sábado, 17 de fevereiro de 2024

FIM DO CONSUMO DE CARNE DE CACHORRO NA CORÉIA

 O mundo comemora a decisão histórica a favor dos melhores amigos do ser humano

Em um mundo em que os animais ainda sofrem tratamento desumano e violento, uma notícia alvissareira pode ser celebrada. Trata-se da aprovação pelo parlamento da Coréia do Sul em 09.01.2024 de uma lei, com expressiva votação favorável de 208 a zero, que proíbe a criação para abate, distribuição ou venda de cães para consumo humano a partir de 2027. O não cumprimento dessa lei pode acarretar em pena de prisão de 2 a 3 anos e multa equivalente a R$ 100 mil. Ao mesmo tempo, a lei oferece assistência e compensações aos criadores e pessoas ligadas ao setor para fecharem seus negócios ou adotarem novas opções de atividades.  Na prática, decreta-se o fim do consumo da carne canina na Coréia do Sul, apreciada tradicionalmente como iguaria, exemplo esse que deve ser adotado em outros locais onde ainda prevalece o consumo desse tipo der carne.

Ref.: Parlamento coreano proíbe carne  de cachorro AFP português 15.02.2024

Ou seja, os cachorros, considerados os melhores e mais dedicados amigos do ser humano, terão um grande alívio pelo menos naquele país asiático e mesmo em outros locais onde ainda existe o hábito do consumo da carne canina. Esse setor econômico ainda tem alguma significância naquele país, pois segundo a agência estatal Yonhap, existem cerca de 1.150 fazendas, que criam em torno de 500 mil cães, com 219 distribuidores e 1600 restaurantes, que vendem e servem carne de cachorro, mas que terão que se adaptar aos novos tempos.

Esses criadores estão revoltados e até farão tentativas para derrubada da vigência dessa legislação mas dificilmente terão sucesso principalmente pelo fato dessa proibição ter um amplo apoio popular na Coréia do Sul, onde a maioria da população não come mais carne de cachorro, sendo esse hábito ainda existente entre pessoas mais idosas, como fundamentado em uma pesquisa segundo a qual 90% dos entrevistados não comeram carne no ano anterior bem como não pretendem mais consumir isso no futuro.

Essa decisão histórica na Coréia do Sul configura não somente um alívio aos nossos amigos caninos como também uma importante conquista às pessoas e entidades que trabalham pelo melhor tratamento não somente aos cães como aos animais de forma geral, muitos dos quais se encontram até sob a ameaça de extinção.

Enfim, no momento em que se torna mais clara a importância do respeito ao meio ambiente e à natureza que suprem a sobrevivência da humanidade, questiona-se cada vez mais a necessidade da mudança efetiva no relacionamento do ser humano com o reino animal, doméstico e selvagem. 

Shoji 

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