sábado, 23 de abril de 2016

COMPUTADOR SUPERA CAMPEÃO MUNDIAL DE GÔ Não há limite para a Inteligência Artificial?



O programa de Inteligência Artificial AlphaGo, criado pelo grupo de pesquisa Google Deep Mind saiu vencedor na maior disputa da história entre o homem e a máquina ocorrida em março/2016. O software derrotou por 4 x 1 o sul-coreano Lee Sedol,  o campeão mundial de gô, considerado o jogo de tabuleiro existente mais complexo, por requerer estratégia e intuição tipicamente humanas.  Em janeiro/2016, esse programa já tinha vencido o campeão europeu por 5  x 0.
            Lee Sedol dizia se confiante de que poderia vencer as 5 partidas, mas foi totalmente surpreendido pela capacidade do software. Os responsáveis pelo desenvolvimento do programa também se mostraram impressionados com o resultado, principalmente pelo fato do AlphaGo ter realizado alguns movimentos bastante surpreendentes e bonitos, que seriam considerados próprios de seres humanos, mas não de computadores programados para esse fim. Para conseguir esse feito, o software da Google imitou os humanos com treinamentos por aprendizagem de máquina, além de redes neurais artificiais.

Uma façanha impressionante da máquina frente ao homem
            O feito é considerado mais impressionante do que a histórica vitória do supercomputador Deep Blue, da IBM, contra o campeão mundial de xadrez, Gary Kasparov. A cada rodada de gô, é possível realizar combinações significativamente maiores do que no jogo de xadrez. Dessa forma, o gô representava um dos maiores desafios para a ciência computacional, por envolver uma gama extensa de possibilidades. Por isso, um programa hábil no jogo não consegue memorizar todas as jogadas viáveis, e por isso, deve ser capaz de aprender a criar lances à medida que pratica.

A máquina já pode superar o homem em tudo?
O resultado dessa experiência mostra o potencial que a inteligência artificial tem para resolver problemas, ou seja, a capacidade da inteligência artificial para aprender sozinha e conseguir ser uma ferramenta para encontrar soluções para questões como a mudança climática e o diagnóstico de doenças.

            Nessa experiência do gô, as redes neurais foram usadas para a aprendizagem pela máquina de tarefas específicas, mas ainda há uma grande distância para a inteligência artificial aprender coisas com uma flexibilidade suficiente para desempenhar tarefas intelectuais em vários campos similarmente aos desenvolvidos hoje por seres humanos.  

Veja a entrevista:


Soji Soja

sábado, 16 de abril de 2016

MEIA ENTRADA PARA VIGILANTES NO DISTRITO FEDERAL A Câmara Legislativa do DF deveria aprovar somente medidas que beneficiem toda população



No dia 05.04.2016, a Câmara Legislativa do Distrito Federal derrubou o veto do Governador Rodrigo Rollemberg sobre o Projeto de Lei (PL) que aprovou a concessão de meia-entrada em cinemas, teatros e shows a vigilantes e profissionais de segurança, de autoria do Deputado Distrital Rafael Prudente.
Ao vetar o PL, o Governador do DF alegou que a medida só iria favorecer uma parcela pequena da população, sem argumentação suficiente para a concessão de tal benefício somente a essa classe profissional.
Inicialmente, deve-se ponderar que o conceito de meia-entrada em eventos culturais e artísticos já se encontra bastante deturpado quanto aos critérios para a sua correta concessão.
Assim, a extensão dessa modalidade de benefício aos vigilantes ensejará a reinvindicação similar por parte de outras classes profissionais e segmentos da sociedade, o que acabará acarretando na quase total deturpação da figura de meia-entrada em eventos culturais e artísticos.
Ademais, a aprovação desse PL representa mais uma das proposições de lei de qualidade duvidosa aprovadas pela Câmara Legislativa do DF nos últimos anos, o que suscita a necessidade da melhoria na forma de atuação desse fórum de deliberação legislativa, de modo que se busque a aprovação de arcabouço legislativo que beneficie de fato toda a população do DF e não somente a determinados segmentos, que, embora minoritários, tem extraordinária capacidade de pressão sobre os legisladores.