sábado, 12 de março de 2016

ECONOMIA CIRCULAR A busca pelo desperdício zero, pelo lixo zero





Conforme artigo na revista Veja, de 27.01.2016, pg. 84, a Fundação Ellen MacArthur foi criada em 2010 com o objetivo de promover a chamada “economia circular”, modelo pelo qual se tenta aproveitar todos os insumos utilizados na fabricação de um produto, sem produzir lixo, com o fim de eliminar o desperdício. Para isso, nos últimos 5 anos, a Fundação Ellen MacArthur tem incentivado a adoção da economia circular pelas empresas, universidades, governos e ONGs.
Segundo esse conceito, o que hoje se considera lixo é, na realidade, fonte de matéria-prima para novos produtos, propiciando-se assim oportunidade de negócios para produzir de forma sustentável.
A economia circular contrapõe  o atual modelo que pode ser chamado como economia linear, baseado em extrair, transformar e descartar,  o  que depende de grandes quantidades de materiais de baixo custo e fácil acesso, além do uso intensivo de energia.  Entretanto, esse modelo é claramente insustentável a longo prazo, pois os estoques de insumos e matérias-primas são finitos e um dia poderão ser esgotados, se for mantido o atual ritmo de uso de materiais e insumos. 
Conceitualmente, a economia circular é regenerativa e restaurativa, ou seja, seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais nível de utilidade e valor o tempo todo.  Assim, a economia circular consiste em um ciclo de desenvolvimento positivo contínuo que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos administrando estoques finitos e fluxos renováveis.

Alguns exemplos empresariais de sucesso
A fabricante francesa de carros Renault, por exemplo, criou uma fórmula pela qual reaproveita 85% dos automóveis velhos ou danificados na fabricação de novos carros ou para a venda de peças. Além do reaproveitamento, outra vantagem é a economia de energia, que deixa de ser usada na produção de novas peças.
A americana Cisco tem um serviço de recuperação de itens usados por seus clientes. Para tanto, a cada ano recolhe 12 mil toneladas de objetos da marca, dos quais 25% são restaurados para revenda, sendo o restante reciclado, descartando-se somente 0,2%.
A multinacional sueca H&M, a partir de 2013, passou a recolher de seus clientes peças de vestuário não mais utilizadas, em troca de um voucher de desconto. Das peças recolhidas, 60% são refeitas e revendidas como roupas de 2ª mão, de 5% a 10% são reutilizadas em outros produtos, e o restante é usado para produzir peças para a indústria automobilística.  
Soji Soja


Nenhum comentário:

Postar um comentário