Os patinetes elétricos podem facilitar a locomoção no caótico trânsito urbano
Em abril de 2019, impressionou-me
pela 1ª vez a grande quantidade de pessoas em Telaviv usando patinetes
elétricos não somente para lazer mas principalmente como meio de locomoção,
aparentemente com bastante tranquilidade e em harmonia com o tumultuado
trânsito típico de qualquer cidade moderna do mundo. O patinete se destaca por
permitir ao usuário deslocar de forma ágil, silenciosa e sem causar poluição.
Ele é de fácil utilização, cômodo, muito mais fácil do que a bicicleta, o que
permite escapar do caos normal do trânsito.
Ou seja, o patinete se enquadra na
micromobilidade, uma categoria de veículo levíssimo, elétrico e usados para
pequenos deslocamentos, ideal para distâncias longas e cansativas para ser
feito a pé e muito curtas para se ter o trabalho de tirar o carro ou mesmo a
motocicleta da garagem.
Embora seja recomendado para
distâncias curtas, por alcançar velocidade de até 20 km/h, permite-se fazer
deslocamentos de até 30 km com uma carga de bateria, o que é uma distância
considerável no meio urbano.
A curta primeira onda de patinetes elétricos no Brasil
Assim, a partir do início 2019, os
patinetes elétricos de aluguel viraram uma febre nas grandes cidades do Brasil.
De carona, porém, a falta de observância de regras adequadas para esse novo
tipo de transporte resultaram em série de transtornos como acidentes,
vandalismo, falta de infraestrutura e uso inadequado dos veículos, o que acabou
resultando na saída do País das empresas operadoras desse tipo de serviço após
curta permanência.
Em 2024, os patinetes elétricos
voltaram ao País em cidades como Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e
São Paulo por meio da empresa russa Whoosh, porém, com equipamento mais pesado
e melhor. Ou seja, os patinetes são equipados com pneus melhores, amortecedor,
farol, lanterna traseira, seta, freio dianteiro e traseiro, luz de freio,
buzina, indicadores de velocidade e de nível de bateria, suporte para celular
com carregamento por indução, GPS que monitora a localização do equipamento em
tempo real e sistema antifurto, além de estarem sujeitos à uma regulamentação
mais adequada ao seu uso e circulação nas cidades.
Em Brasília-DF, os patinetes para
aluguel entraram em circulação experimental por 90 dias a partir de fev/2025.
Os aplicativos informam sobre os cuidados para o seu uso, como locais onde
podem circular, ou onde podem estacionar e os limites de velocidade. A
velocidade máxima permitida é controlada por GPS, de acordo com o local de
circulação dos veículos, sendo de 20 km/h em ciclovias ou ciclofaixas, de 15
km/h nas demais vias da cidade e de 6 km/h nas calçadas.
Entre os aperfeiçoamentos feitos
em relação à experiência anterior é quanto ao melhor controle onde os
equipamentos podem ser deixados após uso e ao controle das cargas das baterias
as quais são monitoradas online e trocadas quando necessárias por equipes
destacadas para esse fim.
Patinete elétrico como meio limpo alternativo de mobilidade
Desta vez, as condições são
favoráveis para que o patinete torne-se de fato um meio de locomoção
ambientalmente limpo de modo a tornar o trânsito urbano mais amigável ao
usuário mas respeitando-se a segurança e o conforto dos cidadãos ao seu redor.
Shoji