A revista VEJA Brasília, ano 2, nº 41, pgs. 22 a 26, de 08.10.2014, realizou um interessante teste de honestidade da população, deixando de 19 a 29 de setembro/2014 trinta carteiras em diferentes pontos do Distrito Federal, como se tivessem sido esquecidas ou perdidas, contendo cada uma 70 reais, a identificação de um órgão fictício, cartões de visita com número de telefone e endereço de e-mail, além de alguns comprovantes de aquisição de mercadorias, para dar mais veracidade às carteiras “perdidas”.
O resultado foi pouco animador, pois das 30 carteiras, 14 sumiram sem deixar vestígios, 16 foram devolvidas, mas 4 voltaram sem dinheiro algum, e somente 9 estavam intactas. Isto é, somente 30% das carteiras voltaram inteiras, ou seja, somente 30% das carteiras foram achadas por pessoas que agiram conforme o padrão de honestidade elogiável.
Embora seja um teste feito com uma amostra que pode ser considerada pequena, ele mostra evidências sobre o comportamento ético médio da população no DF, que não deve diferir muito do padrão médio no Brasil.
Muito provavelmente esse tipo de comportamento ético deve estar por trás, por exemplo, da percepção que nós temos sobre os nossos políticos e dirigentes públicos. Ou seja, o comportamento dos políticos e dos dirigentes públicos, na realidade, não difere muito do padrão médio de comportamento do público em geral.
Isso encerra, além disso, uma grande lição a cada um de nós. Ao invés de ficarmos somente criticando os nossos políticos, dirigentes públicos ou outras pessoas do nosso convívio, devemos ser, cada um de nós, mais honestos conosco mesmos e principalmente com as demais pessoas, que não conhecemos pessoalmente, mas fazem parte da grande sociedade humana.
Enfim, a prática da honestidade por cada um de nós traria um benefício inimaginável a todos.
Soji Soja
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