Lhakpa escalou o Everest 10 vezes recorde mundial entre as mulheres
Lhakpa Sherpa nasceu em 1973 na
região montanhosa do Himalaia no Nepal de uma família pobre de 11 irmãos. Lhakpa
é conhecida como Rainha do Everest por ter escalado esse cume por 10 vezes um
recorde entre as mulheres alcançado em maio/2022 (esse nº é raro mesmo entre os
homens sendo o atual recorde de 31 vezes alcançado por Kami Rita Sherpa em
27.05.2025).
Lhakpa não teve educação formal
pois na sua época as meninas sherpas não tinham praticamente essa oportunidade.
Aos 15 anos, por não se resignar a ter uma vida caseira reclusa, resolver
trabalhar como carregadora em equipe de alpinismo, função essa reservada quase somente
aos homens.
Ref.: "Superando Limites: A Inspiradora História
de Lhakpa Sherpa" Cura-te
out 2024
Inesperada carreira como
alpinista
Começava aí o seu convívio íntimo
com os desafios da escalada das montanhas mais altas do mundo. Em 2000, foi
escolhida como líder da Expedição do Milênio das Mulheres Nepalesas patrocinada
pela Asian Trekking, tornando se a primeira mulher nepalesa a escalar o Monte
Everest e voltar viva.
Em 2000 em Katmandu conheceu o
alpinista romeno-americano George Dijmarescu com quem casou em 2002 e se mudou
aos EUA onde George trabalhou na construção civil. Eles tiveram 2 filhas e
juntos escalaram o Everest 5 vezes mas a vida conjugal era difícil pelo
comportamento imprevisível e até violento do George, de modo que a união
terminou após 12 anos. Para se sustentar, Lhakpa continua trabalhando em
serviços exaustivos como na 7 Eleven e na Whole Foods Market. Pela sua discrição
e simplicidade, poucos conheciam os seus atributos como alpinista.
Feitos inspiradores para as
mulheres sherpas e para o mundo
Mas a sua vocação e paixão sempre
foi a expedição nas altas montanhas. Em 2003 juntamente com um irmão e uma irmã
mais nova tornaram-se se os primeiros 3 irmãos a escalar o Everest. A sua
carreira culminou com a 10ª escalada do Everest alcançada em 12.05.2022 e em
seguida com a chegada em 27.07.2023 ao cume do K2 o 2º mais alto do mundo mas
tecnicamente considerado mais difícil do que o Everest. Os seus feitos levaram
em 2016 a ser eleita pela BBC entre as 100 mulheres mais inspiradoras do Mundo provando
que tanto homens como mulheres são igualmente capazes de enfrentar grandes
desafios e ter sucesso em tarefas desafiadoras como o montanhismo de alta
altitude. Essa conquista não apenas demonstra a força de vontade, a diligência
e a preparação da alpinista, mas também representa o potencial e a capacidade
de todas as mulheres. Lhakpa hoje é conhecida como a Rainha do Everest, tema que
acabou virando documentário feito pela Netflix em 2024.
O Bahaísmo é perseguido por ser considerado apostasia pelo islamismo
A fé Bahá'í, ou bahaísmo,
é uma religião abraâmicamonoteísta que
enfatiza a união espiritual de toda a humanidade. Três princípios básicos
estabelecem a base para os ensinamentos bahá'ís: a unidade de Deus, que há apenas um Deus que é a
fonte de toda a criação; a unidade da religião, que todas as maiores
religiões têm a mesma fonte espiritual e partem do mesmo Deus; e a unidade da humanidade, que
todos os seres humanos foram criados igualmente e que a diversidade racial e
cultural deve ser apreciada e aceita. Segundo os ensinamentos da fé
bahá'i, o propósito humano é aprender a conhecer e a amar a Deus através de
métodos como orações, reflexões e
ajuda aos outros.
Na fé Bahá'í, a história
religiosa da humanidade é manifestada através de mensageiros divinos, cada um
dos quais estabeleceu uma religião adequada às necessidades da sua época e à
capacidade das pessoas de então. Esses mensageiros vão de figuras abraâmicas como Moisés, Jesus, Maomé, às dármicas, como Krishna e Buda. Para os bahá'is,
os mensageiros mais recentes são o Báb e Bahá'u'lláh.
