Uso excessivo de celular é prejudicial à saúde mental e no aprendizado dos alunos
A Lei
nº 15100, de 13.01.2025, passou a restringir o uso de celular nas escolas
públicas e privadas devido aos impactos negativos no aprendizado, na
concentração, na saúde mental e na interação entre os alunos. A lei não proíbe
totalmente o uso do celular mas restringe o seu uso durante aulas, recreios e
intervalos, para que os alunos possam se concentrar nas atividades educativas e
interagir com os colegas e professores, sendo permitido para fins pedagógicos e
para casos de acessibilidade, saúde e segurança. Essa medida baseia-se em
estudos que apontam que o uso excessivo de telas podem prejudicar o desempenho
acadêmico, reduzir a interação social e aumentar índices de ansiedade e
depressão entre crianças e adolescentes. Embora essa medida possa ser
considerada controversa, tem o apoio da maior parte da população em geral e
pelo menos de 65% dos pais e crianças até 12 anos conforme pesquisa da
Datafolha de outubro/24.
O
prejuízo à interação social é bastante notório pois é cada vez mais presente no
cotidiano das pessoas, como entre casais, filhos e irmãos que mal interagem entre
si no dia a dia, cada um restrito ao seu mundo digital; vizinhos que mal se
cumprimentam nos espaços públicos e até nos elevadores cada um com olhos fixos
aos seus celulares; familiares e amigos em mesas de restaurante ou em outros espaços
de convívio, sem interação, cada um também restrito às telas digitais, etc.
Ref.: Drenagem cerebral: celular
em excesso é prejudicial | Jornal da Band Band Jornalismo maio 24
Comodidades e benefícios
proporcionados pelo celular
Não há dúvidas quanto aos inúmeros
benefícios associados ao celular na era da tecnologia e das mídias sociais,
conectado à internet, como facilitar a comunicação instantânea, facilitar o trabalho
home office em qualquer local, fazer compras, assistir filmes, ouvir música,
etc.
Ao mesmo tempo que o celular
proporciona diversas vantagens, o seu uso excessivo tem levado a comportamentos
indicativos da dependência digital, como irritação em situação de offline,
incapacidade de reduzir o seu uso, perda da noção de tempo, adiamento das
tarefas, além do isolamento social, levando ao gradativo incômodo e até
incapacidade em manter relacionamento no mundo real. Assim, o uso excessivo de
celular está relacionado a problemas como estímulo à inatividade física, ansiedade, transtornos de sono, depressão,
diminuição da capacidade de concentração, dificultando a manutenção do foco com
prejuízo ao desempenho escolar e no trabalho.
Uso moderado do celular sem abdicar
de seus benefícios
Não há como deixar de usufruir dos
benefícios proporcionados pelo celular, mas o mesmo deve ser usado
moderadamente sem prejuízo à saúde física e mental e à interação social do
usuário perante o mundo real. E no caso específico da restrição nas escolas, a
efetividade dessa medida depende não somente dos alunos e professores, mas
principalmente dos pais dos alunos que devem atuar como exemplos a serem seguidos
no uso das maravilhas do mundo digital.
Shoji