sábado, 11 de setembro de 2021

JOVENS EXIGEM AÇÕES JÁ EM DEFESA DO PLANETA

 Greta Thunberg aos 18 anos continua liderando movimento dos jovens contra o aquecimento global

Em 20.08.2018, Greta Thunberg, então uma adolescente estudante sueca de 15 anos, decidiu não frequentar a escola até as eleições gerais de 2018 na Suécia, marcadas para 9 de setembro, depois da ocorrência de ondas de calor e incêndios em seu país, sendo seus pedidos direcionados ao governo sueco para a redução das emissões de carbono, em cumprimento ao Acordo de Paris de 2015. Para marcar o protesto, ela sentou do lado de fora do Parlamento sueco todos os dias, durante o horário escolar em greve pela defesa do clima.

Após as eleições gerais, ela continuou a greve todas as sextas-feiras, ganhando inusitada atenção mundial, consolidando as chamadas “sextas-feiras pelo futuro”, que se espalharam por várias partes da Europa e por outros países, inclusive os EUA.

O impacto da ação da Greta é mais significativo ainda pelo fato dela sofrer da síndrome de Asperger, uma espécie de autismo, que é uma perturbação que afeta as capacidades de comunicação e de relacionamento social, e por ela ter sofrido uma crise de depressão aos 11 anos. 

 

Ref.: O emocionante discurso de Greta Thunberg na cimeira do Clima 23 de set. de 2019 TVI24

A força da liderança espontânea da Greta

Como prova da força da sua campanha, em 15.03.2019, sexta-feira, uma massa de jovens convocada pelas redes sociais marchou em 1769 cidades de 112 países para cobrar das autoridades maior atenção ao problema climático.

A força da influência de Greta nas questões climáticas levou ela a discursar na Conferência do Clima da ONU em dezembro/2018 na Polônia e em janeiro/2019 fez uma apresentação no Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça perante uma plateia formada pelos mais altos executivos e autoridades políticas e econômicas do mundo. Para fazer o emocionante e desafiador discurso para as autoridades mundiais na Conferência do Clima da ONU, em Nova York, em 23.09.2021, ela cruzou o Oceano Atlântico em veleiro movido à energia solar, pelo fato de não viajar de avião por considerar o seu combustível muito poluente.

Embora seja alvo de críticas pelos negacionistas do clima, como Donald Trump e Vladimir Putin, pela sua crescente influência no cenário mundial, Greta recebeu inúmeras honrarias e prêmios, incluindo uma bolsa honorária da Royal Scottish Geographical Society, o prêmio de “a pessoa do ano” pela revista Time em 2019, sendo a mais nova a receber esse título, inclusão na lista das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo pela revista Forbes em 2019, e 2 indicações consecutivas para o Prêmio Nobel da Paz, em 2019 e em 2020.

 

Ativismo juvenil pelo futuro do Planeta

O protesto da Greta e dos jovens líderes ganha maior significado, respaldado por exemplo no recente Relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC) da ONU,  divulgado em 09.08.2021, o qual alerta que a Terra está esquentando mais rápido do que era previsto, podendo atingir 1,5º C acima do nível pré-industrial entre 2030 e 2040, ou seja, pelo menos 10 anos antes do esperado. Ou seja, desde 1850, a temperatura média da Terra aumentou ao menos 1,1º C e mais no mínimo 0,4º C vai agravar os prejuízos ambientais como secas severas, ondas de calor, chuvas torrenciais e consequente enchentes catastróficas, tornados, incêndios florestais, aceleração do derretimento das geleiras, elevação do nível do mar e provável submersão de vários países insulares.

A atuação da Greta está inspirando uma geração de jovens líderes ambientalistas, preocupadas com o futuro do planeta ao redor do mundo.   E isso é muito significativo pelo fato desse movimento ser capitaneado não por velhas lideranças, mas sim por jovens e adolescentes, que são aqueles que, juntamente com as futuras gerações, serão os mais afetados pelo desequilíbrio ambiental que tem se tornado cada vez mais presente e visível em todo o mundo.

E o protesto é direcionado aos líderes do Mundo, pelo fato dos jovens, apesar de serem as prováveis maiores vítimas da catástrofe climática mundial, não terem ainda o poder de decisão por ações que já deveriam ter sido tomadas mas que, se efetivadas imediatamente, podem ainda amenizar os cataclismas climáticos futuros.

Shoji

  

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