sábado, 24 de outubro de 2015

PAULO HENRIQUE E ELIANA SÃO UM EXEMPLO DE VIDA

 

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Paulo Henrique Machado, de 47 anos, é paralítico desde os 2 anos de idade, tendo movimento somente nas mãos e depende de aparelho de respiração artificial. A doença da poliomielite foi diagnosticada há 45 anos, já órfão de mãe, e desde então mora internado em um quarto do Hospital das Clínicas (HC).

Apesar dessa grave deficiência, ele não desistiu de nada e não se isolou do mundo. Do seu quarto concluiu o ensino médio e depois fez diversos cursos pelo Senac e se tornou um “viciado” em games eletrônicos e informática, tornando-se exímio criador de animações no computador. Por exemplo, ele criou a série Brincadeirantes, que conta de forma lúdica, a saga de 7 crianças com deficiência física, com base na sua própria experiência de vida.

Entre as raras saídas do HC, Paulo Henrique, deitado em uma maca, participou em 08.10.2015, do Brasil Game Show, na Expo Center Norte, em São Paulo-SP, o maior evento dessa modalidade na América Latina, incorporado na personagem Darth Maul da série Star Wars.

Além de criador de jogo, Paulo é um exímio jogador de games, como diz os seus amigos e cuidadores. Paulo Henrique é uma das 7 crianças vítimas da pólio, internadas no HC há mais de 40 anos, período em que SP viveu um surto de paralisia infantil.

 

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Dessas crianças apenas Paulo e a Eliana Zagui, de 41 anos, sobreviveram até hoje. Os avanços tecnológicos contribuíram para a melhor qualidade de vida deles, como os respiradores portáteis e mais leves e os equipamentos de entretenimento, entre os quais os computadores. A Eliana, que só tem movimento nos olhos e boca, dedica-se à pintura de quadros com a boca.

O Paulo Henrique e a Eliana são exemplos de que como é possível superar os sentimentos pessimistas e negativistas, pois, apesar de defrontar com sérias deficiências físicas, conseguem enfrentar as dificuldades com muita determinação e alegria.

Soji Soja

sábado, 17 de outubro de 2015

PRESSÃO POPULAR REDUZ SALÁRIOS DE VEREADORES O exemplo de Santo Antonio da Platina no Estado do Paraná

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A Câmara Municipal de Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná, aprovou em segunda sessão, em 15.07.2015, a redução salarial do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, para ter validade a partir de 2017, em uma cidade com 40 mil habitantes e 9 vereadores. Na primeira sessão, no dia 14 de julho, ao contrário, tinha sido aprovado aumento substancial dos salários desses políticos.

Isso provocou revolta em uma empresária, que registrou a sessão em vídeo, o qual foi postado e espalhado pela internet. Esse vídeo acabou provocando tal repercussão que a população local compareceu em peso à segunda sessão no dia 15, de modo que a pressão popular não apenas impediu o aumento, como acabou provocando redução, sob o argumento principal de que o Brasil está passando por uma série crise econômica e financeira, cenário no qual seria incompatível a concessão de aumento aos representantes do povo nas suas respectivas câmaras legislativas.

Assim, o salário do prefeito que seria aumentado de R$ 14,7 mil para R$ 22 mil, foi reduzido para R$ 12 mil, enquanto o dos vereadores que aumentaria de R$ 3,7 mil para R$ 7,5 mil, foi reduzido para R$ 970.

O início desse movimento popular foi desencadeado pela atitude corajosa da pequena empresária, Adriana Lemes de Oliveira, que ao se revoltar com a proposta de aumento e ter discutido com os vereadores, resolveu gravar em vídeo, e posteriormente, divulgá-lo pela internet à população.

Esse é um belo exemplo de como cada um de nós podemos contribuir para que a gestão da coisa pública seja feita com muito mais seriedade e em benefício da própria população e não em benefício somente de alguns.

Soji Soja

PAGAMENTO DE SALÁRIO ADICIONAL A JUÍZES AUXILIARES DO STF É UM PÉSSIMO EXEMPLO AO PAÍS EM SÉRIA CRISE FISCAL

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O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou em 07.10.2015 o pagamento de salário adicional de R$ 5,4 mil mensais aos juízes convocados para auxiliar os ministros do STF em seus gabinetes. Um juiz substituto em início de carreira ganha cerca de R$ 23 mil, e, caso seja convidado a trabalhar como auxiliar do ministro do STF, passará a ganhar o salário adicional de R$ 5,4 mil, mesmo que ele receba auxílio moradia de R$ 4,377 mil em sua cidade de origem.

O principal argumento para o pagamento de tal benefício seria a concessão de isonomia em relação ao benefício semelhante já pago aos juízes auxiliares no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o início de 2015. Adicionalmente, argumenta-se tratar de incentivo a mais para que os juízes aceitem trabalhar como auxiliares dos ministros do STF.

