Conforme
artigo na revista Veja, de 27.01.2016, pg. 84, a Fundação Ellen MacArthur foi
criada em 2010 com o objetivo de promover a chamada “economia circular”, modelo
pelo qual se tenta aproveitar todos os insumos utilizados na fabricação de um
produto, sem produzir lixo, com o fim de eliminar o desperdício. Para isso, nos
últimos 5 anos, a Fundação Ellen MacArthur tem incentivado a adoção da economia
circular pelas empresas, universidades, governos e ONGs.
Segundo esse
conceito, o que hoje se considera lixo é, na realidade, fonte de matéria-prima
para novos produtos, propiciando-se assim oportunidade de negócios para produzir
de forma sustentável.
A economia
circular contrapõe o atual modelo que
pode ser chamado como economia linear, baseado em extrair, transformar e
descartar, o que depende de grandes quantidades de
materiais de baixo custo e fácil acesso, além do uso intensivo de energia. Entretanto, esse modelo é claramente
insustentável a longo prazo, pois os estoques de insumos e matérias-primas são
finitos e um dia poderão ser esgotados, se for mantido o atual ritmo de uso de
materiais e insumos.
Conceitualmente,
a economia circular é regenerativa e restaurativa, ou seja, seu objetivo é
manter produtos, componentes e materiais em seu mais nível de utilidade e valor
o tempo todo. Assim, a economia circular consiste em um ciclo de
desenvolvimento positivo contínuo que preserva e aprimora o capital natural,
otimiza a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos administrando
estoques finitos e fluxos renováveis.
Alguns exemplos empresariais de sucesso
A fabricante francesa de carros Renault, por exemplo,
criou uma fórmula pela qual reaproveita 85% dos automóveis velhos ou
danificados na fabricação de novos carros ou para a venda de peças. Além do
reaproveitamento, outra vantagem é a economia de energia, que deixa de ser usada
na produção de novas peças.
A americana Cisco tem um serviço de recuperação de itens
usados por seus clientes. Para tanto, a cada ano recolhe 12 mil toneladas de
objetos da marca, dos quais 25% são restaurados para revenda, sendo o restante
reciclado, descartando-se somente 0,2%.
A multinacional sueca H&M, a partir de 2013, passou a
recolher de seus clientes peças de vestuário não mais utilizadas, em troca de
um voucher de desconto. Das peças recolhidas, 60% são refeitas e revendidas
como roupas de 2ª mão, de 5% a 10% são reutilizadas em outros produtos, e o
restante é usado para produzir peças para a indústria automobilística.
Soji Soja
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