A tecnologia deve ser usada em favor do bem estar social
A China está desenvolvendo o maior e mais moderno sistema de vigilância de áreas públicas do mundo, por meio de monitoramento por câmeras para o reconhecimento facial das pessoas e assim identificar criminosos e suspeitos. A China já dispõe de 170 milhões de câmeras CCTV (de circuito fechado de TV) e o total poderá chegar a 600 milhões em 2020.
Esses equipamentos conseguem reconhecer o rosto das pessoas e fazer imediatamente a associação com suas informações registradas. Ou seja, o sistema associa o rosto do cidadão a informações como o cartão de identificação, carros, amigos, familiares, local de trabalho, entre outros, além de estimar idade, etnia e gênero. Como o sistema consegue identificar cada cidadão, é possível saber onde a pessoa esteve, por onde andou e com quem conversou durante a semana. Esse monitoramento, por exemplo, permitiu o reconhecimento de um acusado pela prática de crimes financeiros em uma multidão de 60 mil pessoas em um estádio, o qual foi identificado e preso pela polícia.
Experiência similar mas em menor escala no Brasil
No Brasil, a prefeitura municipal de São Paulo lançou em julho de 2017 uma plataforma de videomonitoramento integrada denominada City Câmeras, que permite as políticas civil e militar acompanhar em tempo real para prevenção da criminalidade ou da prática do vandalismo ou para usarem as imagens das câmeras para futuras investigações. Além das câmeras da prefeitura, as associações, entidades, os empreendimentos comerciais, bem como os cidadãos comuns podem disponibilizar suas imagens para o poder público, ampliando a cobertura do monitoramento.
As imagens que flagram um crime, por exemplo, podem ser utilizadas pela polícia com prévia autorização da Prefeitura sem necessidade de formalizar pedidos individuais de imagens, as quais ficam armazenadas em computação por nuvem por 7 dias.
O uso de tecnologia deve ser em favor do bem estar geral
O uso maciço de tecnologia de informação, como no caso do monitoramento amplo de áreas públicas, levantam receio de que isso possa prejudicar a privacidade e a liberdade das pessoas, ou que seja usado para outros propósitos que não a segurança pública e a prevenção contra o terrorismo.
Entretanto, considerando-se o propósito de proporcionar maior segurança a todos, esse receio pode ser minimizado, em favor do bem estar maior da coletividade, principalmente no caso do Brasil, onde é grande a sensação de insegurança frente aos altos índices de criminalidade.
Para tanto, complementarmente, é necessário que seja implementado no Brasil um completo e abrangente sistema de coleta de informações sobre a prática de criminalidade, passível de ser atualizado em tempo real, que possa ser compartilhada e acessada online por todo o sistema de segurança pública do País, o que seria viável com a maior integração entre as diversas polícias atuantes no País, se possível com a constituição da polícia única nacional.
Soji Soja
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