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Apesar desse tipo de benefício contemplar poucos juízes e, portanto, não representar valor financeiro tão significativo, a concessão de mais um tipo de benefício no Poder Judiciário é, no mínimo, lamentável, por representar um péssimo exemplo de falta de austeridade neste momento de séria crise econômica no País. De fato, a atual conjuntura econômica do Brasil é de extrema gravidade no quadro fiscal, agravada com a perda de grau de investimento pelo País em setembro último, com perspectiva de queda do PIB em 2015 próximo a 3%, e taxa de desemprego segundo IBGE de 8,3% no 2º trimestre/2015, representando população desocupada de 8,4 milhões. Ou seja, é uma conjuntura bastante negativa com tantas pessoas procurando e não conseguindo emprego para o seu sustento.

Se o sistema judiciário de um país não for capaz de obter o respeito dos cidadãos, toda a sociedade estará condenada. Haverá mais crimes, mais ganância na sociedade, e cada vez menos confiança nas instituições do país. Juízes têm o dever, portanto, de preservar um alto padrão moral e representar bons exemplos para a sociedade, e não agir em nome de seus próprios interesses.

Sem dúvida, o Poder Judiciário, e os juízes como seus representantes máximos, deve intrinsecamente portar-se de maneira exemplar para poder exercer em sua plenitude a função primordial de pacificar os conflitos na sociedade, e, assim, permitir a continuidade e a sua evolução ao longo do tempo.

Soji Soja

sábado, 3 de outubro de 2015

AS METAS DE REDUÇÃO DO EFEITO ESTUFA E DE DESMATAMENTO DEVEM SER EFETIVAMENTE CUMPRIDAS E NÃO SOMENTE SER UM JOGO DE PALAVRAS

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A Presidente da República Dilma Roussef apresentou em 27.09.2015 na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável a contribuição brasileira para a 21ª Conferência do Clima da ONU (COP21), a realizar-se em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015. Esse evento é considerado fundamental para colocar o Mundo no esforço de conter o aquecimento do planeta em até 2º C até o fim deste século, em relação aos níveis pré-industriais, e assim evitar as mudanças climáticas catastróficas para a Terra.

Nesse evento, pela primeira vez todas as 195 nações, desenvolvidas ou em desenvolvimento, que fazem parte da Convenção de Clima da ONU, terão que apresentar as suas contribuições para a solução da questão ambiental em escala global, as chamadas INDC (Intended Nationally Determined Contribuitions).

Metas brasileiras (INDC) para a 21ª Conferência do Clima da ONU (COP21) em substituição às metas fixadas no Protocolo de Kyoto

As principais ações no Brasil para reduzir o impacto ambiental situam-se nos setores de agropecuária e energia:

1. redução de emissão de CO2, tendo como base 2,04 gigaton em 2005: (i) de 37% até 2025; (ii) de 43% até 2030;

2. participação de fontes renováveis na geração de energia (eólica, solar e biomassa): 23% até 2030;

3. desmatamento ilegal zero na Amazônia até 2030;

4. restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares até 2030;

5. recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030.

As metas brasileiras devem ser efetivamente implementadas e algumas delas até ampliadas

A meta do desmatamento zero da Amazônia até 2030, embora possa ser considerada significativa, deveria ser antecipada, pois, conforme especialistas, como o pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental (IPAM), Paulo Moutinho, a Amazônia está sofrendo sérias alterações com áreas atingidas por secas severas, o que tem afetado, por exemplo, o impacto da Amazônia sobre o regime de chuvas em várias regiões do País e do continente.

Embora o desmatamento anual tenha declinado de 27.423 km2 em 2004 para 5.012 km2 em 2014, esse índice é ainda bastante elevado, considerando-se que até 2014, cerca de 760 mil km2 já foram desmatados, correspondendo a cerca de 20% da floresta amazônica original. Com o avanço tecnológico nos sistemas de monitoramento da Amazônia e dos diversos instrumentos de fiscalização disponíveis, não se justifica mais que 5.000 km2, equivalente a área do Distrito Federal (DF), continuem sendo desmatados a cada ano.

Também não há nenhuma meta de desmatamento zero para outros biomas seriamente ameaçados como o Cerrado e a Mata Atlântica. O Cerrado conserva somente 20% da vegetação original enquanto a Mata Atlântica, somente 7%, ou seja, deve ser feito o máximo de esforço para preservar o pouco do que resta desses 2 biomas.

O Mundo deve fazer de tudo para o cumprimento das metas do COP21

Mas o mais importante é que as metas INDC apresentadas por cada país no COP21 venham a ser implementadas de fato, e não constituir somente um jogo de palavras, que aliviam a ansiedade humana momentaneamente, mas acabam sendo esquecidas ao longo dos próximos anos, para a frustração de todos os habitantes deste Planeta.

Soji Soja