Reff.:Bahai persecution Iran youtube Bahaichannel
out 2010
História do bahaísmo
A história do bahaísmo começa
na Pérsia (atual Irã) em 1844, com o movimento do Báb, que prefigurou a vinda
de Baháʼuʼlláh, a quem os baháʼís consideram o "Glorioso de Deus" e o
mais recente "Manifestante de Deus" em uma linha de profetas como
Moisés, Jesus e Maomé. Em 1863, Baháʼuʼlláh, declarou ser o missionário
divino previsto pelo Báb e fundou o bahaísmo e em seguida foi exilado do
Império Otomano para o atual Israel. Ele passou o resto de sua vida em um
exílio voluntário em Akka, na Terra de Israel. Após o falecimento de
Baháʼuʼlláh em 1892, a religião continuou a se expandir pelo mundo sob a
liderança de seu filho, 'Abdu'l-Bahá, que serviu como o centro da aliança da
fé. A nova fé, que se separou do Islã xiita, enfrentou forte perseguição
no Irã, resultando na execução de milhares de seguidores do Báb. Desde a morte
de Abdul-Bahá, a liderança da comunidade bahá'i entrou numa nova fase, passando
de um único líder para uma ordem administrativa com órgãos eleitos e indivíduos
indicados. Hoje, há mais de 5 milhões de bahá'ís espalhados por mais de
200 países e territórios.
Essência do bahaísmo
Os bahá'ís acreditam que o ser
humano possui uma "alma racional", que provê à espécie uma capacidade
única de reconhecer a Deus e a relação da humanidade com seu criador. Todo
ser humano é considerado possuidor do dever de reconhecer a Deus através de
seus Mensageiros e dos ensinamentos
deles. Através do reconhecimento e da obediência, serviço à humanidade e
práticas espirituais, os bahá'ís acreditam que a alma pode se aproximar de
Deus, o ideal da crença. Quando um ser humano morre, a alma continua existindo
no mundo espiritual, onde seu desenvolvimento espiritual no mundo físico
torna-se base para julgamento e progresso no mundo espiritual. O céu e o
inferno são vistos como estados espirituais de proximidade ou distância de
Deus, sendo indicadores da relação nesse mundo e no próximo, e não lugares
físicos de recompensa e punição alcançados após a morte.
Os textos bahá'ís enfatizam a
igualdade essencial dos seres humanos e a abolição de todos as formas de
preconceito. A humanidade é considerada essencialmente una, embora
diversificada; esta diversidade de raça e cultura é considerada merecedora de
apreciação e tolerância. Doutrinas de racismo, nacionalismo, castas, e
classes sociais são impedimentos artificiais da unidade. Os ensinamentos
bahá'ís declaram que a unificação da humanidade deve ser assunto principal
sobre as condições religiosas e políticas no tempo presente.
Perseguição aos bahá’is
As crenças bahá'ís são usualmente
descritas como combinações sincréticas das
primeiras crenças religiosas. Os bahá'ís, no entanto, asseguram que a sua
religião é uma tradição distinta, com suas próprias escrituras, ensinamentos, leis e história. Inicialmente a religião foi vista como
uma seita do Islã, mas atualmente a maioria dos teólogos a vêem como uma
religião independente que tem como pano de fundo o islamismo xiita e
cuja origem é análoga ao contexto judaico em que o cristianismo foi
estabelecido. As instituições e o clero muçulmano, tanto sunita quanto
xiita, consideram os bahá'ís como desertores ou apóstatas da fé islâmica, o que
tem levado à perseguição de bahá'ís. Os próprios bahá'ís atestam que sua
fé é uma religião independente, que se difere das outras tradições no que diz
respeito a sua idade e aos ensinamentos de Bahá'u'lláh num contexto moderno.
Dura repressão pelo regime
islâmico do Irã
Em relatório publicado em
abril/2024, o Human Rights Watch documenta a violação sistemática dos
direitos fundamentais dos membros da comunidade bahá’í por meio de leis e
políticas discriminatórias pelas autoridades iranianas. As agências
governamentais arbitrariamente prendem e encarceram pessoas bahá’ís, confiscam
suas propriedades, restringem suas oportunidades de educação e emprego e até
mesmo lhes negam um enterro digno, privando os bahá’ís de seus direitos
fundamentais em todos os aspectos de suas vidas, não em razão de suas condutas,
mas simplesmente por sua escolha religiosa.
