O programa de Inteligência
Artificial AlphaGo, criado pelo grupo de pesquisa Google Deep Mind saiu
vencedor na maior disputa da história entre o homem e a máquina ocorrida em
março/2016. O software derrotou por 4 x 1 o sul-coreano Lee Sedol, o campeão mundial de gô, considerado o jogo
de tabuleiro existente mais complexo, por requerer estratégia e intuição
tipicamente humanas. Em janeiro/2016,
esse programa já tinha vencido o campeão europeu por 5 x 0.
Lee
Sedol dizia se confiante de que poderia vencer as 5 partidas, mas foi
totalmente surpreendido pela capacidade do software. Os responsáveis pelo
desenvolvimento do programa também se mostraram impressionados com o resultado,
principalmente pelo fato do AlphaGo ter realizado alguns movimentos bastante
surpreendentes e bonitos, que seriam considerados próprios de seres humanos,
mas não de computadores programados para esse fim. Para conseguir esse feito, o
software da Google imitou os humanos com treinamentos por aprendizagem de
máquina, além de redes neurais artificiais.
Uma façanha impressionante da máquina frente ao homem
O feito é considerado mais impressionante do que a
histórica vitória do supercomputador Deep Blue, da IBM, contra o campeão
mundial de xadrez, Gary Kasparov. A cada rodada de gô, é possível realizar combinações
significativamente maiores do que no jogo de xadrez. Dessa forma, o gô
representava um dos maiores desafios para a ciência computacional, por envolver
uma gama extensa de possibilidades. Por isso, um programa hábil no jogo não
consegue memorizar todas as jogadas viáveis, e por isso, deve ser capaz de
aprender a criar lances à medida que pratica.
A máquina já pode superar o homem em tudo?
O resultado dessa experiência
mostra o potencial que a inteligência artificial tem para resolver problemas,
ou seja, a capacidade da inteligência artificial para aprender sozinha e
conseguir ser uma ferramenta para encontrar soluções para questões como a
mudança climática e o diagnóstico de doenças.
Nessa experiência do gô, as redes neurais foram usadas
para a aprendizagem pela máquina de tarefas específicas, mas ainda há uma
grande distância para a inteligência artificial aprender coisas com uma
flexibilidade suficiente para desempenhar tarefas intelectuais em vários campos
similarmente aos desenvolvidos hoje por seres humanos.
Veja a entrevista:
Soji Soja