sábado, 10 de março de 2018

FILHO DO HAMAS: PARA COMBATER O TERRORISMO É NECESSÁRIO MUDAR A IDEOLOGIA DO MUÇULMANO




Desde a infância, Mosab Hassan Yousef, nascido em 1978 na Cisjordânia, viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa nos territórios ocupados pelo Israel na antiga Palestina. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores do Hamas, todos acreditavam que Mosab seguiria os passos do pai.
Ao ser preso e submetido a rigorosas sessões de interrogatório, ele recebeu e aceitou a proposta do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel, de obtenção da liberdade em troca da colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. Essa decisão foi muito traumática na sua vida, pelo fato de poder ser caracterizada como traição à sua religião e aos interesses de seu povo. 
Apesar dessa terrível contradição, Mosab resolveu colaborar com o Shin Bet, o que o induziu a levar uma vida dupla durante 10 anos, período em que frequentemente fez escolhas arriscadas, motivado, entretanto, pelo seu desejo de conter a violência do Hamas, uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.
Essa decisão teve suporte também na profunda transformação pessoal tida pelo Mosab, que lhe permitiu desfrutar uma jornada de redescoberta espiritual, que culminou na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “tolerar e perdoar seus inimigos” é o único caminho para a paz duradoura no Oriente Médio.  
Ao contar a sua história no livro “Filho do Hamas”, Mosab teve o objetivo de mostrar ao seu povo, os palestinos seguidores do Islã, que têm sido usados por regimes corruptos há centenas de anos, e que a verdade pode libertá-los.  Ou seja, não adianta apenas culpar Israel e o Ocidente por todas as desgraças e dificuldades enfrentadas pelos palestinos, se eles mesmos não tomarem a firme resolução para definir o melhor caminho para a redenção do seu povo.  

Como combater o terrorismo do Hamas e demais de origem muçulmana
Na sua luta contra o Hamas, Mosab não se considera contra os muçulmanos, mas sim contra a ideologia que domina a vida dessas pessoas. Pois, se apenas combater o terrorista, a cada um que for neutralizado ou eliminado outros surgirão em seu lugar. Ou seja, seria mais importante mudar a ideologia e seus pensamentos que movem suas ações, e para tanto, seria necessária também contar com a ajuda de governos e entidades e pessoas do Ocidente.
Segundo ele, o islamismo apresenta muitas inconsistências, e é necessário compreender que os muçulmanos são vítimas de muitas falsidades.  Para tanto, incentiva, por exemplo, a leitura do Corão, capitulo 9, versos 5 e 29, os quais admitem a pena de morte a todos que não crêem no islamismo. Para Mosab, vários trechos do Corão pregam o ódio a tudo e a todos que não sejam islamitas.  Portanto, a saída para o povo muçulmano, e particularmente aos palestinos, é rever os seus próprios ensinamentos e começar a pregar e a praticar a tolerância e o entendimento entre pessoas, povos e religiões diversas.
Soji Soja

Nenhum comentário:

Postar um comentário