Os bahá’ís são a maior minoria
religiosa não reconhecida no Irã e tem sido alvo dedura repressão apoiada pelo Estado desde que
sua religião foi estabelecida no século 19. Após a revolução de 1979, as
autoridades iranianas executaram ou forçaram o desaparecimento de centenas de bahá’ís,
principalmente suas lideranças comunitárias. Outros milhares perderam seus
empregos e pensões ou foram forçados a deixar suas casas ou o país. Ou seja, desde
1979, a República Islâmica do Irã codificou sua repressão aos bahá’ís na lei e
na política oficial do governo, vigorosamente aplicada pelas forças de
segurança e autoridades judiciais, rotulando os bahá’ís como uma minoria
religiosa proibida e uma ameaça à segurança nacional. O drama dos bahá’is sob o
regime islâmico iraniano é relatado sob testemunho ocular de Olya Roohizadegan
em seu livro “A História de Olya” editado em inglês em 1993.
O acordo só terá sucesso caso o Hamas seja desarmado e afastado
definitivamente de Gaza
O presidente norte americano Donald Trump, após
consultar diversos dirigentes de países árabes e de aliados democráticos,
anunciou em 29.09.2025 a proposta de acordo de paz no conflito entre Israel e o
grupo terrorista Hamas que completou 2 anos no dia 07.10.2025.
A proposta já aceita pelo governo israelense
liderado por Benjamin Netanyahu consiste de 20 principais pontos, o qual detalha
que a guerra deve terminar com um cessar-fogo imediato, seguido da devolução
dos reféns e da libertação de prisioneiros palestinos. Prevê ainda que Gaza
seja totalmente desmilitarizada e livre de estruturas terroristas, com
supervisão internacional para impedir a reconstrução de túneis e fábricas de
armas. A região passaria por um processo de reconstrução financiado por ajuda
humanitária e investimentos externos, com a criação de uma zona econômica
especial e incentivos para gerar empregos e oportunidades.
Ref.: Apesar da desesperança, é
possível um novo Oriente Médio pós-7 de Outubro Andre Lajst
07.10.2025
No campo político, o documento estabelece que Gaza
será administrada temporariamente por um comitê tecnocrático palestino, sem
participação do Hamas, sob supervisão do “Conselho da Paz”, presidido por
Trump. Esse órgão terá a tarefa de organizar a transição até que a Autoridade
Palestina esteja reformada e apta a reassumir o controle da região. Também está
prevista a criação de uma Força Internacional de Estabilização (FIS) para
apoiar a segurança local e treinar policiais palestinos, ao lado de Israel e Egito,
garantindo o bloqueio de armas e o fluxo seguro de ajuda.
O texto ainda inclui medidas de caráter social e
diplomático, como o incentivo ao diálogo inter-religioso entre palestinos e
israelenses, a garantia de que ninguém será forçado a deixar Gaza e a abertura
de caminho, no futuro, para a autodeterminação e até para a criação de um
Estado palestino, desde que sejam cumpridas as condições de segurança e de
reforma política exigidas pelo plano.
Vitória de Israel e derrota inconteste do
Hamas
Deve-se recordar que o esforço maciço de Israel
contra o Hamas iniciou após o grupo terrorista Hamas em 07.10.2023 ter rompido
a fronteira da Faixa de Gaza e realizado
um ataque devastador contra as populações civis residentes israelense
nessa região, causando ao menos 1.200 mortes, incluindo 240 jovens de vários
países que participavam de um festival de música eletrônica (rave), muitas das
quais com requinte de crueldade, sequestrando também ao menos 240 pessoas,
incluindo mulheres, idosos, crianças e bebês. Simultaneamente, 2,5 mil a 5 mil
foguetes foram disparados pelo Hamas contra Israel atingindo não somente
localidades próximas de Gaza, mas até outras mais distantes como Tel Aviv. Em
função do ataque inusitado de foguetes, nunca antes realizado, o sistema de
defesa antimíssil chamado Domo de Ferro, que abate os mísseis lançados contra
Israel antes de atingir o seu alvo, não foi capaz de derrubar todos esses
artefatos, de modo que vários deles atingiram cidades israelenses, causando
sérios danos e pânico entre a população civil. Deve se ressaltar que mesmo antes do massacre
de out/23 o grupo Hamas que assumiu o poder em Gaza em 2006 e não reconhece a
existência de Israel vinha realizando ataques e atentados sistemáticos contra
Israel, inclusive com o lançamento regular de foguetes contra a população civil
israelense.
