doce faz parte da meta de reflorestar 12 milhões de hectares até 2030

Na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, o Brasil apresentou a sua contribuição para a 21ª Conferência do Clima da ONU (COP21), realizada em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro/2015, com o principal objetivo de cooptar o esforço mundial de 195 nações para conter o aquecimento do planeta em até 2º C até o fim deste século, em relação aos níveis pré-industriais, e assim evitar as mudanças climáticas catastróficas para a Terra.

Entre os 5 principais compromissos brasileiros, destaca-se o de recuperar 12 milhões de hectares de florestas, equivalente a 120 mil km2 (área da Inglaterra) até 2030, o qual foi considerado um dos mais ambiciosos apresentados pelos países signatários da Convenção sobre Mudanças Climáticas. 

 


Ref.: Instituto Terra - Renascimento que transforma 17 de fev. de 2021

Além de preservar a biodiversidade é necessário restaurar a cobertura florestal

Apesar da amplitude da meta e da dificuldade de se alcançar tal objetivo, deve-se destacar que já existem iniciativas que podem contribuir para a desejada restauração florestal no País.

 Instituto Terra pode funcionar como projeto piloto

O Instituto Terra, uma organização civil sem fins lucrativos fundada em abril de 1998, é fruto da iniciativa do casal Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado, que diante do cenário de degradação ambiental em que se encontrava a antiga fazenda de gado da família de Sebastião Salgado, localizada no município mineiro de Aimorés, na bacia hidrográfica do Rio Doce, tomou a decisão de devolver à natureza o que foi destruído pela ação predatória humana, não se devendo esquecer que o Sebastião Salgado é aquele mesmo  fotógrafo brasileiro com longa carreira no exterior e reconhecido mundialmente.

O primeiro passo foi transformar a área da então fazenda de pecuária em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Bulcão, tendo o título sido obtido de maneira inédita no Brasil em outubro/1998, por uma propriedade degradada, diante do compromisso de vir a ser reflorestada.

No âmbito da ação do Instituto Terra, são desenvolvidos projetos que vão desde a restauração florestal, produção de mudas nativas, proteção de nascentes,  educação ambiental e até a pesquisa científica aplicada, com o apoio financeiro de diferentes parceiros, tanto das esferas pública e privada, bem como de fundações e doadores de vários países e de outras instituições do Terceiro Setor.

O primeiro plantio na RPPN foi realizado em dezembro de 1999 e em 20 anos, até dezembro 2019, foram plantadas mais de 2 milhões de mudas de árvores nativas na área da antiga fazenda de gado.

Para dar suporte à restauração florestal, o Instituto Terra desenvolve mudas nativas desde 2001, com capacidade para produzir 1 milhão de mudas por ano, não somente para o plantio interno na RPPN Fazenda Bulcão como também para atender a outros projetos na região. Para tanto, faz-se a coleta de sementes de mais de 290 espécies da Mata Atlântica no raio de 200 quilômetros ao redor da RPPN, tendo em 2 décadas de atividade criadas mais de 6 milhões de mudas nativas.

 

Ação similares ao do Instituto Terra precisam ser replicadas

Como resultado da atuação do Instituto Terra, milhares de hectares de áreas degradadas de Mata Atlântica no médio Rio Doce já abrigam áreas reflorestadas com diversas espécies nativas da Mata Atlântica.

Somando as parcerias com outras propriedades, a ação do Instituto Terra contabiliza perto de 2 mil nascentes em processo de recuperação e mais de 1 mil produtores rurais atendidos em 29 municípios no Vale do Rio Doce, sendo 21 em Minas Gerais e o restante no Espírito Santo.

Assim, além da recomposição do solo e o restabelecimento da cobertura vegetal da RPPN Fazenda Bulcão como em outras propriedades, também está sendo promovido o resgate dos recursos hídricos, ou seja, a recuperação das nascentes de água, bem como do retorno da vida animal, de modo que muitas espécies que estavam desaparecendo estão encontrando refúgio seguro no Instituto Terra.

Shoji