Chances reais para paz em Gaza
Desta vez, a proposta americana tem grande chance de
êxito pois o grupo Hamas concordou com termos gerais do plano tendo enviado
representantes para a negociação de detalhes para a implementação do plano que
se iniciou 06.10.2025 no Egito juntamente com representantes dos governos
israelense e norte americano, tendo resultado na assinatura do acordo em
08.10.2025 por ambas as partes a começar com a libertação de reféns ainda em
mãos de Hamas em troca de prisioneiros palestinos.
O plano só terá sucesso com o desarmamento
e afastamento definitivo do Hamas
O plano prevê medidas positivas como a administração
temporária de Gaza por um comitê tecnocrático e apolítico palestino sob a
supervisão de um conselho internacional de paz e a gradual retirada de forças
israelenses e a transferência da atuação na segurança interna de Gaza para uma
força internacional de estabilização temporária (ISF). Mas para que essas
medidas sejam implementadas efetivamente é necessário o total desarmamento
inicial e imediato do Hamas e de outros grupos terroristas com a destruição da sua
infraestrutura terrorista e ofensiva incluindo túneis e meios de produção de
armas bem como o afastamento do Hamas e de outros grupos terroristas de
qualquer função na gestão sobre Gaza.
Nova era de paz e prosperidade para Gaza e
Oriente Médio
O sucesso na implantação do acordo de paz e a
definitiva resolução dos palestinos no sentido do convívio pacífico com Israel podem
abrir novas perspectivas para a reconstrução de Gaza e de prosperidade para o
seu povo que terão reflexos positivos inclusive sobre todo o Oriente Médio.
Amplia-se o uso da
robótica para a saúde e bem estar humanos
Pela primeira vez, um robô guiado
por inteligência artificial realizou uma cirurgia em um paciente humano real. O
sistema desenvolvido pela Universidade John Hopkins dos EUA fez uma remoção de
uma vesícula biliar também chamada de colecistectomia, conforme feito divulgado
em julho/2025 na revista Science Robotics.
Ref.: Pela 1ª vez na história robô faz cirurgia guiada
por IA sem ajuda humana Informação
Digital 12.07.2025
Robô treinado com técnicas de
inteligência artificial
O robô, chamado de SRT-H, treinado
com vídeos de cirurgias com técnicas de aprendizado de máquina e de
inteligência artificial semelhantes às que alimentam o ChatGPT, operou pela
primeira vez um paciente humano real de remoção da vesícula biliar sem intervenção
humana direta, respondendo e aprendendo com comandos de voz da equipe, como um
cirurgião iniciante trabalhando com um mentor com 100% de precisão.
O robô teve um desempenho
impecável durante a operação e com a perícia de um cirurgião humano habilidoso,
mesmo durante cenários inesperados típicos de emergências médicas em cirurgia real.
O trabalho financiado pelo governo federal, liderado por pesquisadores da
Universidade Johns Hopkins, é um avanço transformador na robótica cirúrgica,
onde robôs podem atuar tanto com precisão mecânica quanto com adaptabilidade e
compreensão semelhantes às humanas.
Em 2022, o robô autônomo de tecido
inteligente STAR, da Krieger, tinha realizado a 1ª cirurgia robótica autônoma em um animal vivo,
uma cirurgia laparoscópica em um porco.
Mas esse robô exigiu tecido especialmente marcado, foi operado em um ambiente
altamente controlado e seguiu um plano cirúrgico rígido e pré-determinado. Foi
como ensinar um robô a dirigir por uma rota cuidadosamente mapeada, mas no novo
sistema, é como ensinar um robô a navegar em qualquer estrada, em qualquer
condição, respondendo de forma inteligente a tudo o que encontrar.
Novas perspectivas para a cirurgia
robótica
Hoje, os robôs cirúrgicos usados
nos hospitais são operados por um médico e seus braços mecânicos não fazem nada
sozinhos. Agora, uma nova era tecnológica pode estar surgindo na ampla área da
medicina cirúrgica, contribuindo para a melhoria da saúde e bem estar humanos.